-Não comece!- Rafa olhava o homem à sua frente com a cara fechada se irritando.
-Oras Pequeno! Por quê não dá pra gente ficar em um outro lugar?!- Perguntou um pouco desesperado.
- O quê tem de errado em ficar em um hotel?- Ergueu uma sobrancelha. -Pare de agir como uma criança birrenta de quatro anos.-
-Você me respeita!- cruzou os braços e começou a rosnar, mas Rafa apenas revirou os olhos e entrou na hotelaria.
Ficou parado na porta da hotelaria emburrado e de braços cruzados apenas venho pelo vidro o ômega comprando um quarto e logo em seguida mostrando a chave para ele e a balançando.
Leo revirou os olhos e virou de costas para o vidro. Eles deram sorte de ter um monte de dinheiro guardado no carro como reserva.
Ficou por uns cinco minutos igual a uma estátua na frente da porta até ver o céu aos poucos ficando cinza, e escutando um trovão que fez o chão tremer.
Leo deu um pequeno salto pelo susto e andou/correu para dentro do estabelecimento olhando para trás rapidamente até chegar no ômega que estava o esperando uma poltrona lendo uma revista.
-Não sabia que tinha medo de trovões.- Sorriu de lado e o alfa o encarou mortalmente.
-Não tenho... Eu só... Você não viu o quão perto foi?- Disse bravo e Rafa deu de ombros.
-Eu nem senti.- Se levantou e jogou a revista na mesinha. -Vamos?- Apontou pra cima e Leo franziu o nariz.
-Mas eu disse que dava pra gente pegar o carro e sair daqui! Ir pra outro lugar.- Falou rápido e na hora que olhou para fora começou a cair uma chuva forte e pesada. -Esquece...-
-Ha!- Vitorioso, começou a ir em direção aos elevadores.
Leo ficava toda hora olhando para todos os lados admirando cada detalhe daquele lugar.
Quando umas portas automaticamente abriram, deu um salto pra trás e sentindo seus pêlos arrepiaram.
-O que foi?- Disse confuso.
-Quê isso?- Apontou pro elevador.
-Oh...- Se lembrou que Leo não era daquela época. - É um elevador.- Pegou na mão do alfa. -Venha, não é perigoso.-
Dentro do elevador, Leo não conseguia ficar num só lugar. Viu Rafa apertando um botão e estranhou ao ver que novamente as portas se fecharam.
-Uh... Isso nos prendeu aqui?- Mal terminou a frase e o elevador começou a se movimentar para cima, fazendo um impulso na gravidade.
Na hora Leo sentou no chão e se sentiu sem voz.
-Calma!- O moreno disse preocupado.
-Me acalmar?! Como você quer que eu me--- Sentiu o elevador parando e dando um impulso, segurando fortemente nas pernas do menor, que soltou uma gargalhada.
-Me desculpe, eu sei que você não conhece nada dessa época, mas é hilário!- pôs uma mão em sua boca e saiu do elevador. -Venha, antes que as postas fechem você aí pra sempre.
-Ha há, engraçado você!- Disse debochado mas mesmo assim saiu correndo do elevador, olhando pra trás vendo as portas novamente se fechar.
-Esse é o nosso quarto.- Abriu a porta e mostrava ser um apartamento de classe média.
-Quanto dinheiro tinha naquele carro?- Perguntou e Rafa deu de ombros.
-O suficiente pra podermos ficar aqui um dia e fazer algumas compras, porque estava precisando.
-Hmm...- Olhou em volta e viu uma grande, fina paralela caixa preta. -O quê é isso?- Apontou para a mesma.
-Isso é uma Televisão- Leonardo ficou encarando o objeto com os olhos semicerrados.
-Ta, mas o quê isso faz? Só está tudo preto- Rafael novamente segurou um riso, chegava a ser fofo.
-Bem, se você pegar o controle ou até na TV mesmo- Apontou para o controle em sua mão.
-O quê é Tv?- Interrompeu.
-Ahn... É uma gíria para Televisão-
- Gíria?- Rafael soltou um suspiro pesado.
- Só me escuta ok?- Leonardo concordou meio desconfiado. - Se eu clicar esse botão, a Tv liga, e mostra vários tipos de filmes ou coisas que passam em programas e etc, vou te mostrar que é mais fácil- Apertou o botão e a televisão ligou, fazendo Leonardo dar um pulo mínimo pra trás apenas observando várias imagens passando na mesma.
-Oh...-
~
Leonardo tinha vidrado na televisão, não tirava os olhos nem por um segundo, Rafael até se surpreendeu por e ter reagido assim e não ter ficado entediado ou algo assim.
Mas as horas foram passando e o sono foi vindo aos poucos, até cair no sono por completo.
Leo se espreguiçou e se virou para comentar algo com o castanho mas só então percebeu que ele estava capotado no sofá soltando pequenos suspiros.
Ficou encantado.
Se passou dez minutos e ele nem tinha percebido que ficou esse tempo só olhando pra'quele anjo no sofá.
Quando acordou do transe, ele se levantou e delicadamente pegou Rafa no colo em forma de princesa e o levou para o quarto, o pondo na cama na mesma intensidade que tirou do sofá.
Desligou a TV onde Rafa tinha dito que era o suposto botão e voltou para a cama, deitando do lado do adormecido, o puxando para perto pela cintura e pondo seu nariz no pescoço.
Ele tinha um cheiro incrível de morangos.
Não se segurou e deu uma lambida em cima da marca, fazendo Rafa soltar um gemido enquanto dormia.
Enquanto admirava o cheiro e quase caia no sono, ouviu uma forte chuva cair, com diversos trovões e raios, o incomodando e fazendo ele procurar uma coberta pela casa e se cobrindo.
Não gostava de trovões.
~
-O que?- Estava meio zonzo e com dor de cabeça por estar de mal jeito na cama... Espere, na cama?
Olhou em volta confuso e percebeu uma mão em sua cintura, e por incrível que pareça ele tinha cócegas na cintura.
Tentou se mover pra sair dos braços do alfa mas o adormecido só segurou mais firme e o puxando para mais perto, o fazendo tampar a boca pra não soltar uma risada mesmo que fosse pouca e sentiu que Leonardo infelizmente estava com uma ereção.
-Ah meu Deus!- Fazia de tudo pra sair dali até Leo despertar e rosnar, pareceu ser bem mais assustador por ter acabado de acordar e se encolheu instintivamente, abaixando suas orelhas.
-Sossega - apertou mais a cintura do menor e o encochando mais forte.
-Como você que que eu sussegue desse jeito?!- Ficou bravo se debatendo pra sair do aperto.
Leonardo com muito incômodo soltou, ele estava de mal humor, era possível ver no rosto dele.
-Que merda você! Deixa eu sonhar em paz!- Levantou sem paciência e foi direto pro banheiro atropelando o outro pelo caminho, que protestou um 'hey!' -Fica quieto que a culpa é sua- Sua voz ecoou de dentro do banheiro.
-Você tem um humor muito estranho- Franziu a testa e só ouviu Leo resmungar de dentro do banheiro, não evitando de soltar uma risada leve.
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A Descoberta 343 • ABO Mpreg
RomanceRafael Abulque é um jovem cientista que trabalha em uma área de total sigilo, uma área de experimentos e descobertas, mas apenas algumas delas vão para o mundo. A maior parte das descobertas ficam lá, em segredo, algumas coisas nem mesmo os cientis...