Capítulo 1

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Olá, meu nome é Cristal mas todos me chamam de "Cris".
Moro em em orfanato e estou prestes a completar meus 18 anos, fico muito feliz por isso mas tenho um precentimento que algo nesse dia não muito bom vai acontecer.
Estou aqui desde bem pequena , tenho muitos amigos mas a diretora parece não gostar muito de mim por motivo desconhecido, mas eu não me importo muito com essas pessoas que não vão com minha cara, eu só quero continuar minha vida em paz e alegre sem confusões ou ressentimentos.
Minha vida toda sempre tive esperanças que algum dia alguém viria me buscar , mas até hoje nada! E ouvi dizer que eles não costumam adotar adolescente, ainda mais eu que estou quase na fase adulta. Isso me deixa bem triste mas confio que um milagre aí da pode acontecer em minha vida.
Estou no jardim do orfanato sentada em um balanço, o ar aqui é bem puro por ser cercado de árvores , arbustos e tudo que haver com a natureza, é meio que "uma fazendinha" mas sem animais , claro.
Amo me sentar aqui sozinha e ficar pensando na vida, este lugar sim é meu grande amigo, aqui consigo respirar melhor e fugir das preocupações que ando tendo, na verdade é a primeira vez que me preocupo seriamente com algo.

E isso é a minha idade!

Não sei o que vão fazer comigo depois que eu completar meus 18 anos. Jina minha amiga diz que vão me expulsar daqui, Lorena diz que vão me por pra trabalhar e Cadixa diz que vai ficar tudo bem e que nada vai acontecer comigo. Fico dividida em quem acreditar, não sei o que devo fazer.

Se vou na diretora, ou ...ah, deixa pra lá . Falta alguns meses ainda e não devo me preocupar muito com isso, coloco tudo em suas mãos Deus!

Continuo a sentir aquele vento que espalha meus cabelos pra todo lado e que me faz suspirar de tamanha pureza e beleza que há aqui.
Confesso que este orfanato, sempre foi bem tratado assim, como nós exceto a diretora que as vezes dá a louca mas somos muito felizes e em paz por aqui.

A crianças de todas as idades , até a minha é claro o que me deixa mais apreensiva as vezes!

– Cris!– me viro pra trás e vejo Cadixa vindo em minha direção, lanço um sorriso pra ela.
– Tava aqui tomando um vento– digo a ela que se senta na grama perto do lago a minha frente.
– Eu vi, mais e aí o que você estava pensando?– ela me fita sorridente.
– Nada, só estava aqui atoa.
– Sei.
– Vou lá pra dentro, vai ficar aqui?!– digo me levantando.
– Vou, também quero tomar um vento– diz ela é pisca pra mim. Sorrio e saio deixando ela só.
Passo pela ponte de madeira e chego na grande casa de tijolos cinzas e portas e janelas de madeira, abro a porta e encontro um silêncio anormal, porque o normal, é todos gritando , correndo pra lá, pra cá e as supervisoras xingando e seguindo menino.

Subo para meu quarto que divido com Cadixa e mais duas garotas de 15 anos.
Me senti na cama e pego um colar que segundo a diretora estava comigo quando cheguei aqui, ela tem dois sapatinhos de cristal como enfeite e é prata, muito lindo e nunca quebro ou sequer alguma vez rachou ou desgastou, isto para mim é uma prova de que é original e sem dúvidas bem caro no mercado.
Deito em minha fofa e querida cama, fito o colar com sua incrível beleza e depois fecho os olhos colocando o mesmo contra meu peito. Abro os olhos assustada quando Lorena entra desesperada seguida por Cadixa, olho as duas sem entender e elas me olham com os olhos arregalados.

–I gente, o que foi?

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