Capítulo. 6 : A piscina escarlate

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                           O Cuidador

Capt.6: A piscina escarlate

"Meu inimigo me alcançou, e não posso mais fugir, ele segurou a minha garganta com suas gélidas e sufocantes mãos, e não mais me soltará, até que eu pague por meus pecados, pelo menos era o que eu pensava, no entanto, o passado me cobra por uma dívida que eu nem sabia que havia herdado..."

—Garoto pare de bancar o santinho, você saiu de uma festinha animada com drogas, bebedeira e menores que terminou com dois cadáveres!

Diz um dos policiais um sujeito barbudo e meio calvo, aparentando ter mais de cinquenta anos de idade.

O homem parecia querer poupar o trabalho de uma investigação policial forçando Matheus a assumir a culpa por um crime que o rapaz não tinha certeza se havia cometido ou não.

—Dois mortos? Meu Deus! Eu não lembro de nada!

Diz Matheus segurando a cabeça que doía terrivelmente.

—Eu já estou careca de ouvir esse seu papo furado, é bom você começar a dar umas boas explicações ou a coisa vai ficar muito feia para o seu lado!

—Eu sou inocente eu já disse, eu não matei ninguém!

Responde Matheus embora por dentro não tivesse total certeza.

—É inocente? E se eu te botar cinco minutinhos com uns animais enjaulados que eu tenho por aqui? aposto que isso ia soltar essa sua língua de playboyzinho!

Diz o policial olhando bem nos olhos do atormentado rapaz e sorrindo perversamente.

—Eu quero dar um telefonema...

—Eu não entendi!

—Eu conheço os meus direitos!

O policial irritado se aproxima do algemado jovem e liberta suas mãos, contudo ele segura as mãos de Matheus e contempla as manchas sangrentas em seus punhos, como se estas provassem a culpa de Matheus.

—Jorge, leva o santinho para fazer uma ligação!

Diz o policial para o seu parceiro um afro-brasileiro alto e parrudo na faixa dos trinta anos.

—Outra coisa santinho, fala para a mamãezinha te arrumar um advogado e dos bons, porque você tá ferradaço!!

Diz o policial em tom de ameaça.

Matheus faz a ligação e passado um certo tempo sua mãe chega e aos prantos e abraça seu filho, entretanto ela veio acompanhada pelo irmão de seu falecido marido; Lucas Abelle.

Assim que o rapaz avista seu tio seu semblante muda bruscamente, ao estar perante o parente que culpava pela morte de seu pai.

-Mãe o que esse cara tá fazendo aqui?

-Meu filho ele veio nos ajudar!

-Ajudar como? ele já não fez o bastante ferrando com a nossa vida? Por causa desse sujeito e da clinica dele cheia de bandidos que o papai se matou!

-Matheus eu conheço um bom advogado que pode a provar a sua inocência...

-Faça o favor de não me dirigir a palavra, ouviu?

-Para com isso Matheus! você pode não gostar do seu tio, mas nesse momento delicado ele é o único interessado em fazer algo por você, e vamos aceitar a ajuda dele porque eu não posso fazer isso sozinha, entendeu?

Diz a Mãe de Matheus chorando.

-Tudo bem...farei pela senhora...

-Eu vou dar uns telefonemas e depois voltarei com o advogado, esperem aqui...

O cuidadorOnde histórias criam vida. Descubra agora