Como Michael já imaginava, a casa estava escura e silenciosa. Ele entrou na casa, pôs a roupa no seu devido lugar, depois colocou a boneca no seu devido lugar e torceu para que Miranda chamasse Andrea, para que assim ele pudesse subir as escadas, dizer que ele não era Andrea e poder conversar com ela.
Mas Miranda não chamou, parecia até que ela não estava em casa. Ele suspirou e já estava até indo na direção da porta quando ouviu passos no andar de cima. Ela estava em casa. Michael respirou fundo e subiu as escadas, não demorou muito para ele ver apenas Miranda iluminada por um abajur, ainda com a roupa do trabalho, mas descalça, sentada no sofá com vários papéis nas mãos, ela usava seus óculos de leitura.
Michael chegou ao primeiro andar e Miranda levou a mão ao peito com o susto.
– Você quer me matar?! – ela reclamou, assustada.
– Desculpa, desculpa, Miranda. Não queria te assustar.
– Mas foi exatamente isso que você fez. – ela reclamou, Michael sussurrou outro "desculpa". – O que você está fazendo aqui? Eu vou ter que trocar a fechadura da minha casa agora?
– Eu sei que eu não deveria ter vindo assim sem avisar, mas como você não queria falar comigo, foi a única solução que encontrei. Eu preciso explicar.
– Explicar o quê? – Miranda olhou séria para ele.
– O que você viu... eu e Andy...
– Você não me deve explicação alguma, nós não temos nada. – Miranda voltou a olhar para os papéis.
– É? – ele se aproximou. – Então... se eu não tenho que explicar nada, me diga o motivo de você não querer falar comigo o dia inteiro.
– Eu não tinha nada pra falar com você, esse é o motivo. – ela continuou com a atenção nos papéis.
– Não. Eu só vejo duas possibilidades, Miranda. Ou você realmente não tinha o que falar comigo ou você ficou... com ciúmes.
Com isso ela olhou pra ele. – Não seja ridículo. Porque eu teria ciúmes? – ela tirou os óculos, se levantou e foi na direção da janela.
– Me diga você. – ele se aproximou ainda mais. – Porque você teria ciúmes já que nós não temos nada? – repetiu as palavras dela.
– Eu já havia percebido a proximidade de vocês. – Miranda falou, de costas pra ele, olhando pela janela. – Só não sabia que realmente havia algo..
– Eu e a Andy não temos nada. Somos apenas amigos.
– Hmm..
– Eu apenas estava tentando confortá-la, eu não sei se você percebeu, mas ela estava chorando, tinha brigado com o namorado.
– Eu já disse que você não precisa explicar.
– Inclusive, a Andy é uma das pessoas que acham que isso... – ele fez um sinal entre eles que Miranda não pôde ver porque continuava de costas para ele. – pode fazer muito bem para nós dois.
– Hmm... e o que é "isso" exatamente, Michael? Você fala dessa teimosa admiração que você sente por mim?
Michael aproximou mais um pouco. – Admiração não é a palavra certa. – ele aproximou a boca do ouvido dela. – Se encaixa também, mas não define tudo o que eu sinto por você. – ele delicadamente pôs as mãos nos braços dela.
Miranda olhou para as mãos dele. – O que você está fazendo?
As mãos dele começaram a deslizar pelos braços dela. – Você sabe o que estou fazendo. – ele depositou um beijo no pescoço dela e sentiu o perfume dela. – E você quer isso tanto quanto eu. – a beijou no pescoço outra vez.
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Segunda Chance
FanfictionMiranda Priestly não precisa da ajuda de ninguém, ela é a Rainha de Gelo, ela não possui sentimentos. Seu coração? É de pedra. Isso é o que todo mundo acredita. Mas Michael Sans não é todo mundo e ele está disposto a provar isso. Nota da autora: e...