Sun & Sky

Capítulo 24

Que sensação em minha alma

O amor queima mais brilhante que o Sol

É mais brilhante que o Sol

Deixe a chuva cair, eu não me importo.

Eu sou seu e de repente você é minha

De repente você é minha

Eu tenho um sentimento em minha alma...

(Aqualung-BrigtherThan Sunshine)

Eu me remexia naquela cama de minuto em minuto, meus pensamentos ganhando velocidade à medida que uma ideia se sobrepunha a outra e numa dessas Zac apareceu.

Lindo.

Sorrindente...

Tão jovem, tão ele!

Não entrava em minha cabeça o que quer que fosse que teria levado Kate se afastar do marido. Qual era o problema com ele? Bonito, rico, inteligente, engraçado... Ok! Aqui estava eu outra vez desejando o que não era meu. Tentei expulsa-lo de minha mente, Zac não tinha passe livre por aqui me obriguei a pensar em outra coisa qualquer coisa serviria: letras de musicas, lembranças da infância, o curso que eu faria quando o verão acabasse, a minha calça favorita que precisava levar na tinturaria, um Converse vermelho lindo que eu vi numa vitrine dia desses que combinaria com aqu... Zac de novo sorrindo, com uma das mãos dentro da minha blusa no chalé, as borboletas dando vôos rasantes no meu estomago, meu corpo esquentado...

-Mais Que droga!

Me virei e vi John dormindo ao meu lado tão sereno cheio de traços do homem que não me deixava dormir! Passei a mão no cabelo dele com carinho. Isso me fez lembrar que o dia da despedida estava chegando... Lembrar disso realmente fez meu estômago latejar. Me aninhei na cama outra vez fechei os olhos e me concentrei. Três minutos depois meus olhos estavam bem abertos encarando o teto branco. E a dor no estômago persistia.

-Ah inferno!

Fui ao banheiro atrás de um antiácido só tinha analgésico aí lembrei que eu vi um na caixa de primeiros socorros no ônibus. Que ótimo!Calcei meus chinelos eu não tinha escolha tinha que encarar o estacionamento de novo, no caminho peguei uma lanterna na cozinha para não ter que acordar ninguém ligando lâmpadas e desci.

Urgh! Como eu detestava estacionamentos por mais que aquele mais parecesse um grande pátio vazio ainda sim fazia com aquele conhecido frio na espinha me fizesse ouvir coisas que eu sabia que era tudo fruto da minha imaginação. Porque eles eram sempre tão sombrios?

Entrei e saí do ônibus o mais rápido que eu pude aquele silencio estava destruindo com o único fio de coragem que existia em mim assim que travei a porta do Elvis eu ouvi um droga baixo e irritado.

-Quem está aí? - eu me arrisquei apontando a lanterna para tudo que era lado – Quem está aí?- falei mais alto.

-Sarah?

A voz vinha de cima do ônibus? Mas o que...

-Zac é você? - Apontei com o fecho de luz.

-Wow! Tira essa luz dos meus olhos! –reclamou.

-Oh desculpa! Você me assustou. O que faz aí em cima?

Ele apenas ergueu o que parecia um bloco de papel.