Flying Home - l.s.

• VENTISETTE •

Essa mídia sou eu tentando ser engraçada pra vcs não me odiarem por demorar tanto pra att. Preparem pro impacto. Amo vcs!!!

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Na sexta-feira logo pela manhã, Louis acordou assustado com o tão familiar som de seu celular vibrando sobre o criado mudo ao lado da cama de Harry. O problema é que aquela parte do quarto só tinha uma tomada, e era do lado de Harry, e o celular de Louis ficou carregando a noite toda - depois de uma discussão, eles entraram em um acordo que cada um tinha uma noite para carregar o celular, como essa noite foi de Louis, a noite seguinte seria o celular de Harry; foi uma longa noite.

De qualquer forma, Louis suspirou e tentou alcançar o celular de onde estava, a cabeça apoiada no peito de Harry e o braço do maior envolvendo sua cintura. Era difícil; Louis era pequeno e o corpo de Harry era largo demais, é pura física.

"Merda," Louis ofegou, se apoiando no cotovelo e praticamente subindo em cima de Harry e finalmente pegando o celular. "Alô?" ele atendeu, nervoso quando leu o nome do advogado na tela. "Lance, oi!"

"Louis, que porra..." Harry resmungou, sem coragem alguma para abrir os olhos, apenas fazendo uma careta ao perceber que Louis estava sentado em cima do seu abdômen falando ao celular em plenas Deus sabe lá que horas.

"Não, não é nenhum problema, não se preocupe," Louis disse após alguns segundos "Eu já estava acordado, não se preocupe" repetiu a mentira deslavada. "Ah, jura?" perguntou, e Harry finalmente abriu os olhos, fuzilando Louis. O quarto já estava parcialmente claro, o sol já começara a nascer, e quando Harry virou a cabeça vagamente para o lado, viu que o seu relógio marcava seis e quinze da manhã; faltavam apenas alguns minutos para o seu despertador tocar, e ele já fora acordado por um advogado folgado.

"Eu preciso respirar, Louis" ele murmurou com a respiração fraca, e Louis revirou os olhos, usando a mão livre que não segurava o celular no rosto para tapar a boca de Styles, e deslizando o corpo mais para baixo, aliviando o abdômen de Harry.

"É claro que sim," Louis disse depois de um tempo ouvindo atentamente. "Certo, é claro. Eu estarei lá," ele falou. "Tudo bem, obrigado por ligar. Nos vemos mais tarde." E então ele desligou o celular, soltando uma lufada longa de ar e soltando o corpo em cima de Harry.

"E aí?" Harry perguntou baixinho contra os cabelos de Louis, que só resmungou algo em resposta antes de voltar a sentar reto para conseguir olhar Harry nos olhos.

"Ele quer me encontrar às oito na empresa." Louis disse, finalmente.

"Mas ele falou alguma coisa? Tem notícias?"

"Parece que sim," Louis deu de ombros. "Mas obviamente ele não falou nada por telefone, só disse que gostaria de me encontrar mais uma vez."

Harry assentiu devagar, acariciando a pele nua da cintura de Louis. "Vai dar certo, eu prometo."

"Não prometa," Louis murmurou baixinho. "O que eu vou fazer com a Lottie? Eu não posso simplesmente contar para ela agora."

"Diga que tem um compromisso," Harry sugeriu. "Você tem um emprego, diga que tem algo para fazer na empresa, ela já é grandinha, vai entender."

Louis bufou, assentindo. Mais cedo ou mais tarde ele teria que contar para sua irmã e o resto de sua família sobre o ocorrido, ele só não sabia quando ou como. Naquele momento, Louis foi tomado por uma onda de empatia gigantesca por todas as mulheres do mundo, que infelizmente lidam com esse tipo de problema diariamente e não são validadas o suficiente por toda sua coragem e perseverança.