(O amor não tem leis)
Lauren Jauregui é uma renomada advogada criminalista apaixonada pela profissão. Além do sucesso inquestionável na carreira jurídica, também usufrui do impacto devastador que provoca nas mulheres a volta. E com a sua nova estagi...
- Chanchoo você tem que ir. - Fazia meia hora que Dinah tentava me convencer a ir à festa de aniversário da Normani. Uma festa à fantasia.
Estávamos jogadas no meu sofá assistindo "Antes que termine o dia." Choramos tudo o que tínhamos direito e já nos preparavam os para o final, que aliás é dos mais lindos que já tinha visto. Dinah trouxe o Seth com ela, mas, depois de brincar muito, ele adormeceu e eu coloquei em minha cama.
Harry avisou que passaria a noite fora, na casa de um amigo. Eu tentava de todas formas descobrir quem era o tal amigo misterioso, mas Harry é muito reservado, e acima de tudo, eu respeitava a sua intimidade.
- Não sei, Chechee... Lauren com certeza vai - respondi e levei mais um punhado de pipoca na cama. - Depois do que aconteceu...
- E o que aconteceu? - Dinah questionou curiosa. Esqueci que não contei para a minha amiga a foda maravilhosa e o pós-foda decepcionante com a Lauren. - Ah! Pelo amor de Deus - disse alterando o tom de voz, o que me pegou desprevenida. - Está na hora de vocês se resolverem - continuou me repreendendo.
Ficamos em silêncio por um tempo, até que tomei coragem de falar.
- No dia do bar, há duas semanas, eu e a Lauren... - engasguei, mas continuei. - Nós transamos.
- Ohhhh! - Dinah levou as duas mãos à boca, muito surpresa. Surpresa até demais. - Grande novidade. - Deixou as mãos caírem e deu de ombros. - Sabia que isso ia acontecer no momento em que você subiu para o apartamento dela.
- Eu não planejei nada, Chechee - comentei, e ela virou em minha direção para me encarar.
- Eu sei que não. - Agora eu estava confusa. - Camila, está na cara que você se amam. E está na hora de alguém dar o braço a torcer.
- Eu vou pensar sobre a festa - encerrei o assunto e Dinah bufou. Levantou e caminhou até o quarto, pegando o Seth nos braços.
- Quer ajuda? - perguntei.
- Não - respondeu ríspida. - Talvez seja você que precisa de ajuda.
***
Trabalhei na sexta-feira normalmente. Apesar de amar o Direito Penal, eu realmente estava encantada com o Direito Civil. Inclusive, estava pensando em me especializar nessa área. A parte de contrato realmente prendia a minha atenção. Decidi que Dinah estava certa: alguém teria que dar o braço a torcer e, dadas as circunstâncias, eu duvidava que a Lauren desse o primeiro passo.
