Capítulo 8- Quase!

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      Eu acordo e vejo pela minha porta de vidro que dá no quiosque, que o sol ja estava se pondo. Parece que tudo não paçou de um sonho. Então me viro para outro lado da cama:
     - Ahh!
     - Shh!- Otávio diz abrindo os olhos.
     - O que você ta fazendo na minha cama!
     - Você tava com medo e te abracei até dormimos.
    - Ah é verdade. Credo ja são dezenove horas! Minha mãe vai chegar. Você tem que sair daqui.
     - Calma boneca. Ja to indo.- eu o acompanho até a porta do meu quarto.
     - Não da mais tempo! Ela ta vindo! Vai para debaixo da cama.- minha mãe estava vindo, ela ia me matar se achasse que eu dormi com ele.
     - Ta não precisa empurrar!- ele diz se infiando em baixo da cama, ouço um som.- Ahi!
    - Que foi?
    - Bati a cabeça!- ele diz ja todo tapado pela cama.
    - Shh!- e minha mãe entra.
    - Oi filha.- ela diz me dando um beijo na testa.
    - Oi mãe. Como foi lá?
    - Do mesmo geito, uma loucura. Ainda mais agora, que seu pai morreu.
    - É deve ser difícil conseguir organizar tudo em todas as empresas.
    - É. Mas o Estevan me ajuda.
    - Hum.
    - E o que você fez hoje?
    - Segui seu conselho.
    - Então como Otávio está?
    - Bem mãe. Eu acho.- percebi suas sombrancelhas se curvar com vários pontos de interrogação.
    - Ta bom, eu vou deixar você ai. Tenho que fazer umas coisas.
    - Ta.- vejo ela desaparecer.- Pode sair.
    - Ainda bem que suas empregadas deicham a casa um brinco.
    - Hué por quê?
    - Tenho renite, e começo a espirrar sem parar com pó.
    - Fez sentido. Vamos!- eu digo e vejo ele ir para a porta do quarto.- Não por aí! Você quer que minha mãe te mate! Vamos pelo quiosque.
    - Ta bom.- ele diz me seguindo. Abro a minha porta que ficam de frente a cama, a mesma porta da para o quiosque.- Nossa que lindo.- ele diz olhando as milhares de flores e árvores que combriam a mesa de madeira e os bancos que se encontravam no meio do quiosque.
    - Foi meu presente de quinze. E claro que tive uma grande festa.
    - É muito normal ganhar um quiosque de presente!- ele diz com som de ironia.- Por que não pediu uma estufa?
    - São lindas, mas não! Eu me sentiria presa dentro daquelas paredes de vidro. E assim estou com o contato da natureza e tudo ao meu redor.
    - Entendi. Você curte essas coisas. Até que são legais.
    - Essas coisas?- pergunto fazendo careta.
    - É, natureza, constelação, essas coisas.
    - Ata! E você acredita em que?
    - Em sonhos, e que um ser dívino e piedoso realizara todos para mim.
    - Esse ser, é Deus?- pergunto não que eu não tenha fé. Mas com tantas coisas ruins no mundo como podem dizer que alguém pode nos salvar, se não o faz?
   - Sim. Você não crê? Que ele exista?- ele pergunta, quando chegamos ao portão principal onde dava para a saída.
   - Sei lá. Pode ser que sim.
   - Hum ta bom, você acredita que tudo isso é lindo, as flores, natureza. Mas não acredita em quem o fez!
   - Não disse isso.
   - Ta bom, tenho que ir.
   - Tchau.- eu digo e vejo seus olhos fitarem os meus, logo ele me puxa para seus braços e me abraça.
   - Tchau princesa.- ele sussurra em meu ouvido.- Se você tivesse fé, aposto que não teria medo de escuro.- fito seus olhos, o questionando.- Deus é luz.- e ele sai correndo.

   O que ele quiz dizer com isso, que meus medos nao paçam de falta de fé? Ou de crença? Da tudo na mesma!

   Como acreditar em algo que dizem fazer o bem. Se não vejo. Crianças são abandonadas, mortas, pessoas inocentem morrem no trânsito, em quanto o maldito alcoólatra sobrevive para ficar preso por cinco anos e sair por fiança. Se ele existe, qual o motivo de não fazer o bem?

                         ¬₪¬

    Hoje amanheço desposta para encarar as provas finais. Além de ter que ficar aguentando os professores e colegas que não puderam comparecer no enterro, os pêsames e lamentações.

