capítulo-4

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Me viro na cama, meus olhos se recusando a fechar, olho para o lado e vejo Nyssa descansando, uma expressão tão serena, me levanto devagar para não acorda-la, saio do quarto fechando a porta e vestindo um robe.
Entro na biblioteca procurando a sessão mais antiga, os livros amarelados porém em bom estado, passeavam as estantes, segurei um relativamente grande em mãos, histórias e realidade, puxo uma cadeira e o apoio na mesa de madeira folheando as páginas a procura de algo que possa esclarecer minhas dúvidas:

"A anos, pessoas dos quatro cantos do mundo nascem com dons especiais, de anos em anos, quando uma grande tragédia está a beira de acontecer, alguns os percebem com antecedência e outros so se despertam em momentos de grande tensão, na maioria das vezes vem com um grande acarretamento de problemas e nem sempre trazem felicidade a seus donos, nos tempos antigos, uma feiticeira gananciosa, tentou essas habilidades, e por pouco não as conseguio, para livrar-nos desse mal, renunciaram as suas habilidades e assim a geração de manipuladores elementares se perdeu, mas uma profecia nunca recitada a nossos ouvidos, disse quê eles retornariam, quando outro desastre estivesse prestes a acontecer..."

Um vento faz as páginas se moverem rapidamente, fazendo com quê me perca, uma das janelas do cômodo sacode- se violentamente, corro até ela e a fecho, antes quê seu ruído acorde a todo palácio:

- Lendo a está hora?- pergunta a voz de uma garota trajando short e camiseta preta com o cabelo loiro presso em um coque mal feito.

Me viro para encontrar Adelyne apoiada na cadeira, mexendo entre as páginas amareladas:

- Ham..., tenho dificuldades para dormir.

- Eu também- murmura- há!, lendas e histórias, sim?, é supersticioso general Michael?

- Não srt.Adelyne- respondo- estava apenas checando algumas... coisas.

- Crônicas elementares?- pergunta como quê para si mesma- tem outros volumes aqui?

- Volumes?

- Claro, você não sabe, os volumes dos livros, estam espalhados pelos reinos, água, fogo, terra e ar.

- Eu não sabia disso.

- alguns encontram os seus, outros ficam perdidos.

- Como você sabe tanto?- pergunto intrigado.

- Há- ela fala derrepente um pouco mais alerta- nada, apenas... pesquisei sobre o assunto.

-Claro- falo balançando a cabeça- sabe, acho quê vou voltar a meu quarto.

- Seu?

Fico parado, analisando seu rosto, tentando achar um significado nas palavras, sinto o rosto arder:

- Sim, é claro Srt.Adelyne.

Ela me olha com um risinho e se dirige para a porta, mas antes de sair se vira uma última vez:

- O quê aconteceria- fala- se um manipulador elementar fosse encontrado por aqui?

- Uma lenda?

- Se eles não fossem lendas.

- Provavelmente?- falo calmamente- somos céticos Srt.Adelyne, eles seriam tidos como farsantes.

Quando deito novamente na cama, durmo rapidamente:
sonho quê estou presso em uma caverna, um garoto de cabelos ruivos se contorce nos lençóis, provavelmente com pesadelos, enquanto duas garotas, lado a lado tentam acorda-lo, o sonho muda, dessa vez vejo uma menininha loira familiar, brincando com uma pequena boneca de pano, ela larga a boneca no ar e ela dança como se tivesse alguém a controlando...

Abro os olhos com a luz do sol invadindo o quarto pela janela, curvo o rosto para o lado e não encontro ninguém ao meu lado, bufo frustrado, e ela me deixou aqui de novo, penso, provavelmente atrasado para algum compromisso, tomo um banho rápido e visto o uniforme da guarda, descendo rapidamente as escadas, vejo uma figura vir de frente comigo, quando colidimos, caio para trás me equilibrando nas paredes, me apoio esperando minha vista se ajustar:

- Halevi?- falo tocando a cabeça com dor.

- Senhor?- fala se levantando- Era você mesmo quê eu estava procurando!

Estás palavras nunca soaram boas em meus ouvidos:

- O quê aconteceu?

- Um vilarejo está sendo atacado- fala  repentinamente alerta- já organizei os homens, agora venha!

Andamos rápido até o lado de fora, onde a cavalaria aguardava a postos, há! Mas quê ótimo!, é só eu descansar mais um pouco quê um ataque acontece, ótimo, REALMENTE ótimo!
Subo no cavalo pegando as rédeas e o esporreando para quê corra, na pressa para sairmos não notei dois jovens saindo junto ao grupo de no mínimo quinze homens, Kayle tinha uma expressão sombria em seu rosto e cavalgava ao lado de Adelyne, ambos com a cabeça levemente abaixadas e um pano cobrindo suas cabeças, estranhei o comportamento, mas continuei seguindo em frente, sem lhes dar muita atenção, agora não era o momento, ao longe pude ver nuvens de fumaça se espalhando.
O caminho era conhecido pra mim, as casas não tinham seu quê de superioridade quê as destacasse das demais, mas eu havia visitado este lugar brevemente, não tanto quanto gostaria:

- Céus- murmurei descendo do cavalo.

Estava em chamas, todo o contorno da vila, as casas devastadas, as chamas já morrendo, cinzas espalhadas, a primeira coisa quê fizemos foi procurar por sobreviventes, revirei alguns escombros até encontrar a casa amarela, agora suas flores mortas adornando o lugar já queimado, não havia chance alguma da garota ter sobrevivido, mas ao me virar ouvi um grito de socorro vindo do lugar.

2- Crônicas Elementares- Terra e ArOnde histórias criam vida. Descubra agora