bts imagines ⇢ br (livro 1 concluído;;)

✄mini imagine :: park jimin

Request: oii, você pode fazer um imagine do jimin em que ele te acalma durante um ataque de ansiedade? adoro suas histórias!!

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As provas. Os trabalhos. A família.

Por que tudo parecia tão difícil de lidar? As pessoas ao meu redor lidavam com isso de forma tão boa, pura, como se aquele fosse só mais um passo e depois tudo acabaria bem. Não vou mentir, eu sei que no final tudo melhora e que nem sempre meu drama vale a pena, se é que posso chamar de drama.

há dias estava tendo um desconforto emocional que me incomodava bastante, praticamente me privava de algumas atividades diárias que antes eu fazia tão bem. não sei explicar, talvez fosse apenas diferente. eu tentava de todos os jeitos relaxar, me concentrar, mas sabe quando você foge de uma coisa e entra em uma furada ainda maior? pois bem, era meu caso.

se eu tivesse que nomear uma única calmaria em meio disso tudo, eu falaria sobre Park Jimin. o homem que tive a sorte de esbarrar entre uma esquina e outra, e que ultimamente têm sido meu amuleto, sempre que preciso correr para algum lugar, é para o conforto dos braços dele que fujo, me encontro ali em meio ao seu perfume de sempre e seu moletom quentinho, ele tinha um abraço-casa.

namorar Jimin não era um mar de rosas, por muito tempo meu amuleto esteve distante, quero dizer, meu amuleto sempre está distante. digamos que seu trabalho que envolve um grupo famoso não é uma besteira em que ele pode tirar o dia de folga para ficar comigo, ele constantemente viaja e de repente mensagens e vídeos não são mais suficientes, o amor quando é encontrado no toque e na convivência, é único. porém, amar Jimin é tão bom e intenso que não sinto vontade de deixar isso tudo de lado, eu prefiro viver dessa forma, mesmo não me fazendo bem 100% do tempo.

felizmente, ele havia tirado um mês para ficar com família e amigos, e nesse meio tempo arrumamos um horário para ficar juntos, infelizmente, Park Jimin não me pegou nos melhores dias. não faço de propósito, mas a pressão que ando recebendo aumentou ainda mais na semana em que ele resolveu vir me visitar.

- Vem amor, você prometeu que dançaria essa música comigo - Park sorri na minha direção, me fazendo lentamente movimentar a cabeça tentando voltar à realidade.

enquanto me levantava, pronta para segurar na mão do meu namorado, uma sucessão de flashbacks começaram a correr na minha mente. não era algo como nos filmes, era diferente de tudo que já tinha sentido. momentos de pressão, preocupação; a adrenalina estava literalmente correndo por minhas veias de uma forma incomum. não demorou mais do que dois minutos para eu sentir o coração tão acelerado a ponto de achar que ele iria escapar do peito.

- (s/n), está tudo bem? - Jimin segurou meu braço vendo que eu praticamente iria cair ali no chão.

tentei lutar contra as palavras para responder, mas a falta de ar que invadiu meu peito fez com que eu não conseguisse abrir a boca. minha cabeça se contorcia de tanta dor, foi tudo tão rápido que eu não consegui concluir o que estava acontecendo comigo. sentei no chão, ali mesmo, chorando compulsivamente enquanto Jimin e alguns convidados me olhavam sem entender, me senti ainda mais humilhada e assustada, mas não conseguia parar com isso. simplesmente não dava.

- (s/n) - Jimin se agachou na minha frente, as pupilas do maior dilatadas por conta da preocupação enquanto segurava minhas duas mãos.

- O que... O que está acontecendo? - consegui dizer em meio aos soluços e ao pouco ar que restava nos meus pulmões.

- Não tente lutar contra isso, me ouviu? - me encarou segurando meu rosto com as duas mãos. - Você está tendo uma crise de pânico, pense em outra coisa, está bem? Qualquer coisa... Por favor, pense em qualquer coisa.

a voz dele parecia desesperada mesmo ele tentando me passar qualquer tipo de segurança. minha cabeça só era invadida por pressentimentos e sensações ruins, eu não conseguia sair disso.

- a vez que dançamos juntos, se lembra? no seu aniversário, quando eu disse que te amava pela primeira vez, se lembra disso, não lembra? - a voz suave dele preenchia meu cérebro. - eu estava naquele terno ridículo que sua mãe me fez usar enquanto você... você estava linda, com um tênis e totalmente fora daquelas padrões de festa. eu sussurrei que te amava e você chorou, lembra? depois você me chamou de idiota e perguntou porque eu demorei tanto.

já tinha lido em algum lugar que conversas e musicas suaves diminuem a intensidade de um ataque de pânico. a figura de park na minha frente fez com que todas as outras pessoas sumissem. era apenas ele, segurando meu rosto agora com suas mãos, seus olhos encarando os meus e a memória da nossa primeira dança juntos rodando toda a minha mente.

- você está fazendo um ótimo trabalho, controle um pouco a respiração, quer que eu conte pra você? - assenti. - Está bem.

ele começou uma contagem do 1 ao 3, onde pedia como um verdadeiro médico para que eu inspirasse e expirasse. senti meu corpo estabilizar depois de fazermos isso umas dez vezes. Jimin dispensou as pessoas apenas com o olhar e me ajudou a levantar, agarrando meus braços despidos que envolveu com seu casaco e andamos para o lado de fora, entrando em seu carro.

- Desculpa ter estragado a festa do seu irmão - peço envergonhada e ele ri pelo nariz.

- Tem que se desculpar por quase me matar de susto, e pedir desculpa à si mesma por não estar se cuidando direito - passou o polegar por minha bochecha retirando a provável maquiagem borrada. - eu te amo (s/n), mas você não pode ficar assim sempre que eu vou embora, não posso te resgatar sempre amor, sabe disso, não sabe?

- Tudo tem andado difícil pra mim Jimin, não quero parecer dependente de você, mas quando você está aqui tudo é tão fácil.

- Você precisa começar a se cuidar e parar de colocar tanta pressão em si mesma, ansiedade não é brincadeira amor, quero que você se cuide enquanto não estou aqui para cuidar de você - seus lábios macios tocam minha testa e ele me aperta contra seu peito. - eu vou cuidar de você, e você vai cuidar de mim, independente do resto. mas vamos fazer do jeito certo, huh?

- ya, por que você é tão amável? - tento descontrair com um sorriso ladino e ele ri abafado, se aproximando de mim enquanto passa o cinto de segurança por meu corpo.

- não sou amável - diz ainda rindo. - sou apenas preocupado com minha namorada, certo? - assinto. - babe, você é maior do que tudo isso que te pressiona e te deixa triste, consegue entender isso?

- não precisa me tratar como um bebê - digo baixo. - vou tentar melhorar, procurar alguma ajuda para controlar tudo isso. não queria ter causado uma cena.

- não causou, me fez perceber que preciso pegar mais no seu pé, onde me meti arrumando uma namorada tão teimosa? - dá um peteleco na minha cabeça.

rio e fico em silêncio logo em seguida, apenas refletindo sobre tudo. o mundo é muito alto e muito grande, às vezes parece que a gente não vai conseguir lidar. mas de vez em quando

só de vez em quando,

a gente dá a sorte de trombar com alguém que têm o mesmo excesso de luz que o nosso.

- amo você - digo por fim.

- amo você - sorri com as mãos no volante enquanto o rádio tocando green day preenche nossos ouvidos.