Como um raio de luz

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Gente falsa? Na minha família já tem muita.

Desde que nasci, meus país ficavam na maior puxação de saco pra cima de mim.

- Filho, você é como um raio de luz na minha vida. - Minha mãe repetia incansávelmente.

E eu, idiota, acreditava em cada palavra. Quanto mais eu crescia, mais meus pais me paparicavam. Faltavam pouco construíram um altar com o meu nome ficarem me idolatrando feito zumbis.

" Marcos Diaz, Marcos Diaz..." e assim por adiante.

E estavam a ponto de fazer isto. Até que chegou aquele dia.

Tinha quinze anos. Estava brincando com umas primas nos fundos da casa, quando de repente chegou o Patrick. O cara era tipo que dava.uns dez de mim.

( sei que é exagero, mas eu era esbelto)

O problema é que eu o havia provocado no dia anterior, na escola. Colocando uma lesma dentro do estojo dele.

O que eu não sabia, era que o cara tinha pavor de lesma e que iria dar um daqueles gritinhos de mocinha. E adivinha...

Depois disso, todo mundo na escola estava zoando ele e isso o fez ficar com uma raiva muito grande de mim.

- E aí, Diaz? - ele me comprimentou levantando me pela gola da camisa.

- Oi, cara.

- Você fez uma coisa muito feia ontem. - balanço a cabeça positivamente - e eu não vou deixar barato.

Ele me soca na barriga e em seguida, no rosto. E pede para que as meninas se retirem.

- Agora, quero que me peça desculpas. - ele me olha nos olhos. E eu cuspo em seu rosto.

( Só entre nós: eu sei que quando fiz isso eu pedi para apanhar, mas foi tentador!!!)

Com raiva, ele continua me batendo até que eu sinto uma enorme dor por todo o meu corpo. Sinto minha pele queimar e saem faixos de luz pelos meus dedos. Meu sangue se torna totalmente convertido em fótons. Minhas mãos começa a queimar por dentro. Eu grito agonizante. Patrick sem perceber o que estava acontecendo, põe a mão por cima de onde estava sangrando e logo grita de dor, o que faz com que ele caia no chão.

- O que...- ele tenta falar em meio à dor que estava sentindo - O que você fez comigo? Seu esquisitão. Você é um deles não é?

Eu o olho sem nem mesmo entender o que acabara de acontecer. Logo chegam meus país desesperados e se assustam ao ver que ao invés de sangue, em meus ferimentos, havia uma luz esquisita. Ajudo Patrick a levantar e ele sai correndo de minha casa...

- Filho, o que você fez?

- Nada, mãe. Ele estava me batendo e eu nem sequer revidei, mas aí eu senti uma dor muito forte e ele caiu no chão.

- O que é isso brilhando em você? - pergunta meu pai já preocupado.

- Eu... Eu não sei, pai. Eu... Eu acho que sou um mutante.

Para tudo! Lembra de the Gifted? Então: Esta história aqui é muito diferente.

É claro que meus pais riram da minha cara, mas quando viram que eu era mesmo um mutante, aí eu simplesmente fui morar na rua.

Vou te contar: por um lado eu achei até bom ficar longe dos meus ex-adoradores. Por outro imaginei que eles eram pais desnaturados demais, a ponto de deixar o filho deles - o único filho deles - laragado por aí.

Com alguns dias fora de casa, eu já estava vivendo na merda suprema. Foi quando por acaso passaram uns traficantes pelo beco que eu estava.

Usando minha malícia, coloquei meu capuz e me encostei em uma das paredes do beco, fazendo cara de menor malicioso que já entendia o assunto.

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