33 - Part 33

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Enjoy, Kids!!


–Vamos? – chamou Quinn, baixinho, após alguns minutos. 

– O Sol vai se pôr e ele fica mais bonito se o olharmos dali. 

–Vamos – concordou Rachel e a soltou.

Quinn se levantou e estendeu a mão para Rachel, as duas desceram para mais perto do mar, Rachel afundando os pés na areia molhada. O silêncio estava confortável, porque nenhuma delas estava com a mente longe, estavam de corpo e alma ali, aproveitando cada segundo juntas, andando em direção ao nada de forma completamente segura e foi nesse ritmo casual e impreciso que Rachel procurou a mão de Quinn e a segurou ao redor da sua. 

Rachel sentiu primeiro a surpresa de Quinn, depois a compreensão e, enfim, o momento em que Quinn entrelaçou seus dedos nos de Rachel, acariciando-­a com o polegar. 

–Você sente falta disso? – perguntou Rachel, olhando para o mar e adorando sentir a espuma da água molhar seus pés enquanto andava.

–Do quê?

–De... não, de... alguém para...

–Segurar a mão? – sugeriu Quinn e Rachel assentiu.

– Na maioria das vezes. – Quinn suspirou. –Você não sente como as coisas deveriam ser? Foi o que você sentiu mais cedo, olhando o mar, era o cenário perfeito. Se você estivesse sozinha, esse momento teria se perdido, e são esses momentos que eu lamento ter que perder se estou sozinha. Como se uma parte da vida estivesse acontecendo e eu não percebesse. 

Rachel olhou pensativamente para frente, diminuindo o passo.

–Eu nunca havia pensado desse modo.

Quinn apertou a mão de Rachel mais forte.

–Mas você já sentiu isso antes, não foi? Como se de repente ficar sozinha mais um minuto fosse te asfixiar. 

Rachel assentiu, olhando para Quinn.

–Muitas vezes e eu olhava pela janela e pensava o que estava faltando, o que eu não conseguia ver. Por que de repente tudo se tornara monótono. Quente, abafado e sem vida. 

–Porque você precisava de alguém que atrapalhasse a sua vida meticulosamente organizada. 

Rachel riu, dando de ombros. Os raios já alaranjados do Sol batendo em seu rosto a faziam se sentir viva e leve. 

–Talvez.

–Você fica bem quando está feliz – disse Quinn, diminuindo o passo.

As bochechas de Rachel ficaram vermelhas. 

–Obrigada.

–Gostaria de deixá-­la assim sempre – disse Quinn, fazendo-a sorrir. 

–Você consegue ser encantadora quando quer. 

Quinn sorriu.

–Vamos parar por aqui, o sol já vai se pôr.

Rachel se virou para o horizonte, de fato, o sol estava começando a se fundir com o mar, o céu repleto de manchas que iam do rosado ao alaranjado. Quinn a colocou na sua frente, a abraçando por trás e estremecendo ao senti-­la aninhar-­se em seus braços, era um sensação completamente nova, aquele calor humano, os sorrisos, as pegadas lado a lado na areia. Era incrível, imprevisível e totalmente correto e natural. 

Quinn a abraçou mais forte, e Rachel fechou os olhos. 

x­­­-x

Por alguns minutos, tudo parecia perfeito para Rachel, como se Rachel finalmente estivesse bem, tranquila, aceita, confortada, querida, ninguém nunca havia dito o quão perfeito um abraço de Quinn poderia ser, o quão a respiração de Quinn em seu cabelo poderia soar natural, o quão Rachel ficaria bem só por estar perto de Quinn e, por alguns minutos, Rachel realmente sentiu tudo o que tantas musicas diziam, Rachel se sentiu amada, e essa constatação, forte e imutável, a fez abrir os olhos e descobrir que o Sol já se fora, que só restavam alguns raios alaranjados e tardios no horizonte. 

Rachel mordeu o lábio. Estaria sentindo isso mesmo? Estaria Rachel realmente... Mas seus pensamentos se interromperam quando Rachel sentiu seus pés na água gelada. 

–Vamos para o mar?– perguntou Quinn com uma expressão pidonha.

Rachel não respondeu, mas sorria de forma tranquila e segura, ela se virou para Quinn a acompanhando em direção ao mar.

–A água está gelada – disse Rachel, uma onda quebrou não muito distante de onde elas estavam e a espuma foi até a cintura de Rachel, a fazendo tremer de frio. 

Quinn andou mais alguns passos, segurando uma das mãos de Rachel. O vento do começo da noite soprou, fazendo Rachel se retesar sob a água, as mãos de Quinn estavam em sua cintura, a segurando contra si. As mãos de Rachel estavam apoiadas em seus ombros e suas roupas molhadas estavam grudadas. Quinn se aproximou de Rachel, que mordeu o lábio inferior, seus narizes estavam a milímetros de se encontrarem e Quinn podia ver em seus olhos que Rachel estava passando por um furacão de sensações e pensamentos e, em um movimento suave, Quinn se aproximou mais, seus lábios roçando nos de Rachel. 

–Não percebeu? Esse é mais um momento perfeito. 

Rachel estremeceu quando Quinn a beijou, não foi programado nem previsto pelo roteiro. Foi como deveria ser, impetuoso, calmo, quente, morno, carinhoso e possessivo, uma confusão de sentimentos que a entorpecia. 

Rachel acariciou sua nuca, seu corpo tremendo, ela nunca havia sentido aquilo antes; nada havia sido tão intenso, tão mágico. Elas se separam no momento em que as primeiras estrelas surgiram, como se elas estivessem se escondendo para dar-lhes privacidade.

–Agora eu percebi – sussurrou Rachel, sorrindo. 

O coração de Quinn se acelerou como se sob uma droga alucinógena. Quinn a abraçou mais forte e beijou seu nariz.

–Eu amo você. 

O tempo parou para Rachel, tudo entrou em câmera lenta, todas as sensações deixaram seu corpo. Foi só quando Rachel compreendeu, como se uma gota de água gelada houvesse caído no vazio.

–Isso estava no Roteiro – murmurou Rachel. 

–Eu teria dito mesmo que não estivesse – respondeu Quinn, segura, beijando sua bochecha. 

–Eu...

Rachel enterrou o rosto na curva do pescoço de Quinn, a abraçando, o coração descompassado.

–Rachel? O que foi? – perguntou Quinn, surpresa.

–Eu... –murmurou Rachel. – Eu não posso, Quinn. 

O mundo de Quinn saiu de foco. 

–Rachel...

–Eu estou confusa. Eu... – Rachel mordeu o lábio, amaldiçoando-se por falar isso ao mesmo tempo em que o pescoço de Quinn era tão confortável. 

Quinn olhou para o mar por alguns segundos, depois fechou os olhos. 

–Tudo bem – sussurrou Quinn, surpreendendo-­a. – Vamos voltar para casa. Não me diga nada agora. Faça o que você sempre fez: Pense primeiro...


E ae galera..??? Foram tombados com o Eu te amo da Quinn??? 

Será que agora vai...??? 

Amanhã voltaremos com a programação normal..


Até :)

Espero que tenham gostado


The Experiment - Faberry versionWhere stories live. Discover now