A primeira batalha

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Jorge e Fred haviam abandonado a escola, Gina estava namorando com Dino, eu mal falava com Harry e o resultado disso é que eu acabava quase que o tempo todo sozinha, o professor Dumbledore estava sumido, porque ele havia sido acusado de estar tramando contra o ministro da magia e por isso a escola estava completamente entregue nas mãos de Umbridge.

Ela estava muito mais cruel do que o costume, não podíamos fazer nada que já estávamos sendo castigados. O clima estava cada vez mais pesado na escola, e eu não conseguia ter muito tempo com papai, esse final de ano estava sendo terrível.

Eu estava indo sozinha para estudar na sala da professora Minerva e encontrei com Harry, abaixei minha cabeça, não queria falar com ele:

- Mylle?

- Oi.

- Posso falar com você?

- Estou um pouco ocupada...e....

- Sei que está com raiva de mim, eu mesmo tenho raiva quase que todo o tempo.

- Não estou com raiva de você, só não quero conversar.

- Eu prometo que não vai demorar.

Olhei para os lados na esperança de que aparecesse alguém para me tirar dali:

- Tudo bem, vamos lá para fora.

- Primeiro quero te pedir desculpa por ter te acusado.

- Já estou acostumada, sei que não gosta de mim por conta da minha aproximação com o professor Snape.

- Não foi por isso.

- Foi sim Harry, eu sei que você não gosta dele, não te culpo, afinal ele tem um jeito meio difícil.

- Na verdade, é o professor Snape que não gosta de mim.

- Ele não gosta de nenhum aluno, é complicado até para mim.

- E por que com você seria diferente?

- Por nada...era só isso que você tinha para me falar?

- Sua mãe também morreu na luta contra Voldemort?

- Foi o que minha avó me contou.

- E seu pai?

- Não o conheço,mas sei que ele também lutou contra Você-Sabe-Quem. Mas por que você está me perguntando tudo isso agora?

- Estou procurando pessoas com destino parecido com o meu, para entender.

- Entender o que Harry Potter? Ninguém tem o destino parecido com o seu, cada um tem o seu papel, o que importa é o que fazemos com ele.

- Você diz isso porque para você é fácil.

- Não é nada fácil Harry, a diferença é que eu aceito.

- Como aceitar? Meus pais morreram, e meus amigos correm perigo.

- É isso que você tem que entender, as pessoas te amam, não pelo que você representa, mas pela pessoa que é, Harry, não tente afastar seus amigos, não tente resolver tudo sozinho.

- Como você consegue?

- Olha Harry, não é que eu consiga, mas eu aprendi com uma pessoa muito importante para mim, que existe coisas que não cabe a nós decidirmos, particularmente eu acho que não devemos ficar remoendo o passado, olha você, tem amigos, seu padrinho e todos os professores gostam de você.

- E me sinto tão sozinho.

- Talvez alguém queira que você se sinta assim.

- A Luna me disse a mesma coisa.

A Filha do Príncipe Mestiço.Onde histórias criam vida. Descubra agora