- Agora eu tenho certeza.
Jimin estava assustado demais para observar os movimentos que Jungkook fazia, e não percebeu quando o mesmo desistiu de levar sua mão para trás de seu quadril.
Não podia deixar as coisas que sentia lhe consumir, tinha um senso protetor para algumas pessoas.
Jeon passou as costas das mãos sobre seus lábios, e com impulso chutou mais uma vez o tórax do velho caído no chão.
O menor deu a volta no corpo estatelado ali, não queria ver o homem, tinha que sair dali para as lembranças ruins não adentrarem completamente em sua cabeça, então seus dedos agarraram o braço de Kook, que sentiu como se as mãos pequenas lhe queimassem a pele, e engoliu em seco.
- Vamos sair daqui...- Jimin murmurou com as mãos ainda trêmulas, fazendo o de capuz lhe olhar, gravando todas as expressões de medo do mesmo em sua mente.
O acastanhado se soltou bruscamente, e agarrou a palma da mão do mais novo, o fazendo lhe olhar, enquanto era arrastado por Jungkook, por uma esquina.
Park tinha toda a sua atenção à mão de Jungkook que apertava a sua, não se lembrava de ninguém que ficasse com ele daquele jeito, sentia os dedos gélidos sobre a sua pele a tornando dormente.
Era estranho o fato de ter sido salvo pelo estranho do sorvete, mas ao mesmo tempo era um alívio, pois sabia oque teria acontecido se Jungkook não tivesse aparecido.
Engoliu o choro que se acumulava em sua garganta, e limpou as lágrimas em seus olhos, recebendo o ar gélido contra o rosto.
Entraram em uma cafeteria que estava vazia tirando os funcionários.
Jungkook guiou Jimin até uma das mesas ao fundo, pois o garoto não estava nem conseguindo ficar em pé por conta das pernas bambas.
Respirou fundo, e andou até o balcão, pedindo dois cafés, enquanto batucava os dedos sobre a madeira, que causavam um som alto pois usava alguns anéis.
Até mesmo a cabeça de Jeon Jungkook estava um turbilhão, não estava reconhecendo a si mesmo! Durante todos os anos, fazendo os trabalhos que faz, e não são poucos esses anos, ele nunca perdeu o controle assim.
Estava prestes a sacar sua arma na frente de um garoto, ò qual havia enganado para entrar facilmente naquele mini restaurante, e cobrar o dinheiro que deviam à Namjoon.
Ele estava prestes a desmanchar seu disfarce no meio da rua, assim,num piscar de olhos,e tudo estaria arruinado.
- Mas que merda tá acontecendo?
O garoto murmurou para si mesmo, apoiando os cotovelos sobre o balcão, bagunçando os próprios fios de cabelo castanhos, enquanto mantinha sua cabeça baixa.
Sua família sempre teve um certo ódio por pessoas como o tio de Park Jimin. Se lembrava do que seu Appa dizia.
"Você pode ser vários tipos de pessoas. Os honestos, os hipócritas, nós, e os monstros."
Aquela frase ficava sempre em sua mente, já que ele e sua família, estavam uma categoria antes de ser um monstro.
-Senhor.
Seus olhos se abriram, dilatando suas pupilas ao ouvir a voz feminina, lhe fazendo levantar a cabeça, encarando a atendente.
- Seu pedido está pronto.
A mulher disse colocando uma bandeja marrom, onde se encontravam duas xícaras.
-Ah, obrigado.
Sorriu sem mostrar os dentes, pegando nas laterais da bandeja, dando meia volta, caminhando até onde Jimin estava sentado, com a mão apoiada em sua testa, murmurando algo que não pôde ouvir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
sᴋʏᴅɪᴠᴇ • Jikook version
Fanfic"O céu não tem começo ou fim. A escuridão vem mais perto e mais perto. A batida vem contra meu corpo inteiro. Deixe-me ir, começar. De novo, para um mundo mais novo. Que brilha nos meus olhos. O tempo está passando. Está tudo fora de controle. Oh, e...