Capítulo. 5 : Amor e obsessão

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                       O Cuidador

Capt. 5: Amor e obsessão

Caído no chão o experiente cavaleiro jazia ferido fatalmente.

Quem sangrou tão bravo e experiente contendedor, teria sido inimigo ardiloso ou fera sanguinolenta que venceu o bravo?

Perguntou seu escudeiro.

Foi o pior dos inimigos e a mais fatal das feras, aquela de amigo me chamou.

Respondeu o moribundo.

Matheus olhava a pessoa diante de si, mas francamente não parecia ser a mesma Priscila de um ano atrás; a moça que conheceu na academia Milagre era doce e ingênua, aquela mulher na sua frente era o completo oposto.

Usava um vestido comprido preto justo com partido na coxa, o rosto estava maquiado e com lápis escuro nos olhos.

A imagem atual da jovem colidia com a que Matheus trazia em suas lembranças, ele então se recordou da última vez que a viu foi no mesmo dia que dera o primeiro beijo em Denise.

Essa era uma recordação feliz e a mesmo tempo triste pois ele se sentiu o pivô da separação das duas inseparáveis amigas que segundo ele ficou sabendo se conheciam desde o primário e juntas já haviam passado por muita coisa rido e chorados em muitos e inesquecíveis momentos que por causa dele nunca mais se repetiriam.

Estranhamente Denise nunca mais mencionou o nome da Priscila e em certa ocasião quando Matheus quis tocar nesse assunto, ela olhou para ele, diretamente nos olhos se mostrando profundamente irritada de uma forma que nunca antes havia demonstrado.

—Você prefere fazer quem feliz, ela ou eu?

Pergunta a moça feito um policial interrogando o suspeito de um crime.

—Claro que é você meu Bem!

Responde Matheus de imediato.

—Então não me perturbe mais com coisas que eu não quero ouvir!

E depois disso era como se a Priscila tivesse sido apagada sem

deixar vestígios, como um arquivo de computador que foi deletado, isso até aquela noite na festa do Minoru.

—Eu sinto muito pelo que aconteceu entre você e a Denise e mais ainda por ter algo a ver com isso.

—Não sinta, a nossa relação desde o início sempre esteve a beira de um final desses...

—Como assim? Até onde eu sabia vocês eram grandes amigas, não é?

—Matheus, lembra do dia em que você e a Denise me levaram na delegacia para dar queixa de agressão do meu ex-noivo, e que mesmo em um momento tão delicado para mim, a Denise disse que teria que ir embora e te pediu para você me levar em casa?

–Lembro sim, mas o que isso tem de relevante?

—Ela fez isso por causa de uma ligação que recebeu que provavelmente era da família dela não foi?

Matheus puxou pela memória e realmente percebeu que o que Priscila dizia era realmente o que tinha acontecido.

—Você está certa, mas eu ainda não entendi onde quer chegar.

—Você sabe sim, contudo não quer aceitar que ela sempre vai colocar a família dela em primeiro lugar e deixar os outros em segundo plano...

—Isso não é verdade.

O cuidadorOnde histórias criam vida. Descubra agora