Olhar tristinho, já sem vida
Quanto pensamento já pensei
O que sobra é se ver nutrida
Da mais jovem. Cansei.
A alegria de outrora
Aos poucos se esvai.
Coisa simples, chora
sem saber com quem sai.
Brancos às vezes, tudo torna
Vejo um homem, vejo um anjo.
Ao falar os sons revoltam.
Da boca só tremor arranjo.
Gritos. Brancos volto a ver
Será que é hora de arrepender?
Já não tenho consciência
sou humana carencia
Deus meu, luz clara
outro descanso me darei.
num foco, tudo separa
tudo branco agora, parei.
Essas palavras me vieram em fevereiro de 2003, em Belo Horizonte, quando acompanhava um amigo a um hospital. A velhice, as vezes, me parece tão infantil. Sabe, quando vc olha uma criança e pensa no futuro dela? O que vai fazer da vida? O que vai ser? Com a velhice a gente faz o inverso, fica meio com inveja do que ela já passou. O tempo que viveu e o que fez dele. Nos dois casos a gente não tem como saber, mas dá muita vontade.
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Sobrevida - Um parto de idéias
PoetryPARTO DE IDËIAS, surgiu com procura tradução da Maiêutica de Socrates. Exercício de exploração da própria ignorancia em busca do auto conhecimento, que engloba desde a razão, a ética, a sociedade e o próprio self. Aqui vamos encontrar mais uma perg...