Capítulo 2

66 16 13
                                    

Chegamos ao colossal castelo em poucas horas. As grandes entradas estavam abarrotadas de elfos guardiões, nos protegendo de qualquer intruso que venha atrapalha a grande cerimônia.

O castelo estava mais lindo e sombrio do que o normal, com bandeiras erguidas em várias cores, representando as grandes família do reino de Avalore, e a nossa estava lá, linda e esvoaçante por conta do vento, as estrelas podiam ser vistas de longe, ninguém poderia dizer que não estávamos ali.

Desci da carruagem, que logo se foi com as outras, e esperei pelos meus pais pacientemente. O meu vestido estava impecável, mesmo depois de horas sentada, os diamantes que estavam em meu colar reluziam junto com as pedras preciosas que estavam na parede do castelo.

Observei com cautela a entrada do castelo, estava tudo em santa calmaria, poucos guardas estavam na porta, nada demais. Porém podia ser ver que havia arqueiros por todos os lados, nos olhando e vendo nossos passos.

Entretanto meus familiares não ligaram para os olhares dos guardiões. Ninguém se meteria com uma família tão rica e cheia de poder como os Cien. Não seriam doidos. Além do que, isso atrairia a raiva do povo, éramos adorados por eles, o rei não iria querer ataques rebeldes, certo?

- Até que fim, chegamos - A voz da minha mãe soou atrás de mim como uma campainha.

Virei o rosto para trás, encontrando seus olhos verdes:

- A senhora está mais ansiosa que eu.

- E não deveria? Minha filha será a escolhida, é o mínimo que devo estar - Ela falou rapidamente, esboçando um leve sorriso que foi desmanchado pela chegada de uma grande carruagem de um tom de marrom, me lembrava barro.

De dentro dela saiu uma mulher alta e esbelta, as madeixas do mesmo tom de barro da carruagem, em seguida saiu, o que parecia ser sua filha, os cabelos castanhos presos em diversas tranças, os olhos de gato olhando tudo ao seu redor, até que parou sobre mim.

- Olá - A menina das tranças ergueu sua mão que estava com uma luva branca rendada e acenou para nossa família.

- Olá... - Disse suspeitando de sua atitude. Dei um breve sorriso em direção a família que adentrou o castelo e não olhou para trás.

- Essa é uma das suas grandes concorrentes - Fernyn apareceu do meu lado como um passe de mágica.

Seguimos a família de "barro" entrando no imenso castelo, o arquiteto e o designer que arrumaram aquele lugar não economizaram em pedras preciosas, o cômodo em que estávamos tinha grandes janelas com vidros de diversas cores, um longo tapete preto se estendia a nossa frente.

Olhei para trás de relance, vi outras famílias conhecidas, mas eles não me interessavam.

- Quem é ela? - Falei para Fernyn indicando a menina a minha frente, ela andava com passos graciosos, como uma rainha.

- Nasia - Minha irmã falou, calma - Nasia Giada.

- Giada? - Perguntei, confusa. Observei a família que ia a minha frente com precaução. Nunca tinha visto nenhum deles por estas regiões, muito menos ouvir falar de uma família com um sobrenome tão diferente.

- Sim, Giada - Ela repetiu revirando os olhos, impaciente com minha lerdeza - Eles não vivem na capital. Moram mais para o Sul, é uma grande família - Fernyn fez uma pausa curta -, e também muito poderosa.

- Entendo - Olhei para Fernyn curiosa - Como sabe disso tudo?

- Tenho meus contatos, irmã - Ela falou, soando misteriosa, depois deu uma pequena risada.

A fada de Avalore Onde histórias criam vida. Descubra agora