7 - A casa de Ragnor Fell.

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— Certo, sabemos quem levou Jace. — Diz Simon olhando para todo o grupo. — Sabemos onde eles estão certo? — Pergunta direcionando o olhar para Magnus que afirma com a cabeça. — Ok, mas agora precisamos saber como chegar até Jace.

— Magnus? — Chama Alec. — Onde exatamente eles estão?

— Numa dimensão demoníaca muito próxima do Edom. — Responde Magnus. — E respondendo a sua pergunta senhor Lewis: o único meio de chegar lá é através de um portal.

— Então só precisamos que você faça um portal? — Pergunta Simon.

— Sim, mas temos um programa. — Diz Magnus conjurando uma pequena chama azul que dança entre seus dedos. — Aqui não tenho forças o suficiente pra criar tal portal.

— Achei que o grande feiticeiro do Brooklin pudesse fazer magia em qualquer lugar. — Diz Simon.

— Um portal para um outro universo precisa de muita, muita energia diurno.

— E onde exatamente seria esse lugar apropriado para você conseguir criar o portal? — Pergunta Clary, que estava silenciosa e apreensiva desde que disseram o nome de Lilith. Ela não conhecia o nome de muitos demônios maiores, mas esse em especial, estava em grande destaque no Codex de caçadores. Pois Lilith é uma Imperatriz do inferno, seu poder é temido por todos, e ainda saber que tal nome está ligado à Sebastian, e que os dois juntos levaram Jace.

— Um lugar que tenha tanta concentração mágica... — Diz Magnus pensando alto. — Acho que um lugar com poder o suficiente para tal, seria a casa de um antigo amigo meu: Ragnor Fell. Mas ele vive em Idris. E criar dois portais no mesmo dia acabaria comigo.

— Você pode criar um portal, não pode Clary? — Pergunta Izzy.

— Sim, mas eu não tenho tanta facilidade assim, eu preciso de alguma referência do lugar, algo que me ajude a conectar onde estamos com o lugar que queremos chegar. — Explica Clary.

— Magnus, não tem nada na sua casa que possa ajudar a Clary a criar o portal? — Pergunta Alec.

— Sim, claro. — Responde Magnus.

— Eu levo a gente na van da minha banda. Cabe todo todo mundo, e é mais rápido que ir andando. — Diz Simon, pegando as chaves da van.

Simon se apressa indo até a van estacionada na frente do instituto, ele entra e já a liga. Ao ver que nenhum dos outros ainda tinha entrado abre a janela e grita para eles:

— Vocês vem ou não?!

Eles vão em direção às van, Clary senta-se ao lado de Simon no banco do carona. Os outros entram pelas portas de trás da van e sentam-se colocando de lado alguns instrumentos e lanches velhos. Simon entra no trânsito de New York, desvia de alguns carros apressadamente, passa em alguns faróis fechando até chegar ao Brooklin. Ele estaciona ao lado do prédio de Magnus, e todos saem apressados da van.

Magnus vai na frente abrindo as portas de seu prédio e subindo as escadas. Ele abre as portas para a casa e as deixa aberta para que os outros entrem. Quando todos entram Alec fecha as portas e olha para o namorado.

— Então, o que é? — Pergunta Alec.

— No meu quarto. Eu vou buscar. — Diz Magnus entrando no quarto. Ele volta segurando uma foto dele com um outro homem que tem dois chifres que saem do ponto mais alto de sua testa, os dois estão na frente de uma grande residencia num aberto campo. — Aqui, Clary.

Clary pega a foto e a olha por alguns minutos, depois pega a Estela em seu cinto, e vai em direção às portas da sacada do apartamento de Magnus, nos batentes da porta ela desenha runas. Runas que ninguém nunca havia visto. Quando todo o batente das portas está enfeitado de runas, elas começam a brilhar simultaneamente, num tom dourado. A vista do Brooklin que se é vista pela sacada é substituída por um véu leitoso de coloração também dourada.

— Deu certo? Isso vai nos levar para a casa de Ragnor? — Pergunta Izzy.

