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- Zayn?

- Sim? - A voz dele soou no outro lado da linha

- Podes me vir buscar a casa?

- Tipo, agora?

- Tipo agora.

- 5 minutos.

Aguardei no meu quarto a encarar a porta enquanto esperava que ele me dissesse que estava aqui.

Sei que não é altura para sair, mas eu também não consigo ficar.

Olhei para a janela e vi que estava a começar a chover. Decidi, então, pegar num casaco mais grosso pois era provável estar frio e numas botas em vez das minhas converse.

O meu telemóvel vibrou em cima da cama em sinal de mensagem, que seria do Zayn.

"Estou à tua espera cá fora."

Desci as escadas rapidamente com o telemóvel na mão.

- Vais sair? - perguntou a minha mãe e eu afirmei. - Tem...

Bati a porta antes dela acabar de falar e arrependi-me porque não peguei nas chaves. Caminhei rapidamente na chuva até ao carro do Zayn.

Sentei-me e coloquei o cinto.

- Está tudo bem? - perguntou-me

- Sim. Mais ou menos. Podia ser pior.

-Onde queres ir?

- Não sei. Tanto faz.

Ele assentiu e ligou o motor do carro começando então a conduzir.

- O que se passa? - perguntou-me cuidadosamente.

- Não irias entender.

- Deixa-me tentar.

Suspirei: - A família da minha mãe vem passar aqui o Natal.

- Hm... Isso não é bom?

- Como eu disse: não irias entender.

- Então explica-me para eu entender.

- Os tios da minha mãe, os únicos que ela tem, não gostam de mim. Vêm eles e os meus avós.

-Hm... Desculpa perguntar, mas e o teu pai?

- Não sei.

- Como assim?

- Eu sou adotada, Zayn. Eu sei lá que é o meu pai.

- Ah... Nunca tiveste curiosidade em saber?

- Não. - Respondi brevemente

-Então... Porquê que eles não gostam de ti?

- Não sei, Zayn. Não sei.

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