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-Castiel, já não te estou a pedir. Estou a dizer-te para te levantares que vamos a uma festa. Anda lá. - Jessica insistiu mais uma vez

Eram quase 7 P.M. e ela já insistia nisso há uma boa meia hora.

-Porquê que estás a insistir tanto para eu ir? - bufei

- A Camile vai lá estar. Por favor. - Ela faz beicinho e olhinhos

-Sabes que és tu que gostas da Camile, não eu. Para além disso, se tu vais andar atrás dela eu vou ficar sozinha. Como sempre. - resmungo ponderando a ideia de ir

- Eu prometo que não te deixo sozinha. - Olho para ela - O James vai lá estar. Não te vou deixar sozinha.

Suspirei: - Sabes muito bem que o James vai estar ocupado a comer umas gajas

-De qualquer fora não vais estar sozinha. 1º Vai ter lá muita gente; 2º Com certeza que vais encontrar lá alguém tão entediado quanto tu. - Ela respirou fundo - Va lá, Ca! Por favor.

-Okay, Jess, okay. Ganhaste. - Ela dá um grito histérico e dança de uma maneira muito  estranha.

-Fazemos assim: eu ainda não tomei banho então, tu vais tomar banho e eu preparo umas coisas e depois eu vou.

-Porque é que não podes ir tu primeiro, dona Jessica?

-Porque eu preciso de enviar uma mensagem a uma pessoa a dizer que vias. - Ergui a sobrancelha - Ao James. Não trouxe o carro e não acho seguro levares o teu.

Sem contestar segui para a casa de banho...

[...]

-James, quem é que vai estar aqui que eu conheça? - Perguntei quando ele parou o carro em frente à sua casa

-Hm... Não tenho a certeza. Mas se calhar conheces alguém.

-Obrigada. - Reclamei

-Alguém para ser a conquista da noite? - Perguntou Jess

- Há uma rapariga chamada Malia, ela vai estar aqui.

Olhei para os cordões das minhas sapatilhas imaculadamente brancas que convenci a Jessica a deixar-me usar em vez de uns saltos altos quaisquer e lembrei-me que poderia estar a ver uma serie neste exato momento. Mas não, estou numa festa que as únicas pessoas que eu conheço vão estar ocupadas a comer alguém.

-Jessica. - Chamo-a no preciso momento em que entro na casa, mas olho para trás e nem ela nem James se encontram à minha beira.

Que maravilha!

Estou sozinha num mar de gente. Obrigada. Quem precisa de inimigos com amizades assim?

Entro no meio da multidão com o objetivo de tentar encontrar a mesa das bebidas para pegar nalguma que eu goste, me sentar no sofá e esperar até alguém aparecer para me levar a casa.

Finalmente, encontro a fonte da bebida também conhecida como cozinha e encaminho-me para lá.

Contrariamente ao que eu estava à espera, o ambiente da cozinha está igual à da festa em si: pouca luminosidade e uma grande quantidade de pessoas.

Entre garrafas encontrei vodka preta. Peguei num copo limpo e comecei a deitar o liquido lá. Enquanto o fazia senti um braço a envolver a minha cintura e uma mão a pousar o copo na mesa. Ia entrar em pânico quando percebi, pela tatuagem, quem era.

Ele virou-me para ele e sentou-me no balcão e sem falar uma única palavra beijou-me. Enrolei as minhas pernas na cintura dele e coloquei os meus braços no seu pescoço. Passou dos meus lábios ao meu pescoço fazendo-me arrepiar e depois, numa voz rouca proferiu:

-Oh bebé, finalmente encontrei-te.

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