— Espero que sim... — Dos Clary limpando uma gota de suor do pescoço. — Vamos? — Diz já se adiantando e passando pelo véu, seu corpo sumindo. O portal venta para dentro o apartamento de Magnus e todos se olham. Então um a um vão atravessando o portal de Clary. Quando o último atravessa o portal ele se desfaz.

Dentro do portal Clary sente sua cabeça girar, ventos ensurdecedores nos seus ouvidos, e seus pés voam a procura de uma base para se apoiar. Ela sente dor ao seu corpo bater contra o chão, e tenta se levantar apoiando as mãos no chão. Ela se levanta e olha para os lados, ao seu lado direito uma enorme floresta como aquela onde ela e Jace entraram para chegar ao lago Lyn, do outro lado uma enorme casa de campo marrom e vermelha. Clary encara a casa esperando qualquer tipo de que há alguma alma viva naquele lugar, mas nada acontece. Até que atrás de si, do portal onde ela mesmo viera, um por um, seus amigos aparecem, todos os Shadowhunters caem de pé e prontos para qualquer inimigo que possa surgir. Magnus cai de joelhos ao lado de Alec que o ajuda a levantar-se. E Simon cai rolando no chão e se levanta tão rápido quanto caiu. Todos olham para Clary esperando que diga algo.

— Parece que não tem ninguém. — Diz Clary olhando novamente para a casa de Ragnor.

— Estranho... — Diz Magnus.

Eles vão vão até a porta da varanda e Magnus bate na porta três vezes,l e espera por resposta, mas nada acontece, ele volta a bater sem resposta. Então Isabelle se adiante e abre a porta. A casa de Ragnor está vazia e escura, parece que ninguém vive lá a algum tempo. Eles andam pelos cômodos da casa a procura de Ragnor, mas nenhum deles encontra absolutamente nada.

— Seu amigo saiu de férias? — Pergunta Simon.

— Não que eu saiba... Isso é muito estranho. — Diz Magnus. Ao terminar sua frase eles ouvem algo vindo de debaixo de seus pés. — Há algo no porão. — Diz num sussurro. Eles vão todos juntos na direção da porta que leva ao porão, sem fazer qualquer som. Chegando às portas Clary puxa uma lâmina serafim e preparar-se para o combate.

Eles descem as escadas e adentram o porão. Simon atende as luzes e no fundo da sala escura eles vêem sentado e amarrado a uma cadeira um homem com dois chifres em sua cabeça. Ele levanta os olhos para ver quem havia chegado e grita em socorro. Clary corre em direção ao homem e o desamarra.

— Você é Ragnor Fell?

— Sou, e nós precisamos sair daqui o mais rápido possível. Ele deve estar voltando. — Diz ele a Clary. Eles vão em direção ao resto do grupo e todos juntos saem.

Na sala de estar da casa Magnus pergunta para o amigo:

— O que houve com você?

— Um caçador de sombras me atacou. — Responde Ragnor.

— Por acaso esse caçador de sombras era loiro e tinha olhos escuros? — Pergunta Izzy.

— Sim. E ele deve estar voltando. Precisamos sair daqui o quanto antes.

— Mas nós viemos aqui para chegar até ele. — Diz Alec. — Ele levou alguém importante para nós, e precisamos chegar até onde ele está. Viemos até aqui para que Magnus conseguisse criar um portal para outra dimensão.

— Vocês estão indo até o Edom?! — Pergunta ele assustado.

— Não, mas é bem próximo. — Diz Simon.

— Qualquer coisa que envolva o Edom, ou aquele maldito caçador de sombras, não me interessa. — Diz Ragnor se levantando e indo em direção a porta de entrada.

Ragnor abre a porta e vê uma forma escura a sua frente, e ouve uma voz feminina dizer:

Não preciso mais de você. Adeus feiticeiro. — Então a a sombra envolve Ragnor, e quando sai de seu corpo, sua cabeça rola pelo chão da sala em direção ao grupo, que não teve tempo de reagir. A sombra se transforma em uma mulher com um longo vestido negro que olha para eles. — Esse foi só o primeiro corpo que caiu, muitos outros virão depois desse.

Kiss Me Before I Fucking Lose My Mind •ClaceOnde histórias criam vida. Descubra agora