Capítulo 02 - Recém Chegada

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- Mamãe está aqui meu amor. - Falei enquanto ela se enroscava em um de meus braços e eu tentava manobrar minhas malas e bolsa na outra. Emmett veio ao meu amparo.

- Sabe, ficar esse tempo todo sem ter você pra me dar uma ajudinha apresentado umas colegas suas, foi bem complicado. Tive que me virar aqui sozinho! - Emmett falou enquanto terminava de colocar as malas dentro do porta malas e entrava no carro no banco do motorista.

- E até hoje não está sequer noivo, pra você ver. - Mamãe reclamou e eu ri, me apertando mais a Rennesme enquanto sentava no banco de trás do carro para ficar melhor de aconchega-la nos meus braços.

- Rosalie falou que está com muitas saudades de você, sabia? - Falei passando as mãos em seus cabelos e ela finalmente tirou o rosto de meu pescoço para me olhar sorrindo. - Falou que não vê a hora de você voltar a San Francisco para poder ver você de novo.

- Tia Rose perguntou por mim? - Sua voz de animação preencheu o carro e meu sorriso se alargou ainda mais. Ela estava em meus braços, novamente, finalmente. - Porque ela não veio mamãe? Você vai me levar para San Francisco? Não vai me deixar aqui sozinha?

A cada pergunta que ela fazia seu olhar suplicante de "você vai me deixar mais uma vez" estava impregnado em seus olhos, mas eu tinha que ignorar se quisesse me mostrar firme.

- Ela não pôde vir, está estudando. E eu não vim para cá a férias, vim a estudo e trabalho, sabia? Vou trabalhar no Hospital de Forks. E quando eu voltar para Califórnia, você vai comigo.

- Sério mamãe? - Rennesme falou levantando a cabeça rápido, me olhando eufórica. Eu ri de alegria, enquanto minha mãe e Emmett fizeram uma careta de descontentamento. Mas não falaram nada. E nem podiam. Eu agradeço por eles terem a criado por tanto tempo, mas ela era minha filha. Eu não deixaria que eles voltassem atrás e não deixassem eu pegar a minha filha e levasse pra onde eu bem entendesse.

- Claro que sim meu amor. - Puxei ela pra deitar em meu colo novamente - Vamos comprar um apartamento novo, talvez o Tio Emm possa até morar conosco se ser bonzinho este tempo que vou passar aqui. - Ele falou um "ei" sorrindo um pouco, mas nossa mãe ainda continuou calada. - Vamos pode ir a qualquer lugar que você quiser.

- Vou poder ter aulas de balé? E de música?

- Claro que vai poder. Vai poder fazer tudo que você quiser! - Falei passando as mãos em seu cabelo arrumando os fios soltos de seu penteado.

Rennesme estava acostumada a não me perguntar sobre seu pai. Depois de um tempo sem respostas dos meus pais e de Emmett, que não sabiam que era Edward, ela como não tinha muito tempo comigo, perguntou apenas algumas vezes e na maioria das conversas eu desmentia. Teve um dia que ela falou "Tudo bem mamãe, o que importa é que você vai ficar sempre comigo, certo?" E até agora, isto estava bastando.

Ela sabia que não podia me chamar de mãe na frente das outras pessoas, pelo menos não em Forks. Quando ia me visitar na Califórnia, ela sempre ficava mais à vontade. Pois podia me chamar de mãe a qualquer hora que fosse, não se preocupando se estivesse em frente a desconhecidos ou não. Em Forks era diferente. Minha mãe decidiu assim e eu não contestei por conta dos Cullens. Edward era um imbecil, mas quanto tempo ele demoraria a entender ou Alice demoraria a perceber que Rennesme me chamando de mamãe, logo nove meses depois de eu ter terminado um "relacionamento" com Edward? Estaria na cara.

Assim, uma história foi inventada. Rennesme foi adotada por meus pais assim que eu saí da cidade, para alimentar o instinto materno de minha mãe, já que a filinha caçula dela estava indo embora para a cidade grande. Rennesme assim teve que chamar Renné na frente das pessoas de mãe e Charlie de pai e Emm, de Emm mesmo. Mas as vezes, ainda saia um Tio Emm, mas as pessoas achavam normal, por conta da idade de Emmett. Que não é muito diferente da minha, mas é uma cidade pequena, então qualquer coisa é motivo para falatório.

Looking Back - De Volta ao PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora