Capítulo 12

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Eu acordei na manhã seguinte ao evento do Nathan sentindo o corpo todo moído pareceu que um trator passou por cima de mim. Fui até a geladeira tomar um leite gelado. No caminho de volta ao quarto vi duas figuras uma de pé e a outra sentada no sofá com os braços cruzados. O susto foi tão grande que acabei derrubando a xícara no chão. Afastei as cortinas para ver melhor o rosto zangado do meu pai e o olhar entediado do Nathan.

-O que... O que significa isso? O que estão fazendo aqui?

-Querendo uma explicação pra isso!

Jogou o jornal em cima da mesa de centro.

-Isso o quê? – Eu peguei o jornal, meu coração acelerou à medida que via do que se tratava.Eu e Nathan nos beijando numa foto enorme de coluna social – Ah isso?! - Disfarcei tentando não dá muita importância.

-Ah isso? – Me imitando – O que exatamente significa isso! - Apontou para o jornal.

Certo, lá vinha escândalo.

-Hãm... Sarah... – Ouvi Nathan pigarrear e me chamar, mas não dei ouvidos estava focada demais pensando na desculpa que eu ia dizer pro meu pai.

-Eu não acredito que vocês estão fazendo isso outra vez.

-E eu não acredito que você se abalou da Califórnia até aqui por causa dessa... Disso?

-Eu não estava na Califórnia. Se eu soubesse que esta festa ia dar nisto teria visto de perto.

-Sarah. – Nathan de novo, que coisa! Porque ele simplesmente não se dirige a Richard em vez de tentar me interromper?

-O que diabos vocês estão pensando? Nathan, ela é sua Irmã!

-Ele não é meu irmão de verdade – Retruquei irritada.

-Vocês são irmãos sim!São meus filhos.

-Engraçado como só agora você lembra isso, nestas circunstâncias.

-Sarah não é verdade – Falou baixo e claramente magoado.

Meu coração amoleceu, mas me mantive firme no meu fingimento. A mágoa naquelas palavras podia ser perfeitamente palpável. Isto era novidade para mim. O que me fazia duvidar agora, até que ponto ele se importava. Depois de tanto ignorar a mim e a minha mãe? Acho que não.

A gente ficou se encarando.

-Sarah?

-O que é Nathan? – Respondi sem olhar pra ele minha paciência por um fio, o olhar de dor de meu pai me prendeu.

-Dá pra vestir uma roupa mais descente?

-Oh! – olhei pra mim mesma me dando conta da minha pouca roupa. Estava zangada demais com toda aquela situação pra notar que discutia com meu pai e meu irmão apenas de calcinha e camiseta – Com licença.

Saí da sala sentindo as bochechas formigarem, quando retornei a sala Nathan não estava mais lá.

-Ué cadê o Nathan?

-Foi embora.

-Mas a conversa não dizia respeito a nós dois?

-Ele teve um compromisso.

-Que traidor! Sobrou tudo pra mim ouvir tudo sozinha? Que ótimo! – Reclamei.

-Não seja ridícula! Sou tão ruim assim? – Perguntou todo meloso. Isso não estava nada bom.

Certo se não tinha jeito a única alternativa era ficar e conversar. Decidi pegar leve com ele, Richard parecia... Emotivo?

-Não é isso. Não estava em minha programação conversa pai e filha logo pela manhã. Vou chegar atrasada – Alfinetei.

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