110| pov

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- Megan -

O Cole me deu boleia e em menos de cinco minutos chegamos no hospital. Eu sentia as minhas pulsações na garganta e posso jurar que em toda a minha vida não me lembro de ter estado tão nervosa.

"Vai dar tudo certo." Ele aperta a minha mão por cima da minha coxa sorrindo de leve.

Eu queria acreditar nele, mas por alguma razão não conseguia.

Quando o carro parou, eu meio que corri pra entrada do hospital logo vendo o meu irmão caminhando de um lado pro outro.

"Aaron!" Eu grito e ele vira pra mim de imediato.

Eu o abraço, o mais forte que posso. Como se naquilo nós quisessemos unir todas as nossas esperanças.

"Vai Aaron, me diz que não é verdade. Me diz que a mãe está bem e você me trolou." Me afasto dele podendo ver os seus olhos lacrimejantes e as bochechas vermelhas. "Acaba logo com essa brincadeira ridícula vai."

Ele respirou fundo. "É verdade, Meg, a mãe está com câncer."

Sinto minha respiração falhar e o rímel arder nos meus olhos quando eles se enchem de água. "Porque ela não me contou?"

"Ela tentou..." Ele diz, sua voz rouca do choro. "Mas você não ligou."

Franzo minha testa. "Então nessa manhã quando a mãe disse que me queria contar algo, ela-"

"Estava te querendo contar do câncer, sim." Ele confirma, balançando a cabeça e eu apenas me consigo sentir pior. "Meg, depois de tudo o que você tem feito é duro admitir que você não tá preparada pra lidar com os problemas do mundo real. Você se tornou alguém que não era e tudo pra quê hein? Essa não é minha irmã, Meg, essa não é você."

"Eu sei que fiz muita coisa errada, sim." Prendo o cabelo pra trás da orelha o encarando nos olhos. "Mas nunca nada disso me fez esquecer o que é mais importante nesse mundo; família."

Ele sorri de boca fechada me puxando pra outro abraço alisando os meus cabelos com a ponta dos seus dedos.

"Te amo, Meg." Ele sussurra fungando.

"O que esse moleque faz aqui?"

Meu corpo estremece com a voz grossa do meu pai. Só então percebo que ele se referia ao Cole, que eu quase esqueci estar aqui.

"Eu só vim trazer a Meg, pode relaxar." O Cole lhe responde com calma.

"E porque ainda continua aqui?" Meu pai cruza seus braços olhando duro pro rapaz de olhos verdes.

"Você não gosta mesmo de mim, hein?" Ele provoca.

"Isso é porque eu me preocupo com a Megan e não quero minha filha se dando com playboys que nem você."

"O que você sabe de mim pra tar me chamando de playboy?" O Cole se aproxima dele, sem receio.

"O suficiente." Meu pai diz. "Eu não vou com a sua cara, garoto, você já devia saber."

"Que bom que temos algo em comum." Ele murmura baixo. Bem que o Cole pisa na linha do fogo se querendo matar porque desse jeito é bem isso que vai acontecer.

Mesmo assim, eu preciso ajudar ele.

"Pai, eu quero ele aqui." Me meto entre eles, ganhando coragem por entre as lágrimas frias que molhavam meu rosto. "Quer você goste ou não, o Cole sempre me deu apoio ao contrário de você que teve nem aí pra mim. E mais que isso, ele é meu amigo."

"Seu amigo?" Meu pai ri.

"É." Aceno, olhando pro Cole que já me estava observando. "Ele tem sido mais que meu amigo esses últimos tempos."

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eu demorei séculos pra atualizar e eu sei

desculpem floressss

xx Buhh

Virtual | Cole SprouseOnde histórias criam vida. Descubra agora