Meio Anjos/ Meio Demônios

Dominique

Todos ficaram em silêncio quando o Leo terminou de falar.

- O que vamos fazer agora? Hiara
- Vamos pra escola. Bruna

Pra quem não sabe a escola referida não é aquelas normais pra qual os humanos vão, tem uma especificamente para os nefhilins, onde treinamos desde pequenos, somos deixados na porta um tempo depois de nascer por um tipo de anjo protetor. A escola é a base para todos os nefhilins, mesmo para aqueles mais antigos, pois a cada ano que passa, surge mais sobre o que aprender, alguns não são levados pra lá, ninguém sabe o por quê, resultando que eles vivem por ai, muitos chegam até a morrer, sem o treinamento necessário para se defender das criaturas sobrenaturais espalhadas pelo mundo, os sortudos conseguem de alguma forma chegar na escola.

- Vocês não vão me soltar? Quero ir pra casa.
- Qual é o seu nome mesmo? Julia
- Jhonas
- Ok jhonas, você não pode ir pra casa, pelo menos não a sua, ou costumava ser, você não é mais totalmente humano e se ficar só vai trazer perigo pra sua familia, pois todos os de nossa espécie passam por perigos constantes. Nós podemos te dar um tempo pra se despedir de quem quiser, inventa alguma mentira se preferir, conte a verdade não sei, mas você tem que vir conosco. Julia

Ele fitou a Julia por longos segundos e ela retribuiu o olhar. Ele suspirou e assentiu com a cabeça. Ual, pensei que seria mais difícil.

- Tudo bem, me dêem dez minutos. Jhonas
- Só dez? Pensei que seriam uns... Leo

Jhonas deu um sorriso arrogante e saiu em alta velocidade parando em frente a porta da casa, fechando-a após entrar.

- To vendo que ele tem a personalidade do Leo. Maichon
- Então ele só pode ser incrivel. Leo
- Incrivelmente bocó. Hiara
- Me ame menos gata. Leo
- Haha, me poupe. Hiara
- Chega crianças, temos coisas mais importantes com quê se preocupar. Dominique
- Sim, de certo temos, Dominique quando chegarmos quero que você procure imediantamente a Sophia, precisamos que ela nos conte sobre essa profecia e tudo o que ela envolve. Bruna
- Ok. Dominique

Faz uns três anos que não vejo Sophia, desde que eu e a galera saimos da escola pra ir atrás de nossas missões. Sinto um frio na barriga só de pensar no nosso reencontro.

- Voltei. Jhonas
- Tempo recorde, vamos galera, temos um longo caminho pela frente.

Jhonas foi se sentar ao lado da Julia que só o olhou com indiferença.

Depois de algumas horas chegamos na escola, e não é nenhuma surpresa que a Rosy estava nos esperando na entrada, ela tem pressentimentos, principalmente quando alguém está pra fazer uma visita na escola, no caso nós.

- Oi minhas crianças, estava com saudades, mais sinto que a vinda de vocês não é só pra visitar-nos, algo me diz que a coisa tá feia. Rosy
- E você está certa, como sempre. Mas também sentimos saudades Rosy. Dominique

Rosy cuida de todos os nefhilins que chegam na escola, mas tem um carinho especial por nós, assim como nós por ela. Ela faz o papel de mãe e pai.

- Vamos, entrem. Estão com fome? Mais é claro que estão, ei Leo, devagar, não vá comer tudo e não deixar pros coleguinhas. Rosy

Todos caem na risada, Leo só faz uma cara de indignado, Rosy sempre fala conosco como se ainda fossemos crianças mas com o Leo ela deve fazer de propósito só pra irrita-lo.

Depois de lancharmos algumas coisas deliciosas, cada um foi pro seu quarto se instalar, a Julia foi mostrar pro Jhonas qual seria o dele,😏, e como a Bruna mandou, fui procurar por Sophia.
A conheço o suficiente pra saber onde ela está, biblioteca é claro. Sophia sempre foi muito inteligente, pode perguntar qualquer coisa pra ela, ela te responde e se não souber, o que é dificil acontecer, ela sempre busca respostas para tal. O don únicamente dela é que pode guardar qualquer coisa na mente mesmo se tiver visto, lido tanto faz, mesmo que só uma vez, e essa memória nunca desaparece, é só ela pensar que todas as respostas vem pra ela.
Foi por isso que a Bruna me pediu pra chama-la, mesmo que todos nós tenhamos estudado sobre os nossos antepassados, ela é a única capaz de conter todas essas informações na cabeça, todos os detalhes.
Quando vou abrir a porta ela se abre com violência e um furacão sai de dentro, ou melhor, uma menina de cabelos ruivos sai de lá. Ela é bem bonita, tem os olhos verdes claros e um corpo que para todos os nefhilins é natural. Ela tem uma expressão assassina no rosto, e parece que está indo atrás de alguém.

- ERICK! EU VOU TE MATAR. Ruiva

Uma ventania forte começa e em volta da menina tem um furacão, sério, e ele vai seguindo atrás dela pelo corredor. Coitado do tal Erick.
Entro rindo na sala e ao olhar pra menina que esta sentada na mesa concentrada nos livros, meu coração para. Como se sentindo minha presença, Sophia se vira rapidamente e fica de pé, nós duas nos encaramos e por alguns instantes nos perdemos uma no olhar da outra. Sophia é da minha altura, tem os cabelos loiros e olhos azuis, o tom de pele o mesmo que a minha, bem clarinha. Corremos uma na direção da outra e nos entregamos ao beijo ao qual tanto ansiavamos. Nos separamos pela falta de ar e sorrimos uma para a outra.

- Senti saudades. Sophia
- Eu muito mais. Dominique
- Nem pensar, eu senti muito mais e ponto final, e nem pense em se separar de mim tão cedo mocinha. Repreende-me sophia

Olho pra ela segurando o riso, ela sempre foi mandona.

- Vem, vamos para o quarto. Sophia
- Mas nós temos que nos encontrar com os outr... Dominique
- Eles podem esperar, mas eu não posso nem mais um segundo ficar sem tocar minha garota, vamos. Sophia
- Sim senhora. Dominique

Não disse😂, mandona, mas é minha.

- A propósito, quem era aquela garota ruiva que saiu feito um furacão e gritando o nome de um tal de Erick? Dominique

Ela ri um pouco e diz:
- É a Edith, e o Erick é o irmão dela, parece que ele aprontou alguma com ela. Eles chegaram há um mês, disseram que foram criados por uns humanos mas a casa foi invadida por vampiros, disse que ninguém escapou, e eles fugiram. Sophia
- Nossa. Dominique
- Poiser. Agora vamos deixar de falar dos outros, porque a única coisa que quero agora é senti-la junto a mim o mais rápido possivel, anda. Sophia

E quem sou eu pra descutir se eu quero a mesma coisa. Saimos de mãos dadas sorrindo; aumentamos a velocidade, agora correndo feito o flash, como costuma dizer o Leo. Entramos no quarto fechando a porta atrás de nós.

Como é bom estar em casa.