Se amares, serás destruído

157 8 3
                                    

(N/A1:esperem eu avisar)






O canto dos pássaros ressoa pelo orvalho daquela manhã fazendo o pequeno anjo dos cabelos violeta acordar lentamente.

Seus olhos vão se acostumando com a claridade enquanto se levantava mas... havia algo diferente no que os seus olhos enxergavam, era como se ela enxergasse todas as minúsculas coisas espalhadas pelo ambiente como uma visão extremamente ampliada.

Suas pequenas e calejadas mãos tatearam a superfície da cama involuntariamente como se procurassem algo. Alguém.

Ela virou para o lado percebendo que não havia ninguém ali, mas alguém esteve ali.

Sebastian.

Suas memórias sobre a noite passada voltam à tona.

Sebastian elogiando as estrelas, depois ela o beijando, ela no colo dele enquanto trocavam olhares e carícia quentes, os dois na cama desfrutando da lei natural da vida, Zara sentindo um fogo celestial invadir seu corpo e libertá-la.

A garota levanta cambaleando da cama e olha todo o recinto a procura do homem a quem ela deu a honra de exibir a sua verdadeira imagem.

Mas não havia ninguém na cabana.

Ela caminha lentamente até a porta na esperança de encontrá-lo lá fora.

Seus pés tocam a gramínea e o vento se choca com seu rosto.

O dia estava como sempre ensolarado mas havia algo triste nisso, algo decadente como o sentimento de abandono. Isso, era o que ela estava sentindo.

O impacto do clima, da luz solar, do vento, tudo isso, a deixara tonta.

Ela sentia uma força acumulada dentro de si, uma força que queria sair mas ela não sabia como, suas asas desgrudaram de sua pele e se esticaram, Zara conseguiu respirar melhor porém a força subira para a cabeça dela, junto de vozes que imploravam por perdão, a mesma colocou as mãos nos cabelos para tentar conter essa energia. Tudo o que ela via se transformou em claridade, claridade essa que fazia seus olhos lacrimejarem, ela passou a costa da mão direita no olhos e viu sangue escorrendo deles, aquilo era apavorante demais, a luz que erradia de sua mão ardia e aos poucos todas as partes do seu corpo estavam brilhando e ardendo. Os feixes de luz contornavam a pintura macabra em sua pele e até seus cabelos começaram a clarear.

Zara percebeu que estava iluminando todo aquele espaço e que em breve poderia ser notada mas antes que o brilho celestial tomasse conta de todo o seu corpo, uma espada com aspecto medieval perfurou o seu peito.

A claridade em seus olhos apagou dando a ela a vista de uma coisa monstruosa rosnando perto de seu rosto com dentes afiados espalhado por todo a cavidade bucal. O demônio girou a espada causando uma dor angustiante na mesma que segurou-a para tentar tirar mas ficou tão fraca que suas mãos começaram a sangrar com o aperto.

— Valentim veio fazer uma visita -a criatura sibila no seu rosto.

                                ***
O demônio a jogou com força no chão, retirando a espada feita de ossos do corpo da Zara.

A mesma cuspiu sangue no chão de madeira e reuniu forças para rastejar para longe do demônio.

— Eu disse para ser cuidadoso, sua coisa imunda! -a voz de Valentim soou zangada pelo ambiente, o som de um crânio se partindo também chegou aos ouvidos de Zara, ela só pensava em se afastar dali o mais rápido possível.

I'm ChaosOnde histórias criam vida. Descubra agora