Nictofilía

112 15 5
                                    

Sento no silêncio, no escuro
Com meus olhos perfuro
Um distante barulho
Que identifico como ruido
Comum e indefinido

Já não sinto minhas costas
Contra a parede
Quando meus arrependimentos
Lembranças e emoções
Ne embalam em uma rede

Tecida com a mais fina agonia
E tingida com a mais escura tristeza
Onde a escuridão esconde as cicatrizes
da minha auto-destrutiva natureza

E me trás ilusão de perpétuo prazer
Imaginando quem eu era,
Quem eu sou, quem eu vou
E quem eu deveria ser

Sorrindo com o futuro
E chorando com o passado
Descubro
Que o presente em que vivo
É um dos futuros
Que um dia havia amado

SUBLIMINAR Onde histórias criam vida. Descubra agora