✖ Snap 56 ✖ - P.O.V Zayn

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Desci as escadas o mais rápido que consegui sem acordar ninguém e silenciosamente abri a porta.

Ela estava de costas mas com o barulho da porta que abri, Castiel virou-se e sorriu.

- Posso saber o que é que a menina está a fazer à porta de minha casa às 3 da manhã? - perguntei já fora de casa com a porta encostada atrás de mim.

- Quero-te mostrar algo.

Quando ela referiu que estava frio, eu achei que fosse apenas para a piada resultar, mas a verdade é que cá fora estava um frio invulgar de Los Angeles. Estava de um tipo de frio que se notava a respiração caso se expirasse pela boca e eu, estando de t-shirt e calças de pijama, sentia frio.

- Okay. - Concordei. - Vou só vestir um casaco e umas calças de fato de treino e calçar-me. - Pausei - Queres ent...

- Eu espero aqui fora. - Ela sorriu de novo e eu entrei.

Subi as escadas e, de novo, tentei fazer o menos barulho possível. Entrei no meu quarto e peguei numas calças que se encontravam perdidas no chão. Vesti-as rapidamente e calcei as sapatilhas enquanto vestia o casaco. Desci as escadas enquanto o apertava. Já no hall, agarrei num molho de chaves, que julgo ser da minha mãe, e bati a porta o mais suavemente possível.

Castiel encontrava-se encostada ao carro à minha espera. Não posso mentir e dizer que as calças não foi a primeira coisa que olhei. Adoro vê-la naquelas calças de ganga clara. Um casaco num tom de castanho claro estava ligeiramente aberto fazendo-me ver um pouco da sua camisola branca.

Beijei-a assim que cheguei até ela.

- Entra. - Ordenou.

A viagem foi lenta. Ela não falou e eu também não. Não era de todo um silêncio desagradável. É o bom de te dares bem com uma pessoa, estares em silêncio sem te sentires incomodado. O rádio imitia uma música que não conhecia mas ela tauteava-a.

Senti o carro travar e quando olhei vi a imensidão do mar agora escuro, apenas com o reflexo das estrelas.

- Era isto que me querias mostrar? - Perguntei simplesmente.

-Isto? - Ela perguntou de volta olhando para mim. - Não é isto.

- Como assim?

- Ele é a coisa mais fascinante que possas ver. - Desviou o olhar de mim para o mar.

- Ele? O mar? -Questionei obviamente confuso

- Não. Ele, o Oceano.

- Porquê que o achas a coisa mais bonita e fascinante?

- Matou tanta gente. Fez sofrer tanto. É perigoso. É inconstante. É misterioso e mesmo assim contém nele uma beleza tão grande que nunca será possível explicar.

Queria retaliar mas não tinha argumentos. Involuntariamente concordei com ela, não sei se pela sua postura ou pelo tom de voz. Eu apenas concordei.

Porém, ao olhar para ela, ao ver os seus olhos sonhadores fixos num ponto imaginário na nossa linha de horizonte, ao ver a sua cabeça ligeiramente inclinada para o lado direito como se assim conseguisse contemplar melhor o seu fascínio eu quis retaliar. Quis dizer que ela é a coisa mas facinante que já vi.

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