Sun & Sky

Capítulo 27

Vou caçar mais de um milhão de vagalumes por aí,
Pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor
Eu só quero amar você
E quando amanhecer eu quero acordar...
Do seu lado.

Vagalumes – Pollo part. Ivo Mozart

E vinte minutos depois como prometido ele estava diante de mim com um carro enorme cinza modelo antigo eu não entendia patavina de carro, mas sabia reconhecer um modelo idoso quando via um.

-O que significa isto?

-Entra, vamos dar uma voltinha.

Inclinei a cabeça não entendo o que exatamente ele estava falando.

-Não é um sequestro ok? Apesar de essa ideia já ter passado por minha cabeça mais vezes do que posso admitir - sorriu pra mim meio cúmplice – Vamos Sarah, vai ficar aí parada pelo resto do dia?

-Essa coisa aí funciona? – disse só pra irritar sabia que ele tinha uma quedinha por carros visto que outrora eu bem tinha notado o olhar de cobiça pra cima do modelo que meu pai havia me dado. Olhos de criança que brilham quando vê brinquedo novo.

-Ei mais respeito! Não subestime os mais velhos. Ele até pode ser antigo, mas dá conta do recado.

Revirei os olhos. Ele desceu do carro eu sabia que logo em seguida viria um monólogo de como aquele carro provavelmente modificou a historia do mundo automobilístico e blábláblá.

Pegou em minha mão abriu a porta do carro pra mim como um perfeito cavalheiro depois de dar a volta pacientemente desatou a falar.

-Esse é um genuíno Pontiac Catalina fabricado em 1967. Com o motor dessa belezinha dá pra dar uma voltinha na Lua se eu quiser.

-Sei... E aonde o vovô aqui vai nos levar?

Ele deu a partida, sacudindo a cabeça negativamente rindo.

-O que? Carro velho, Zac!

-Vamos ver o que o vovô aqui é capaz de fazer!

Era pouco mais da hora do almoço quando ele resolveu sair sem rumo com um daqueles sorrisos enormes que eu amava no rosto. Ele não quis dizer pra onde iríamos disse que nem sobre tortura quando lhe perguntei. Apenas uma pergunta estranha no meio do caminho.

-Gosta de rosas?

-Que mulher não gosta de rosas?

-Tem razão, nunca conheci nenhuma que recusasse flores. Tem preferência por cores?

-As brancas são incríveis!

-Tá com fome?

-Não, Zac. O que tá fazendo? Pra onde vamos?

-Você vai ver. Já disse que não é um rapto – riu - Quero que veja uma coisa e antes que pergunte as crianças estão bem e não, não vamos demorar.

Ainda estávamos na Flórida. Bom, pelo menos eu acho que ele não pretendia sair do Estado. Dirigiu por mais vinte minutos depois parou numa espécie de floricultura. Saiu de lá com um ramalhete lindo e enorme de rosas brancas. Tirou apenas uma do buquê e me entregou.

-Esta é sua.

Ergui uma sobrancelha sugestivamente a pergunta na ponta da língua, mas antes que eu falasse alguma coisa ele olhou pra mim com aquele jeito de quem estava tramando uma.