One-shot 14

1.2K 63 9
                                    


Michael viu Miranda entrar no quarto segurando uma xícara nas mãos. Usando seu robe de cor creme e bebendo um pouco do seu chá.

– Como está a dor de cabeça? – ele perguntou ao tirar os olhos da revista. Deitado na cama, encostado na cabeceira.

Miranda suspirou, tirou o robe e se sentou na cama. – Inconveniente. – ela se deitou.

– Eu te falei pra não ir brincar com o Vince naquele frio. – ele reclamou.

– Você não comece, é só um resfriado bobo, o Vincent queria se divertir na neve e eu queria proporcionar isso ao meu neto, ok? Além do mais, o motivo não deve nem ser esse, o Vincent está ótimo.

– O Vincent é uma criança, ele está cheio de saúde, não fica doente com facilidade e você...

– E eu o quê, Michael? – Miranda o interrompeu, Michael ficou em silêncio, ela olhou pra ele. – Responde, e eu o quê?

O telefone tocou nesse momento.

– Nós vamos terminar essa conversa. – ela disse para o marido antes de atender a ligação. – Sim?... Oh, olá, Bobbsey... Sim, mas é apenas um resfriado... não se preocupe... Caroline, não, não brigue com o Vincent, ele apenas queria se divertir, filha... Eu estou bem... O quê? Você está dizendo isso na frente do Vincent? Filha, ele vai se sentir culpado... Sim, quero falar com ele... Olá, meu príncipe... Não, não se desculpe, eu quis me divertir com você, não é culpa sua... Eu estou bem, meu amor, só preciso descansar... Ok, eu amo você, passe pra sua mãe... Não fale mais assim na frente dele, filha... E você pare de se preocupar demais, é apenas um resfriado bobo... Ok, amo você, Bobbsey... Até mais. – ela desligou.

Michael continuou em silêncio. Miranda se virou, voltando sua atenção totalmente pra ele. – E então onde nós estávamos?

Michael continuou em silêncio.

– Oh sim, me lembrei, estávamos na parte em que você ia me chamar de velha.

– Não, eu não ia dizer isso, Miranda. – Michael logo respondeu.

– Era exatamente isso que você ia dizer.

– Eu só ia dizer que você precisa se cuidar mais.

– Vocês todos se preocupam demais, é só um resfriado, eu sei me cuidar, não é como se eu fosse uma boneca frágil prestes a quebrar.

– Pra mim você é! – Michael disse em tom um pouco mais alto. – Quer dizer, não que você seja frágil, você é forte, muito forte, meu amor, mas eu te vejo sim como uma boneca e eu quero te proteger o tempo inteiro.

Miranda piscou. – Me vê como uma boneca? Como você pode dizer isso depois de todos esses anos? Estou longe de ser uma boneca, meu bem.

Michael acariciou o rosto dela. – Eu digo isso porque é a verdade. Quero te proteger sempre que eu puder.

Miranda não conseguiu não derreter com as palavras dele. Ela acariciou o rosto dele. – Você é lindo, meu bem. Vem aqui. – ela o chamou para um abraço, ele foi sem hesitar. Miranda acariciou os cabelos dele. – Eu prometo a você que farei o que estiver ao meu alcance para me cuidar, mas você precisa parar com essa preocupação excessiva toda vez que eu fico doente.

Michael beijou o pescoço dela. – Eu não consigo evitar, tenho medo de te perder.

Miranda segurou o rosto dele com as duas mãos. – Meu bem, como meu marido há tantos anos, você já deveria saber que um resfriado não derruba Miranda Priestly de jeito nenhum. – ela disse com o ar de Rainha de Gelo.

Michael sorriu e a beijou delicadamente, até que Miranda interrompeu o beijo. – O que foi? – ele perguntou.

– Você não pode ficar me beijando, vai ficar doente, você precisa se cuidar mais. – ela o provocou, repetindo as palavras dele.

Ele sorriu ainda mais. – Não me provoque... eu vou te beijar sim... – ele disse ao beijar o pescoço dela e descer para o decote.

– Oh, mas você não deveria, eu fico preocupada, tenho medo de te perder. – ela continuou provocando.

