Capítulo 8

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Denise

A água me feriu como se fosse de agulhas gélidas enquanto a escuridão estrondosa se fechava sobre minha cabeça.

Eu queria matar Luca por isso, mas ele provavelmente está morto, e a qualquer momento eu seria a próxima. Assim que caímos no mar, a forca das ondas acabou me separando daquele idiota e agora eu estava afundando. Eu não sabia nadar e eu sentia dores no corpo inteiro.

Quando comecei a achar que meus pulmões iriam explodir a qualquer momento sem ar, alguém segura em minha mão e me puxa para cima. não conseguia enxerga direito por causa da água escura, mas essa pessoa tinha cabelo comprido no tom de rosa claro e da cintura para baixo tinha...escamas?

Assim que chego na superfície, olho para a sereia que avia me ajudado. Aria, ela que tinha salvado minha vida.

- Eu disse para seu amigo que o caminho era muito perigoso, não disse? – disse ela com sua voz suave e hipnotizante.

- é, eu acho que sim .... aí meus deuses, você viu ele? – perguntei muito preocupada.

- Ele está te procurando, vou levar você até ele.

Ainda segurando minha mão, começa a nadar me levando junco com ela. A água estava congelante, e não demorou muito até eu encontrar Luca.

Ele tinha acabado de aparecer na superfície da água perto da margem, e assim que olhou na minha direção e me encarou com uma expressão preocupara, começou a nadar até a mim.

- seu idiota eu deveria.... - eu comecei a brigar com ele, mas fui interrompida com um abraço apertado, mas tão apertado que estava ficando sem ar.

- Você me deixou muito preocupo sua louca – ele dizia me apertando mais ainda no abraço.

Se eu não estivesse com tanto frio, eu provavelmente estaria corando, ele afrouxa os braços ao meu redor e olha em meus olhos ainda parecendo preocupado.

- Você está bem?

- s-sim...só estou com um pouco de frio – menti, eu estava com uma dor terrível pelo corpo e também estava morrendo de frio, mas eu iria dar uma de durona porque ainda estava muito brava com ele.

*

Avançamos pela água rasa em direção à margem, Luca me ajuda a andar até se distanciar um pouco do rio e subir pela margem. Eu batia os dentes de frio e ele parecia normal, como se nada tivesse acontecido.

- Pensei que nunca mais iria ver você – disse ele

Ele me solta e eu desabo no chão me sentando, eu estou com tanta dor na costela que mal conseguia respirar direito, mas só do fato de estar viva me deixada aliviada.

- como você conseguiu chegar à margem?

Luca sorriu

- Eu sei nadar ué, não foi difícil para mim chegar na parte rasa.

Um tremor violento sacudiu meu corpo e Luca voltou a ficar preocupado. Eu odiava quando ele me olhava assim.

- Precisamos aquecer você um pouco – disse ele – poderá ficar com hipotermia depois de tanto tempo nessa água.

Ele me ajuda a levantar. Luca pego sua mochila que não estava muito longe da gente e coloca nas costas, enquanto seguíamos lentamente na trilha da floresta, sentia a dor ficar cada ver mais forte. Luca percebe que tinha algo de errado com a careta de dor que eu fazia e ele me pega nos braços e começa a me carregar, no início mandei ele me pôr no chão, mas ele não me obedeceu e continuou me carregando, então, decidi não discutir, porque eu me sentia melhor não ter que andar mais, principalmente quando o calor do seu corpo começava a me esquentar um pouco.

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