Samasyaon

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Era um sábado de tarde quando decide que devíamos dar uma voltar pela cidade, fui até nosso quarto e encontrei Maya deitada de lado em nossa cama, sua barriga avantajada descansava no colchão fofo. Meu bebê. Minha menina estava quase chegando.

Sentei-me na beirada na cama e acariciei o rosto dela, soltou um gemido preguiçoso e abriu os olhos.

—Hey, o que você acha de darmos um passeio?

—Estou com sono - dei uma risadinha, Maya vivia com sono ultimamente, sei que é por causa da gravidez.

Maya teve uma gravidez calma, tirando os enjoos, tonturas, desejos, foi calma, quem quero enganar, a gravidez foi super agitada, sempre com fome, com enjoo, com desejo. Mas felizmente sempre saudável, ela e o bebê estavam bem. Alisha seria o nome da nossa menina. Alisha que significava "Protegida de Deus".

Nome indiano que se encaixa tanto aqui quanto na índia. Onde quero ir e descobrir mais sobre a cultura de Maya e mostrar tudo para nossa pequena indiana.



—Podemos ficar aqui descansando então - deitei do seu lado e acariciei sua barriga, - Oi filha linda, papai não vê a hora te ver, beijar você, te acariciar, sentir seu cheiro, já te amo tanto, tens que sair logo dai andas deixando sua mamãe muito preguiçosa - Maya riu baixinho e acariciou meu cabelo. Eu sempre conversava com Alisha e não via a hora poder abraçar e ninar minha filha.

—Você é muito babão, Priyatama - ela falou baixinho. Era babão mesmo e serei para o resto da vida.

—Sou mesmo, Iadala, por você e por ela - Maya sorriu corada, ela adorava quando chamava ela com algum apelido em sua língua. Havia pesquisado alguns. A primeira vez que chamei ela de Iadala foi num dia que seu humor estava horrível, quando ela ouviu a chamar assim se derreteu toda e tivemos uma noite agradável. Nem a barriga atrapalhou. - Amor, acho que você fez xixi na cama - falei divertido vendo o molhado perto de Maya, ela arregalou os olhos e se sentou.

—A bolsa estourou, Dani - arregalei os olhos levantei rapidamente.

—O que faremos? - perguntei desesperado vendo Maya se levantar calmamente. Como ela conseguia se manter calma, nosso bebê estava vindo.

—Vamos ao hospital, pega a nossa bolsa - ela apontou para duas bolsas do lado do armário. Já tínhamos deixado tudo pronto para quando a bolsa estourasse. Estou em desespero. Não consigo me controlar. Não estou pronto.

Ajudei Maya a descer as escadas enquanto surtava por dentro.Ela não precisava saber disso. Dirigi rápido até o hospital, Maya segurou sua barriga e gemeu.

—Ai, ta doendo - falou com a voz entrecortada.

—Respiração de cachorrinho, Maya - imitei a respiração que aprendemos vendo documentário de gravidez. Não me julguem. Ela riu baixinho ao perceber que eu fazia respiração de cachorrinho pra me deixar mas calmo.

Casamento Arranjado ( EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora