Ten

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Camila POV

As internações de Dinah estavam se tornando cada vez mais constantes. Odiava ver minha amiga sofrendo, aquele câncer estava comendo-a viva. E nada nem ninguém poderiam mudar isso. Ela estava a exatamente um mês tomando quimioterapia, ela estava vomitando direto, tonturas... Durante o dia ela ia para o colégio, de tarde ele toma a injeção, e quando ela passava muito mal, virava a noite no hospital, e Normani não perdia a fé de que ela fosse ser salva, não que eu não pense que ela vá se salvar, mas não consigo aguentar vê-la sofrer. Todos da sala já sabiam que Dinah estava mal, mas não sabiam ao certo o que ela tinha Alguns a viam vomitando, e pensavam que ela tinha bulimia, Alexa como sempre destilando veneno, espalhou para todo colégio que Dinah contraiu HIV com alguém. Esse mês realmente foi cansativo, a única coisa boa, será o Baile de Primavera. Eu iria com a Lauren Jauregui, para mim ela era a menina mais linda de todo o colégio.

-Dinah! -Eu gritei, indo a sua direção. -Amiga vou me arrumar na sua casa. -Ela sorriu e afirmou com a cabeça. -E pra eu ir de que horas?

-Mila, você que sabe! -Típico jeito Dinah de ser. -Se quiser ir agora, passamos na sua casa, e minha mãe vai nos buscar.

- Já sei! As seis horas eu passo pra meu pai me levar até lá! Certo?

-Por mim está tudo combinado! Lauren apareceu e cravou seus lábios nos dela.

-Ih, já vi que sobrei. Até logo gente, de seis horas eu passo na sua casa, ok? -Mandei beijos para as mulheres apaixonadas e fui para minha casa.

"Por favor, venha agora! Eu acho que estou caindo, estou me segurando em tudo que penso ser seguro!"

-Dinah, anda logo! Faz mais de meia hora que você está trancada no banheiro -Disse batendo na porta. -Eu preciso me maquiar. -Ela não respondia, e eu estava cada vez mais ficando preocupada. Mas o silêncio foi quebrado com choro Amiga. -O que aconteceu? Por favor, abra a porta!

Depois de muito insistir ela finalmente abriu a porta. De primeira, eu me assustei com a cena, Dinah estava muito pálida e em suas duas mãos, ela segurava muito fios de cabelo. Quando eu olhei para o seu cabelo havia quase um buraco lá.

-Oque aconteceu? -As lágrimas saiam aos montes de seus olhos, enquanto ela passava as mãos pelo cabelo, fios e fios caiam à medida que ela passa as mãos por ele. -Dinah? -Eu a chamei com os braços abertos e ela correu, o meu abraço era a única coisa que naquele momento poderia reconfortá-la.

"Abrace-me agora, estou a seis passos do precipicio, e estou pensando que talvez seis passos, não sejam tão distantes!"

-Camila... -Ela falou entre os soluços com a cabeça encostada em meu ombro. -Amiga, eu acho que meu tempo aqui está se esgotando! Acho melhor você ir embora, eu não quero mais ir ao baile.

-Eu sei amiga! Peguei meu celular e disquei o número de Lauren, ela ficou me olhando a todo o momento. -Lolo? E sou eu, não vou poder ir ao baile, me desculpe. -E desliguei antes que ela falasse algo ou Dinah tomasse o celular e disse se que eu iria a todo o custo.

Ficamos abraçadas um bom tempo. Ela já estava se acalmando, sua respiração estava mais tranquila, poucas lágrimas caiam e os soluços mais controlados Acariciava seus cabelos com todo o cuidado possível, para que os fios não caíssem novamente, começando todo aquele "desespero". Ouvimos a voz da tia Milika gritando por nós, Dinah se afastou do meu corpo e me olhou desesperada.

-Se ela me ver assim... -Não deixei que ela terminasse.

-Calma. -Quase gritei. -Não vejo nada de errado ela lhe ver assim Dinah, ela é sua mãe. -Dito isso, batidas na porta ecoaram pelo quarto.

A Lista (Norminah)Onde histórias criam vida. Descubra agora