Ele segurou os braços dela contra a cama e a beijou sem aviso, para que ela se calasse. – Caladinha, sua provocadora. – ele disse ainda no beijo, se deliciando nos lábios dela, sentindo Miranda corresponder, ele pôde ouvir o som que denunciava que o ela estava sorrindo no beijo.

– É assim que você trata uma boneca, Michael Sans? – Miranda não resistiu e continuou na provocação.

A mão dele começou a acariciar o seio dela por cima da camisola, enquanto ele a beijava nos lábios. – É assim que se trata... uma boneca que fica... provocando o marido dela. – ele disse no beijo e pôde ouvir o som de que ela estava rindo outra vez. De repente, ele parou de beijar para olhar nos olhos dela. – E a dor de cabeça?

Ela acariciou os braços dele. – Eu acho que você é o meu remédio, já começo a me sentir melhor depois desses beijos.

Esse foi o incentivo que ele precisava. Tornou a beijá-la, sentindo Miranda se entregar e gemer ao sentir a mão dele passeando sobre o seio dela. Ela gemeu mais ainda quando a mão dele desceu para delicadamente subir a camisola dela, expondo a alvura daquela pele, a maciez. Ela fechou os olhos e jogou a cabeça pra trás quando os dedos dele chegaram em sua feminilidade, a estimulando, provocando ondas de prazer através dos seus dedos. Ele sentiu a respiração da Miranda começar a mudar, sentiu o corpo dela começar a reagir ao toque dele.

– Hmmm... – saiu do fundo da garganta dela, um som de desejo, ela não conseguia evitar e se movia na mesma frequência que os dedos dele.

Michael a beijou nos lábios. – Eu adoro... como você corresponde... aos meus toques... – ele disse ainda a torturando com os dedos.

Miranda mordeu o lábio inferior. – Eu adoro... como você me toca... meu bem. – ela já estava se perdendo. – Preciso de você. – ela sussurrou.

Michael já ardia de desejo também, ele se expôs e a penetrou com paixão, devagar, seu corpo derretendo à medida que sentia Miranda o envolvendo, e gemendo também. Eles sorriram ao sentir aquela sensação que sempre vinha em momentos como aquele, a sensação de que eram um só, a sensação de que se pertenciam. Michael começou a se mover com desejo, suas respirações fora de ritmo, se beijavam, até chegar o momento em que já não conseguiam. Ele apenas se movia, se entregava, investia nela, suas mãos passeando por aquela pele macia que ele tanto adorava, seus ouvidos captando os sons de prazer que ela emitia, ele podia sentir a respiração quente dela em seu ombro, depois uma leve mordida que ela depositou ali, podia sentir as mãos dela passeando por suas costas, o agarrando, como se temesse que ele saísse dali. Miranda chegou a suspirar naquele momento, tantos anos havia se passado, o desejo continuava o mesmo. E então Michael pôs a mão na curva do pescoço dela, suas respirações ofegantes se tocaram e seus olhares se encontraram. Ali foi que ela percebeu que não só o desejo continuava o mesmo, o amor também continuava, o olhar que o Michael lançava pra ela naquele momento parecia ir na alma. Era profundo, era intenso, como tudo o que vinha dele era. Michael encostou a testa na dela com um sorriso doce nos lábios e continuou investindo, até que eles se desfizeram no ápice do prazer.

Michael se deitou ao lado dela e Miranda logo se deixou envolver pelos braços dele, sua cabeça repousando em seu peito, acariciando ali.

Ela suspirou. – Me sinto fora de mim. – ela disse enquanto ainda se recuperava.

Ele acariciou os cabelos dela. – É mais um sintoma do resfriado? – ele brincou.

Miranda levantou a cabeça para olhar para ele. – É mais um sintoma do seu amor. – ela disse de um jeito doce. – Eu te amo, meu bem.

– Eu também te...

Ela o interrompeu com dois dedos nos lábios dele. – Eu sei, eu vi no seu olhar, eu vejo no seu olhar. E eu sou sortuda por ter o seu amor. – ela se deitou no peito dele outra vez, o abraçando. Michael a abraçou de volta, beijou os cabelos dela.

Miranda fechou os olhos e não demorou muito para adormecer, ouvindo o coração dele.

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora