Drake, Oliver, Jasper e Driana levam suas vidas normalmente, sem imaginar que serão arrastados para uma segunda dimensão repleta de magia, loucura e caos. E que, mal chegando lá, já serão escravizados por orcs.
O que eles não sabem é que não para...
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Derick se levantou cansado aquela manhã, a noite havia sido longa e dolorosa. O homem se forçou a mover-se e se arrumar, arrastando-se enquanto tateava as paredes em meio ao breu de seu quarto até achar seu armário velho. O piso de Carvalho rangia e estalava a cada passo e ao abrir a porta do armário teve que segurar para ela não cair, ele a apoiou frouxa no lugar depois de pegar suas roupas falando baixo.
- Essa merda, alguma hora eu concerto isso.- Ele se irava, mas não tinha tempo, teria de ir pra colheita ajudar os homens, além das muitas responsabilidades que tinha com os outros.
Ele saiu pondo sua mão no rosto, o sol era forte e a luz lhe agrediu, ele então se abaixou na bacia d'água ao lado de sua porta e lavou o rosto para despertar de vez. Logo fora surpreendido pela sombra de algo a sua frente, mas sorriu ao ouvir a doce voz familiar -Próspera aurora, Derick.
Era Marli, a padeira do vilarejo que estava a andar ao lado de sua bela filha, Rosely, ambas com grandes cestos de paio sobre suas cabeças com alguns pãezinhos quentes, elas não paravam sua marcha e em um breve aceno Rosely sacou um pão de seu cesto e lhe arremessou, ele o pegou e saboreou em pequenas mordidas. Era um pão pequeno, pela pouca quantidade de trigo que lhes sobrava do saque, mas, como sempre, estava bem saboroso. Ele foi caminhando enquanto comia e chegou ao campo enquanto os homens já se preparavam pra começar.
-Próspera aurora a todos- disse Derick,que ouviu sua resposta quase que em uníssono - Próspera aurora.
Ele então começou a andar entre eles ajudando a pegar as foices e amarrar os animais às carroças. -Pois bem, tenho a ideia de que vós estais cansados, mas precisaremos trabalhar duramente hoje, ainda não batemos sequer dois terços da colheita no campo e logo os grãos estarão menos fartos...Assim não teremos o bastante para nós e para eles. Sem eaquecer-nos que o plantio deve ter seu início em menos de uma semana se quisermos cumprir....
Ele fora interrompido por uma menina pequena que puxava sua calça, era a jovem Jose - senhor Derick, meu pai pediu-me para lhe chamar. - ela falou sorrindo. Estava ofegante e cansada, o que indicava ter vindo correndo. Ele lhe sorriu gentilmente e mexeu de leve em seus cabelos dourados.
-Muito bem pequena, eu já estou a caminho.- Então retornou a sua postura firme, mas amistosa.
-Bem... é isso, regressarei logo para lhes ajudar, mas no momento preciso resolver outra questão.- Ele se virou e começou a seguir a pequena até os campos de seu pai. Chegando lá viu o velho senhor com a expressão abatida e postura triste apoiado em seu cajado, olhava mais um cordeiro caído com suas patas ao ar.
-Ah, Derick... Eu preciso que faça algo.- O homem o encarou quase que pedindo com o olhar e Derick se esforçou para manter-se, ele cuidava como podia de todos na vila, mas não era um pastor ou agricultor e tantas coisas o desgastavam bastante.
