capítulo-1

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Releio novamente a carta enviada por Edgar Poe, o atual regente do país do fogo, ainda descrente do acontecimento:

" Caro Michael Millore, venho por meio desta carta enforma-lo quê em pouco tempo deixaremos de fazer comércio, já quê estamos em um momento crítico de guerra civil não podemos envolver outros tipos de investimentos, peço desculpas pelo lamentável estado em quê nos encontramos,
Atenciosamente, Edgar Poe regente do país do fogo"

Soco a mesa com força assustando as pessoas ao meu redor, passo as mãos pelos cabelos castanhos encaracolados emoldurando meu rosto, tentando me acalmar:

- Guerra civil?- pergunto cético ao enviado que trouxe a carta.

Um garoto baixinho de pele queimada com cabelo negro rebelde e olhos castanhos escuros, trajando o uniforme do reino, com uma espada de ferro pendurada em seu cinto:

- Sim senhor- ele diz assentindo- é precária a situação em quê estamos, peço desculpa em nome do Rei.

- Certo meu jovem- falo encarando o garoto- diga quê desejamos sorte para vocês.

Ele me abre um sorriso triste e se volta para a porta indo em direção a ela, quando ele saí me inclino na cadeira suspirando pesadamente:

- Senhor- começa Halevi- o quê faremos agora?, precisamos exportar toda a matéria prima dos nossos agricultores, as famílias precisam...

- Eu sei Halevi, eu sei.

- Mas então...

- Por favor, traga-me um papel para quê eu escreva uma carta para a Rainha Lisshe e chame a princesa  Nyssa até aqui.

Ele assente saindo, juntos a ele os demais presentes na sala, me deixando só.

Depois de algum tempo a porta se abre revelando Nissa, uma garota quê tem mais ou menos minha idade, mas já está a cargo de uma nação, ela ajeita os belos cabelos castanhos escuros sedosos atrás da orelha, e ajeita o vestido verde nas mangas e se senta na cadeira próxima a minha com a boca torcida:

- O quê aconteceu Ni?- pergunto.

- O de sempre- responde normalmente enrolando uma mecha no dedo.

- Que pena.

Ela dá uma risada fraca:

- Por quê você me chamou aqui?

- Eu preciso de motivos?

- Quando você pede para outra pessoa me chamar- explica- sei quê não é um assunto pessoal.

Ergo as sobrancelhas surpreso, mas me recupero rapidamente:

- O país do fogo cortou relações comerciais conosco.

Ela dá um longo suspiro antes de responder:

- Sabíamos que isso iria acontecer.

- O quê você acha que devemos fazer?

- Vamos arrumar outro comprador- responde- marque uma reunião com algum embaixador do Ar, o país da água foi atacado recentemente pelo do fogo, e eles sabem que somos aliados, podem ter nos tomado como inimigos.

- Sim- falo me recordando de algo-é verdade que a princesa Sarah é um dos... manipuladores elementares?

Ela balança a cabeça olhando para a janela:

- Esqueça isso, são apenas boatos Michael.

Mas não eram apenas boatos, vários moradores das vilas próximas a o reino da água alegaram terem a visto, em companhia de sus amiga Mirella, e um jovem que faz parte do comando do exército, se a profecia estava se cumprindo..., temos muito mais a nos preucupar do quê o comércio.

Fico parado na porta, bato o pé repetitivamente no chão, olhando o relógio o tempo inteiro, finalmente chegou o dia da reunião, vejo de longe   dois jovens, uma de cabelos loiros delicados e olhos azuis, e outro de cabelos negros e olhos azuis semelhantes, eles parecem estar discutindo enquanto andam, mas ao me verem, se entreolham e apressam o passo:

- Boa tarde- falo apertando a mão do rapaz- é importante que o senhor tenha...

- Calma- ele responde largando minha mão e sorrindo ironicamente- você entendeu errado, eu sou apenas a escolta, Kayle Woordy, ela é a embaixadora.

Abaixo os olhos para observar a garota, ela me encara com os olhos azuis impacientes e me apresso em explicar:

- Perdão senhorita, não foi minha intenção ofende-la, é quê apenas não estou acostumado...

- Com mulheres?- ela pergunta erguendo as sobrancelhas- não se preucupe já lidei com pessoas como você, agora... vamos fazer negócios ou não?

Fico sem palavras, o rapaz põe a mão sobre a boca, mas ainda posso ouvir sua risada.

Enquanto caminhamos tento iniciar uma conversa com os presentes, mas eles observam cada lugar do palácio como se fosse tóxico ou algo parecido:

- Qual o seu nome?- perguntei como última tentativa.

- Adelyne Tyllet.

Suspiro aliviado quando finalmente chegamos ao salão principal, abro as portas de carvalho mostrando o cômodo:

- Bem vindos senhor e senhorita, Woordy e Tyllet!




2- Crônicas Elementares- Terra e ArOnde histórias criam vida. Descubra agora