Me causou tamanha ansiedade que a ponta dos meus dedos doíam, devido as unhas roídas. Eu sempre tive dificuldade de expor meu corpo para outra pessoa, e você sabia. A maneira como acolheu minha insegurança e colocou no mais alto pedestal, foi nessa hora, olhando nos seus olhos enquanto me despia, o toque paciente das mãos e os lábios ávidos, foi o instante que percebi que te amava.
Eu que sempre fui boa de encontrar palavras, todas foram tiradas de mim. Até mesmo agora eu encontro dificuldade em descrever o aperto no peito que você me causa. Sempre comentava com meus amigos que esquecia a sensação dos beijos de outras pessoas, mas cada toque seu permanece na minha pele, a textura da sua boca contra a minha, o seu cheiro induzindo a preliminar, tua brutalidade que me vulnera.
Percebe como me deixa inclinada a acatar qualquer palavra que me diga? E como ousou a fazer dos meus ouvidos "só mais um" pra ouvir as mesmas coisas que dissestes para outra pessoa na noite anterior?
Sempre foi óbvio que nunca seria como nos nossos planos, todos os dias alguma referência sua me assombra, como um tapa na cara pra me lembrar que não posso entregar meu coração novamente a alguém que seja bom de lábia (e com os lábios). Não sei até onde foi sincero da sua parte, não sei até onde estivemos sincronizados, mas eu sei de uma coisa: eu nunca te tive, como você sempre me teve.
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The Reason: Chronicles of what I dreamed for us
RomancePara todos que foram vítimas de expectativas em cima de relacionamentos falhos, ou simplesmente se entregaram sabendo que era inevitável se machucar. Textos curtos sobre o que eu achei que seríamos. Alguns são sobre disfunções amorosas. Outros são...