Impetuosos Ventos

Capítulo 1

Uma trilha sonora formada através de um meio urbano agitado com barulhos de automóveis misturado com dos trovões assusta o fim de tarde de uma jovem enfermeira ao sair do seu trabalho, as tardes negras como aquela escondia os belos e vermelhos crepúsculos, Grece tinha medo. No meio do agito da cidade e na presssa pra chegar até sua humilde pensão Grace ao virar numa esquina esbarra como se fosse uma forte rajada de vento num judiado morador de rua.

__Não olha pra onde anda não? Mocinha. Por acaso não me enxergou na sua frente? Não deve ter me visto mesmo não, é assim que a sociedade nos trata, como seres invisíveis e sem importância.

__Perdão! Eu estou com pressa, tenho que chegar em casa antes que a chuva comece à cair. Você também apareceu derrepente. Desculpe-me!

__Espera! Agora você vai ter que me ouvir, não me venha com mais desculpas, você tem um lar pra onde ir e se esconder da chuva, e eu que nada tenho além de lidar com pessoas como você todos os dias me humilhando por uma moedinha.

Parar e lutar com os próprios medos era a única solução que Grace teria que tomar naquele momento.

__Sinto muito! Eu não posso fazer nada por ti.

__Por acaso já me viu aqui alguma vez? Ou sabe alguma coisa sobre mim?

__Não, não me lembro. Tenho uma vida agitada trabalho num hospital...

__E todas os domingos e quartas vai a igreja com seus pais. Eu sei o seu nome, sei que mora numa pensão e também sei o seu nome, Grace.

Sua face seria se desfazia dando lugar à uma assustada e sentido o vento soprar sobre os seus cabelos e por sua face Grace começa a lacrimejar.

__Como sabe tudo isso? Você anda me seguindo? O que quer comigo?

__Sei disso porque eu me importo com as pessoas, sei que eu não deveria ser assim, mas não consigo pagar com a mesma moeda. Eu não quero nada além da sua atenção.

__Eu sinto muito por tudo. O que deseja que eu faça por você? Só tenho 5 dólares.

__Porque isso agora? Você sabe me dizer quantas vezes eu já te pedi uma moeda e você me negou?

__Você nunca me pediu, não que eu lembro.

__Grace, Grace, só do início da semana pra cá já te pedi sete vezes. Sempre peço quando vai está indo pro trabalho de manhã e quando você retorna. Hoje é Quinta-feira. Isso significa...

__Significa que você já me pediu hoje e eu não te dei e nem mesmo te dei atenção. Meu Deus!

"Como só nesse instante entender e perceber tudo o que tinha feito e tudo que eu tinha que fazer? Até que ponto de distração e correria poderia apagar uma pessoa necessitada dos meus olhos?"

Seu pensamento árduo era como uma cobrança que levava em peso o arrependimento.

__Agora vá embora não quero mais te ver na minha frente, como cristã você devia se importar mais com as pessoas, senhorita Grace. Pratique a palavra do teu salvador.

O choro amargo transbordava lágrimas que desciam pelo rosto misturando com os primeiros pingos de chuva, mas não escondia a tristeza amarga da face de Grace naquele momento.

__Você não quer os cinco dólares? Sei que não vou me perdoar por isso e esses cinco dólares não mudará a sua vida, pegue.

__Não. Fique com ele, espero que não seja hoje o dia que eu vou precisar de sua esmola. Se perdoe, de coração você está perdoada por mim e de certo o seu Deus também já te perdoou.

Devagar e a cada pequeno passo uma olhada pra trás Grace segue seu caminho em prantos. Ainda sem entender o que havia acontecido mas viu um vendaval de lição lhe ensinar.

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Não muito longe dali seguindo por uma estrada de terra cercada de altas árvores, uma linda mansão cinza se destacava, lá vive Scarlett uma ex-prostituta que conquistou o coração do milionário John, um homem que teve um rápido crescimento financeiro e por causa da sua empresa, Jhon passa até mais de um ano sem voltar à Flórida para ver à esposa.

O que importa para Scarlett é a fortuna do esposo, ela teve suas filhas gêmeas Lorrane e Lorena. Longe do esposo e de qualquer membro da família.

Com 11 meses Scarlett descobriu que Lorrane não se desenvolvia como Lorena é numa consulta ao médico, ela soube o real motivo, sua filha Lorrane era uma autista e desde a volta do hospital passou à odiar a filha como se ela tivesse culpa. A rejeição à própria filha especial faz de uma mãe se tornar um ser sem coração, sem amor consigo própria.

Por chorar muito ficava horas sozinha no porão com o jardineiro enquanto Lorena tinha todo o seu cuidado e amor no leito seu colo.

Há dois meses atrás John recebeu a ligação da esposa dizendo que uma de suas filhas havia falecido. John se lamentou por não conhecer a filha, ele não sabia que Lorrane era autista, ficou em estado de choque por perdê-la. Isso tudo era uma grande mentira, todas as filhas de Scarlett e John estavam vivas. Lorena sentia falta da irmã que ficava sob os precários cuidados do jardineiro que por sua vez tomou Lorrane dos braços de Scarlett para não ser atirada num rio de fortes correntezas, depois disso ele não podia fazer nada contra Scarlett por já conhecer ela e saber do que ela séria capaz. Como um escravo o jardineiro passou um bom tempo implorando por sobras vindas de Lorena para cuidar de Lorrane e assim se passaram três meses.

Scarlett desconhecida de sua vizinhança não era desconhecida de Grace, pois Grace havia chegado como um anjo no dia que ela sentiu as dores de parto, naquele dia Grace passou por uma grande provação e provou que era fiel mesmo rejeitando à ajuda, Grace ajudou Scarlett na hora dentro de casa mesmo sem entender porque ela havia chegado até ali. Depois disso as duas nunca mais se viram, mas Grace não esquece aquele dia, uma experiência marcante e inesquecível.

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Chegando na pensão onde morava, Grace podia esconder as lágrimas com as gotas da chuva. Ao entrar no quarto tentou esquecer ou entender o que havia acontecido e não entendia, foi quando sua mãe desconfiou que havia acontecido algo e sem bater entrou no quarto e viu a filha sentada no chão pensativa e arrasada. Diante da filha Leah em silêncio sem saber as palavras que poderia dizer, apenas observa sem que Grace à perceba.

"Sua filha acaba de receber uma lição de vida, Leah. Isso lhe fará bem."

Continua...