   Hoje é o último dia de aula, teremos quinze dias de férias de inverno. E então voltamos e se deparamos com o terceiro trimestre e a formatura.

   Os professores deixaram eu fazer as provas, já que faltei uma semana por causa do meu luto.

   Chego as portões da escola, logo a visto Mileni e Mateus. Invejo eles, por se amarem tanto. E eu fico segurando vela.

                        ¬₪¬

    Eu sai mais tardes que os outros alunos por causa das provas, os professores fizeram questão de corrigi-las. Eu passei em todas! Ta bom, não passei em Química.

     Para comemorar eu, Otávio, Mileni e Mateus vamos sair. Iremos no parque de diversão.

    Eu cheiguei atrasada e logo avistei eles. Otávio estava com uma calsa jeans preta rasgada, uma camisa cinza grafite, uma jaqueta marrom de corro. Mileni estava com uma calsa marrom e uma camisa bordô, um sobretudo beje. Mateus estava com moletom e uma calsa marrom desbotada.

   Então chego mais perto:
- Sério! Vocês combinaram de vir com a mesma cor de calsa?- perguntei para os dois.
  - Sim, mas não era para achar isso. Era para pensarem que o destino quer agente junto que combinamos a calsa sem querer!- Mileni diz rindo.
   - Ah, oi meninos.
   - Pere você também ta com uma jaqueta de coro preta!- diz Matheus.
   - Idai? Eu gosto dela!- falo sem entender qual o problema de minha jaqueta.
   - Ele também esta! E aí combinaram ou é o destino?- perguntou Mileni.
  - Nenhum dos dois é coincidência.- falo e vejo Otávio baixar a cabeça.
   - Então vamos!- fala Mileni correndo para dentro do parque.
  - Otávio esta bem?- vejo seus olhos encontrarem- me.
  -Estou. Só espero que o ser Dívino realize logo um sonho meu.
   - Ahé e qual é?- pergunto animada.
   - Que a menina que amo me ame algum dia!- credo isso fui uma indireta? Ta mais para direta! Eu não consigo responde-lo.- Tudo bem não precisa falar nada.
   - Otávio me perdoe. Mas eu não sei dos meus sentimentos.
  - E quem disse que ela é você!- ele diz e eu olho para ele com, não sei dizer ao certo, ciúmes? Ciúmes do que?
   - Ah bom e quem é a sortuda?- pergunto vermelha. Agora se é de vergonha ou raiva não faço ideia.
   - Eu estava sendo irônico! Quem mais poderia ser?- ele diz colocando seus braços em torno dos meus ombros.
   - É alguém mais bonita!
   - Não existe! E se existisse e ainda assim preferiria você.- ele diz isso e me derreto toda! Ele tem que parar de falar essas coisas.
   - Eu sei que isso não é verdade. Até porque você vai embora logo, não vai?
   - Não. Eu tenho uma casa aqui. Meu pai não é rico, tanto quanto os seus. Mas ele deixou-me uma casa de herança aqui e meus avós um chalé.
  - E você vai morar aqui?
  - Eu acho que sim! Ela esta aqui. A casa.
  - Hum, mas e seus pais?
  - Bom meu pai pode vender aquela casa e vir morar para cá.
  - Ta bom. Agora ficou mais fácil de acreditar.
  - Que te amo?- ele diz sussurrando em meus ouvidos fazendo arepiar-me.
  - Você ta me perguntando, se acredito que me ama? Ou se perguntando que me ama?
  - Primeira opção.
  - Vamos na roda gigante?- eu pergunto o puxando.
  - Ta bom, mas não tem medo de altura?- ele diz rindo.
  - Não!

   Estamos la em cima na segunda volta e a roda para. Observo tudo a minha volta. Vejo Otávio me olhar pelo canto dos olhos. Ali em cima era mais frio que la em baixo, ventava forte. Eu me encolho toda:
   - Ta com friu?- ele pergunta com um sorriso de canto.
  - Sim.
  - Eu poço chegar mais perto e lhe abraçar?- ele diz com o mesmo sorriso. Eu afirmo com a cabeça.- Ta melhor?
   - Sim, obrigada.- digo virando o meu rosto para poder ficar de frente a ele. Nossos lábios se roçam.
   - Eí poubinhos! Ops foi mal.- Mileni diz ao nos ver quase se beijando. Mas graças a ela isso não ocorreu.

    Oi pessaol. Gostaram? Não esqueçam de votar. Desculpa pelo cap meio grande sei que é cansativo.
    Revisado.😽

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