request: oiiiiii você pode fazer uma fic bem curtinha do hoseok mas tristinha ao mesmo tempo??? amo suas histórias beijos.
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Essa definitivamente não é uma história sobre câncer.
Quero dizer, o câncer já tem virado o centro das atenções na minha família desde que se manifestou em mim, cinco anos atrás. Digo, tem noção do que são cinco anos? Acho que, isso é relativo à uns 1.825 dias.
1.825 dias que deixei de ser Jung Hoseok e virei só aquele cara que tem câncer. Humanos e suas constantes necessidades de rotular pessoas, acho que nunca vou estar apto para entender isso.
Revelar quem você é para o mundo pode ser assustador às vezes, mas esse é justamente o motivo, eu não sou o câncer - apesar de ter dominado quase todo meu corpo -, ele só faz parte de mim. Eu não sou feito disso. Eu sou muito mais. Eu sou o adolescente que dançava entre as esquinas dos subúrbios e jogava videogame nas casas de fliperama, e de repente descobriu que tinha uma droga de câncer.
Mas como eu disse, essa não é uma história sobre câncer.
Essa é uma história de amor e tragédia, acho. Talvez a história mais politicamente incorreta da face da terra, mas nessa altura já devo estar morto, então não me importo.Eu estava relendo pela vigésima vez o livro de poemas que a enfermeira Jun tinha me dado, semanas antes ela tinha me oferecido a bíblia, mas neguei. Não sou religioso então somente preferi não aceitar. A questão é que Jun era uma senhora adorável que tinha se apegado à mim, segundo o que escutei entre os corredores, seu neto havia falecido de câncer e acho que isso fez com que ela se apegasse.
Ok, foco, Hoseok.
Pedi para dar uma volta entre as alas médicas, eu odiava ficar trancado dentro daquele quarto enquanto minha mãe fazia palavras cruzadas ou chorava para meu pai no telefone. Não estávamos nos meus melhores momentos, meu quadro tinha apresentado melhora, mas os médicos ainda assim achavam que era um caso perdido, não tinha mais jeito de me curar. Eu tava bem com isso.
Eu tava bem até o dia em que a conheci. Naquele momento, eu não quis mais morrer. Fiquei com medo. Queria acelerar meu processo de cura e simplesmente voltar a ser saudável.
A moça mais bonita que eu já tinha visto em toda minha vida estava sentada nos bancos de espera estofados, as pernas cruzadas e uma revista nas mãos, estava concentrada e notei que a capa tinha a ver com política. Eu não sabia o que ela estava fazendo ali, será que tinha câncer como eu? Ou estava visitando alguém? Era difícil dizer.
Me aproximei com medo, apenas admirando ela de longe e recuei assustado quando ela levantou o olhar, me encarando também. Sorriu ladino, expondo seus dentes adoráveis. Queria ter retribuído o sorriso naquele dia, mas fazia tanto tempo que eu não tinha contato com garotas que apenas fugi, voltei para o quarto como se nada bom tivesse acontecido.
Acho que me condenei por dez dias seguidos por ter feito aquilo, eu queria vê-lá de novo, perguntar sobre seu tratamento, se é que ela tinha um.
Em maio, nós tivemos um evento beneficente no hospital para arrecadar dinheiro e bolsas de sangue para as crianças da ala infantil do câncer. Lembro que, enquanto eu despejava água no meu copo plástico, a garota se aproximou de devagarzinho e discretamente, puxando um copo plástico também. Quase me borrei quando vi que ela estava ali.
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bts imagines ⇢ br (livro 1 concluído;;)
Fanfiction⚠️Essa fanfic foi escrita em 2016/2017, portanto algumas histórias estão com escrita rasa, erro de continuidade e plots vergonhosos que podem trazer muitas reações 'cringes' para os leitores. Leia por conta e risco! ๑・ᴗ・๑ ꒰ aproveitem sempre e boa...