⚠️Essa fanfic foi escrita em 2016/2017, portanto algumas histórias estão com escrita rasa, erro de continuidade e plots vergonhosos que podem trazer muitas reações 'cringes' para os leitores. Leia por conta e risco!
๑･ᴗ･๑ ꒰ aproveitem sempre e boa...
request: olaaaaaaa, vc pode fazer um imagine MUITO CLICHÊ POR FAVOR SÃO MEUS FAVORITOS em que a s/n sofre uma tristeza muito grande depois que começou a viver sozinha por causa dos contratempos da vida em outro país e o Yoongi acaba esbarrando com ela em uma dessas ocasiões da vida? chama ela pro show etc eles ficam cheio de amorzinho POR FAVOR É MEU ANIVERSÁRIO.
Poxa, acho que faz tempo que você mandou isso, mas mesmo assim PARABÉNS! :)
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- Como você está se sentindo? - meu terapeuta, Michael, pergunta olhando nos meus olhos.
Sua sala era branca, exatamente como aquelas de filme, uma planta alta e verde no canto, com um relógio pendurado e uma foto da família dele. Uma menina e um menino, ele e a esposa. Um cachorro no fundo da imagem na piscina. Estava de frente para mim, sua cadeira giratória grande e confortável. Uma prancheta ocupava suas mãos, com uma caneta preta e um óculos redondo ponderado na ponta do nariz.
- Estou bem... Estou ótima. Meu trabalho é incrível, meus estudos estão decolando e eu consegui pagar todas as contas desse mês. - minha voz soa como ironia, mesmo eu lutando para que isso não acontecesse.
- Você está feliz? - coloca a prancheta na mesa, cruzando as pernas e olhando nos meus olhos mais uma vez.
- Por que você se importa com a minha felicidade? - solto um suspiro exausto.
- E você? Não se importa com sua própria felicidade? Não é por isso que vem até aqui três vezes por semana? - umedece os lábios.
- Não venho aqui para buscar felicidade, venho aqui para buscar respostas ou desabafar sobre qualquer merda que tenha acontecido no meu dia. - respondo. - As pessoas perguntam: o que diabos tem de errado com você? A resposta é tudo, tudo está errado comigo.
- Sente-se agoniada? Com o peito apertado como se não pudesse respirar?
- É como um ataque de pânico seguido do outro, comecei a ter mais empatia pela humanidade quando aconteceu a primeira vez. Comecei a notar que muitas pessoas tinham ataques de pânico por situações diferentes, por mais alegres e felizes que elas pudessem ser. Ou pelo menos, aparentavam ser.
- Como se sente depois do ataque de pânico?
- Não sei, ele nunca para. - encaro meus pés. - Continua acontecendo todos os segundos, quando eu acordo, quando trabalho, quando vou dormir. Eu só... Só sinto que não consigo fazer nada a respeito.
O resto da sessão foi igual a da semana passada, e da retrasada. Falamos, falamos e chegamos no mesmo ponto, com as mesmas opiniões. A verdade é que eu não sei como alguém começa ficar deprimido, se tem algum ponto em que algo acontece e você diz para si mesma: é, provavelmente fodi tudo. E caso isso exista, não sei em qual ponto da minha vida tudo começou.
Eu só estava cansada de falar sobre isso, cansada de tentar achar alguma explicação para isso.
Talvez seja porque meus pais me mandaram morar em outro país com 16 anos, com um trabalho que mais parecia escravo em um restaurante, morando em um dormitório repleto de garotas que roubavam coisas uma das outras.
