Capítulo 1 - "Nadja não sabia o que tinha dado errado."

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Opa povo lindo que chegou no meu livro!
Primeiro, muito obrigada pela oportunidade e espero de todo o coração que vocês gostem.
Um pequeno aviso, essa história possue alguns pontos mais pesados como drogas, relacionamento abusivo, suicídio e estupro. Cuidado se você não se sente confortável com algum desses temas.
Além disso, esse livro faz parte do universo compartilhado das minhas histórias, as outras tratam de temas mais leves e ficaria feliz em vê-los por .
Bem, mas uma vez obrigada e vamos partir nessa aventura.
Bjs, Carol.

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Nadja não sabia o que tinha dado errado, mas era capaz de dizer como reverter a situação. Soltando a fumaça do ópio na cara dos dois brutamontes, jogou o dinheiro na bolsa de pano e saiu correndo pela porta da casa de apostas.

Subindo no telhado de uma das casas e vendo os homens saírem do estabelecimento, vermelhos de raiva, parou um momento para ri da cara deles. Quando era pequena e teve contato com os jogos de cartas pela primeira vez, ela fez questão de entender como trapacear naquilo, odiava perder. Naquela noite tinha usado truques simples e deixou os dois homens sem nenhuma moeda, foi comemorar a vitória e, meio que o ópio a fez perder as cartas em suas mangas.

Os homens a viram, acenou com a mão e já voltou a correr entre os telhados, pulando nos vãos gigantescos, entrando em janelas e saindo por portas, atrapalhando famílias jantando. Ela tinha que dar um crédito aquela idiotas, eles não tinham tentando subir em um telhado, usavam de seu tamanho para empurrar quem quer que estivesse indo para casa naquele horário, gritavam sem parar e as vezes derrubaram alguém no chão.

As casas de cores de terra com partes desgastadas ou com buracos foram dando espaços para casas maiores e bem conservadas. Estava entrando mais para dentro da cidade, onde os que conseguiram se manter moravam e podiam ver de suas janelas o antigo palácio. Sentiu amargura ao ver sua antiga casa, mas não tinha tempo para sentimentalismo. Preparava mais um de seus truques.

Ali, as ruas tinham um pouco mais de movimento, o suficiente para dificultar ambos os homens. Ela pulou do telhado e caindo sobre uma das tendas q se desfez com o impacto, mas a amortecendo. Saiu correndo enquanto o comerciante a xingava, entrou no meio das pessoas e virou algumas ruas, indo para o meio dos artigos de luxo, até que jogou uma parcela do dinheiro que tinha ganho na noite e puxava um dos tecidos finos e coloridos da barraca.

Jogou sobre sua cabeça e o enrolou, como uma de suas irmãs e primas e começou a andar mais calma. Tinha pego um tecido tão comprido que dificilmente os homens conseguiriam ver suas roupas. Eles passaram correndo por ela e dando de cara com os portões do antigo palácio. Ela riu e deu meia volta, indo com paciência para longe. Em algum momento, Nadja pensou ouvir ambos praguejar. Riu com gosto, ajeitando o pano sobre a túnica.

Tinha sido uma noite boa e conseguiu várias moedas como recompensa. Agora, a questão era o que fazer com aquele dinheiro quando a noite, enfim, chegasse. Claro que poderia ir em mais casas de jogos, mas queria aproveitar o seu avô a ignorando de forma devida. O cabaré tinha recebido uma nova remessa de drogas e muito dificilmente os homens tinham coragem de perturba-a, além disso, as moças que trabalhavam ali sempre pareciam gostar de conversar com ela...

Em meio ao seu raciocínio de o quanto de droga seu corpo seria capaz de aguentar, tombou com alguém que já segurou seu braço com força e foi a puxando para outro caminho. Respirou fundo e seus olhos subiram e encontraram com os mesmos olhos âmbar que os dela.

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