Capítulo 5

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Luca

Assim que arrumo minhas coisas na mochila, coloco ela nas costas e me levanto.

Me sinto muito triste por Thomas, mas não é a primeira vez que vejo alguém conhecido morrer. Suspiro.

- Denise ....temos que ir

Ela olha para mim com o rosto vermelho de tanto chorar. Não sabia que ela iria ficar assim por alguém que nem conhecia direito, geralmente ela não demonstrava que se importava muito com os outros.

- a gente vai deixar ele aqui? – Ela disse com tanta tristeza na voz que até me surpreendeu.

Vou até ela e estendo a mão para ela segurar.

- Eu sinto muito pela sua perda. Mas não temos tempo Deh .... Não estamos muito longe de onde estávamos. – eu disse com gentileza

Ela segura minha mão e se levanta do chão de areia. O dia estava muito lindo. Mas não tínhamos tempo para admirá-lo ou até mesmo deixar o corpo de Thomas em um lugar mais tranquilo para enterrá-lo, a qualquer momento um elfo do mal podia aparecer.

Ainda segurando a mão de Denise começo a andar, a caminho da floresta que está logo a nossa frente. Conhecia esse lugar e sabia como chegar em Fairyforest. Eu viajava muito em meus trabalhos como guardião, então eu sabia de todos os caminhos, como se tivesse um mapa em minha cabeça.

- Luca - ela me chama

- o que? – Disse sem olhar pra ela

- Nós vamos conseguir? – Percebo a dúvida em sua voz e a olho.

- Claro que vamos – disse com toda a convicção do mundo – e eu acredito em você Denise, acredito que você vai acabar com tudo isso.

Isso pareceu melhor um pouco seu alto estima porque um sorriso apareceu em seu rosto. Eu realmente gostava de fazer Denise se sentir melhor quando estava preocupada, apesar de ela ser muito irritante e infantil as vezes, eu sabia que ela iria ser uma mulher extraordinária e que irá fazer muitas coisas boas para nosso reino.

Claro que eu não sabia o porquê da viajem, mas sabia que era uma coisa muito importante.

- Luca ...

- o que?

- Você sabe para onde estamos indo?

- Mas é logico que eu sei, não me faça perguntas idiotas

Ela fecha a cara para mim aborrecida e eu reviro os olhos. Prefiro ela brava comigo do que triste por causa de Thomas, não quero que ela fique pensando na morte dele, só a deixaria mais triste. Porque em menos de um mês ela estava lidando com muitas mortes.

Caminhávamos na floresta já fazia mais ou menos uma hora, e Denise estava reclamando porque estava muito cansada e queria descansar, ela já tinha bebido duas garrafinhas de água e queria mais uma. Da onde eu estava tirando tanta paciência? Nem eu sabia.

- Eu não vou dar mais água para você – olho para ela serio

- Por que não? Eu estou com sede. – Insiste

- Não, você não está. Você está com vontade de beber água e isso é bem diferente

- Então a gente pode parar só um pouco? – Ela para de andar

você vai ser rainhaOnde histórias criam vida. Descubra agora