Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfazViajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleaisEu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragãoReconheço meu pesar
Quando tudo é traição
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãosMinha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre teráQuase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesaQuase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindoOlha o sopro do dragão
É a verdade o que assombra
O descaso que condena
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe maisTenho os sentidos já dormentes
O corpo quer, a alma entende
Esta é a terra de ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãosEu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragãoNão me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então
Tudo passa, tudo passaráE nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contarE até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora
Apenas começamosCompositor: Dado Villa-Lobos / Renato Russo
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Legião Urbana - letras
Poesíalegião urbana foi uma banda brasileira de rock (e particularmente a melhor banda de rock brasileira da vida), ativa entre 1982 e 1996 desfeita após a morte de seu vocalista e líder, Renato Russo.