"- Masonzinha, pensou na proposta que te fiz ontem? - disse rindo, colocando um charuto na boca."Enguli seco e os dois rapazes saíram dali, fechando a porta. Sequei minhas mãos que estavam enxarcadas, e ele arqueeou a sobrancelha:
- O que você está fazendo aqui?
Ele tragou o cigarro, e soltou a fumaça devagar. Certo, isso foi sensual.
- Você quem veio até meu local de trabalho, eu que deveria te perguntar o que faz aqui. - se sentou em uma cadeira e colocou os pés sobre a mesa, me olhando de cima a baixo - Seu papai sabe que você está aqui?
Filho da puta. Não respondi. Reparei na roupa totalmente diferente do que ele usou na cerimônia. Ele era uma pessoa totalmente diferente do que foi ontem, antes da boate, pra ser mais clara. Usava uma calça jeans, blusa branca, uma jaqueta de couro e tênis. Seu cabelo estava desarrumado, e seu olhar estava diferente.
- O gato comeu sua língua? - ele falou sorrindo. - Acho melhor avisar seu pai que você está aqui, que decepção em Mason. - ele disse tirando um celular do bolso, e balançando a cabeça negativamente.
- Por favor, não liga - cheguei perto dele e iria pegar o telefone de sua mão, se ele não tivesse lançado um olhar desafiador sobre mim, e eu não tivesse hesitado.
- Por favor? Já é um progresso - guardou o celular e encostei na mesa, me sentia incomodada novamente. Porra. - Esse favor eu vou cobrar.
Disse malicioso. Nojento.
- Não vou dar pra você por maconha.
Ele se levantou. Veio até mim, e cada passo que ele dava, eu dava um para trás. Eu, normalmente já teria agarrado qualquer garoto que fizesse aquilo comigo. Mas com Bieber, eu tinha um bloqueio. Senti minhas costas baterem na porta, ele riu e colocou seus braços na mesma, me impedindo de sair dali. Olhou nos meus olhos e disse:
- Pra que eu iria te forçar a fazer uma coisa que hora ou outra sei que você vai ceder?
Arrepiei.
- O que você quer então? - falei nervosa.
Ele se aproximou de meus ouvidos, assim como fez na boate. - Não quero ver você, e muito menos saber que teve contato com Jahseh.
- O que? - o empurrei, mas ele não saiu do lugar.
- Quer que desenha? - ele riu anasalado e o cheiro de nicotina subiu no ar. Franzi as sobrancelhas e ele puxou minha cintura, nos deixando mais próximos. Hesitei tentando o empurrar, porém estava tão fraca que apesar de ter um bom motivo pra juntar forças, eu não conseguia. - Sabe Mason, eu estou me segurando muito. Muito mesmo, mas você tem que colaborar. Na mesma hora que quero te foder até o talo, quero te socar ate você ficar desacordada - saiu de perto de mim e pude respirar aliviada.
Chamou alguns caras no rádio, e perguntou o que eu queria. Erva, respondi simples. Ele disse que tinha uma nova droga, chama Lean e que eu deveria levar. Incrivel como que na frente de seus empregados ele se portava como se fosse superior, totalmente diferente do Justin que me travou na porta. Ele estava agindo como um cara de negócios. Paguei as mercadorias, e antes de sair apressada falei "estamos na mesma situação Bieber, porém eu só tenho vontade de te socar". Desci as escadas e fechei a porta do local, indo até o portão. Meus saltos afundavam no chão de areia. Estava fora do ponto de Bieber, finalmente. Respirei fundo e abri a porta do meu carro, enquanto olhava distraída para o pacote de maconha que tinha em mãos. Me assustei ao ver uma mão fechando a porta do carro e puxando meu braço.
Era um rapaz alto, careca, sorriso no rosto e que francamente, era estiloso e bonito. Semicerrei os olhos, tentando lembrar de algum golpe de boxe, da aula que fazia na escola uns anos atrás, se caso ele tentasse me estuprar. Joguei o pacote dentro da janela do carro e fiz guarda fechada. Ele riu.
- O que você quer? Do que você está rindo - disse ainda com meus punhos fechados próximos ao rosto.
- Olha, não sei o que você está tentando fazer, mas tá fazendo errado - ele tinha um sotaque e uma voz grossa; percebeu que eu ainda estava desconfiada e continuou - Não quero machucar você, fica calma. Eu só vi você saindo desse lugar aí e vim te pedir informação.
- E porque então bateu a porta do meu carro desse jeito? - abaixei meus braços.
- Pra você não entrar e fugir, oras. - falou simples. Seu sotaque era ótimo de escutar.
- Então... - fiz sinal pra que ele prosseguisse e ele franziu o senho - Qual a informação você quer?
- Ah sim... - ele sorriu - Você gostaria de jantar comigo?
- O que? - quase gritei - Você nem me conhece, de onde voce veio? Nem sabe meu nome...espera, isso é uma brincadeira de Bieber não é?
- Desculpa, mas não é uma brincadeira e muito menos conheço esse Bieber. Eu só estava dentro daquele carro, o meu carro - apontou pra um Volks Eos Preto - te vi entrando, e agora saindo. Eu sou novo na cidade e só queria uma companhia...feminina - ele completou sem graça - pra me mostrar Chicago. Se você não quiser, tudo bem, deve ser estranho um Porto - Riquenho te parar do nada tentando falar sua língua e te convidando pra sair.
O olhei desconfiada. Quem estou tentando enganar? Eu já estava afim de tirar o atraso, e perigo é comigo mesmo. Além do que, ele tem uma cara de que fode bem pra caralho. Sorri e abri novamente a porta do meu carro, mas não entrei. Aceitei e ele sorriu. Pegou meu número, e disse que enviaria uma mensagem assim que chegasse em sua casa para eu mandar o endereço de onde eu morava. Me buscaria lá. Ele já iria dar meia volta e ir para seu carro, e o gritei.
- Ei, qual seu nome?
Ele olhou pra tras, abriu a porta de seu carro e gritou.
- Pode me chamar de Bad Bunny - disse sorrindo.
"E você pode me chamar de Bad Pussy" pensei mentalmente e entrei no carro rindo.
Narrador P.O.V
Bad Bunny entrou em seu carro e fez uma ligação.
- Olá, hermano. Sim, deu tudo certo. Ela caiu na minha. - o rapaz porto riquenho disse, e riu com a pessoa do outro lado da linha.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Pretend.
Fiksi PenggemarEu tenho, lealdade, tenho realeza no meu DNA Um pedaço de cocaína, tenho guerra e paz no meu DNA Eu tenho poder, veneno, dor e alegria no meu DNA Eu tenho pressa também, ambição, fluxo no meu DNA. - Kendrick Lamar