A visão

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Tinha apenas doze anos quando meus poderes se manifestaram. E eu achava o máximo, pois morria de inveja do James por ele ir para o instituto Xavier, ter poderes legais e ser um X-men.

Mas as coisas não eram assim tão fáceis.

Nesta époça, as coisas não estavam nada bem para os mutantes e muito menos para os não registrados.

- Você vai para o instituto Xavier! - disse minha mãe sorrindo. E eu adorei.

No dia seguinte, após fazer minhas malas, despedi-me de meus pais e me mudei para Westchester, Nova York, onde se localizava a escola.

( Acho que vocês, leitores, estão achando isso tudo rápido demais. Portanto, antes de contar como foi lá no Instituto, vou contar como surgiram meus poderes.)

Era Sexta feira, estava chovendo muito à tarde e eu voltava da escola com a Malu, minha melhor amiga do colégio.

Estávamos muito felizes, pois era seu aniversário de treze anos. E a gente estava fazendo a maior bagunça pela rua, quando de repente ela escorregou e eu a segurei. Ao tocar em sua pele, entrei em um tipo de transe e vi a mãe dela deitada em uma cama com uma faca enviada em seu coração.

Logo acordei de meu transe e foi para casa.

No dia seguinte acordo com o telefone tocando. Meus pais haviam saído, então fui atender.

- Alô? - falei ainda sonolento

- John? - escutei a voz da Malu que parecia estar chorando. - John, por favor é você?

- O que foi? O que houve?

- A minha mãe, John. Ela... Ela morreu.

- Ei, como assim? - Naquele momento, me lembro da visão que tive. - Eu... Fique calma, Malu, estou indo pra aí.

Eu vou correndo até a casa da Mellanie ( Nome verdadeiro da Malu). Esquecendo até mesmo do café da manhã.

Vejo os bombeiros e a polícia, todos muito agitados, querendo fazer de tudo para acalmar a situação.

Logo que encontro minha amiga sentada em um banco chorando, corro até ela e a abraço.

- Com foi que aconteceu? - pergunto enxugando as lágrimas de minha amiga.

- Ela e meu pai brigaram. Ele pegou uma faca. E depois.... - Ela não consegue mais falar.

Passei o resto da tarde com a Malu a fim de fazê-la se sentir melhor.

Ao chegar em casa, contei tudo aos meus pais. Contei sobre minha visão. Sobre a mãe da Malu, mas a reação deles foi inesperada.

- Filho... Você... Você é um mutante?

- Acho que sim. - No começo, achei legal o fato de ter poderes, mas depois que fui para a escola Xavier, vi o verdadeiro significado de ser um mutante.

Ainda não podia ser um X-men, portanto, Xavier me colocou em uma equipe de preparo. Os Novos Mutantes. Nesta equipe, fiz muitas amizades e inclusive, me apaixonei por Illyana, a irmã mais nova do x-men Colossus. O que logo vi que não daria certo.

Quando havia completado dezesseis anos, finalmente pedi para poder me integrar à equipe de campo dos x-men. E eles aceitaram, mas eu teria que ficar em observação. O que pra mim era um saco.

- Seu irmão vai ficar supervisionando você - disse o careca sorrindo.

Ah, pelo amor de alguém! Com tanto carrasco no Instituto, ele pede ao meu irmão pra me supervisionar? Pro inferno, Xavier!

E foi realmente um saco até eu finalmente poder ser um x-men.livre, o que, pra mim foi a mesma coisa que ganhar o meu primeiro carro. E ambos aconteceram apenas dois anos depois. Isso aí. Só com dezoito anos é que eu tive pelo menos 1/100 de liberdade. Mesmo assim, James ainda pegava no meu pé. Eu era como o irmão caçula da galera

- John, você é o irmão caçula. - gritou Bobby do outro lado.

- Ah, vai pra merda!

Detesto que me trate feito criança. DETESTO!!!

Ficou ainda pior quando fui à uma missão espacial com alguns dos x-men. Haha! Meu irmão ficou um bicho.

A verdade é que não havia mesmo escolha. Depois que Jean foi capturada por uma nave Shi'ar, eu, Scott, Alex, Bobby, Psylocke, Mística e Warren, não pensamos duas vezes antes de ir atrás dela.

Os aliens eram totalmente doidos. Acreditavam que Jean poderia destruir toda a existência.

- E ela pode, cabeça de índio! - escuto um deles gritar e volto para a luta.

- Quantos bichos destes a gente precisa matar? - pergunto arrancando o coração de um soldado.

- Sei lá.... Talvez um planeta inteiro. O que acha? - Respondeu Psylocke ironicamente.

Aquela britânica atrevida. Era uma gata, mas o que tinha de bonita, tinha de atrevida. O bom é que ela era boa de luta e uma poderosa telepata. O que certamente foi ótimo para a missão.

- Vocês nunca vão vencer! - Replicou D'aken, Imperador dos Shi' ar.

Por que esses nomes tem um aspa no meio? Bizarro!

- Nós não vamos vencer...- disse Scott abrindo seu visor no limite - Nós já vencemos.

Tá... O destemido líder se achava o bababam X. Mas a frase de efeito ficou ótima depois que ele e Alex desintegraram O imperador, entregando a Vitória para quem? Os X-men.

A verdade é que eu estava muito confiante depois que entrei oficialmente para a equipe. É claro que eu tive que ouvir o sermão do Jamie, mas eu deixei que ele agisse como se eu me importasse.

- Você é um irresponsável, isso sim. Deveria ter dito ao professor. Ou a qualquer um de nós.

Não vou mentir: que vontade de fazer ele pegar essas palavras e... Enfim. Não é importante ficar repassando o sermão do Jamie para vocês. Até porque ninguém que está às altas da madrugada lendo mutant unite, é irresponsavel né? ;-)

Enfim, foram mais dois longos anos com os x-men. Dois anos levando esporro, se metendo com vilões, salvando o mundo, levando esporro. Espera! Eu já disse isso? Tá. Deixa pra lá.

E então, quando surge a missão mais importante de nossas vidas ( porque foi aí que resolveram acabar com os mutantes), eles não me deixam participar. O que por sinal, depois de ver o resultado, fiquei até feliz de não ter participado.

Como não haviam me deixado ir, aproveite para viajar para Washington a fim de conhecer o lugar. O que foi muito legal. Até conheci uma gata por lá. Uma tal de Sônia. A gente saiu junto, mas nada aconteceu, tá? Foi como amigos.

Infelizmente, não pude voltar ao instituto, pois logo sairam as notícias de que a escola foi invadida pelas forças armadas, e as crianças foram levadas para unidades de contenção mutante. E os X-men? A irmandade? Magneto? Todos sumiram.

Quando a coisa ficou realmente feia, me mudei para o Colorado, onde encontrei Sônia em Fort Collins. Ela estava se escondendo lá, pois também estava sendo procurada pelo governo. Logo, tivemos a idéia de ajudar os mutantes refugiados.

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