Capítulo.15: Três e quatro

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                         O Cuidador

Capt.15: Três e quatro

A guerra fortalece os homens ensinando-os a odiar seus inimigos, a maternidade faz o mesmo com as mulheres só que ensinando a amar.

Querido diário vivi um inesquecível momento magico noite passada, sob a luz da lua, cavalguei no garanhão de aço de meu cavaleiro branco abraçada ao corpo vigoroso dele que me fez recordar uma certa pessoa.

Nessa noite memorável varias coisas boas aconteceram de uma só vez, meu bravo cavaleiro construiu com suas próprias mãos uma ponte entre o abismo que dividia os nossos dois mundos.

E através dessa ponte os outros habitantes da minha terra, isolados até então, puderam conhecer a terra radiante personificada pelo meu destemido guerreiro.

E eles descobriram um mundo totalmente novo repleto de alegria.

E com isso a solidão que sentia diminuiu ainda mais, agora que meu primo faz parte de nossas vidas, e algo me diz que essa sensação aconchegante continuará aumentando, e felicidade além da conta que de tão abundante chega a assustar.

Eu definitivamente não quero ser pragmática ou paranoica como que esperando o pior acontecer (não sou adepta da lei de Murphy) apenas estou sendo realista do jeito que a vida me ensinou a ser.

Tenho medo que tudo isso acabe e eu volte a fica sozinha, mas mesmo que esses temos me acompanhem feito um inimigo espreitando na penumbra, eu desejo aproveitar ao máximo o momento e se amanhã ou depois o que consegui me for tirado, ao menos saberei que um dia eu fui muito feliz.

Matheus dá passos furtivos e silenciosos, ele tenta passar despercebido enquanto de arma em punho busca com seus olhos atentos localizar o seu oculto adversário.

Sua cautelosa busca o leva até a área dos fundos do chalé onde fica a piscina que por sinal mostrava-se mais calma do que de costume.

Calma e quietude que muitas vezes caracterizam uma armadilha camuflada no ambiente onde os incautos encontram o seu fim repentino.

Matheus ciente que cairá em uma cilada, tenta se mover, mas não é rápido o bastante e acaba atingido pelos disparos consecutivos do atirador posicionado na sacada do chalé que derrubam o professor novato no fundo da piscina.

Porém o jogo aparentemente ainda não terminara, pois, o professor abatido possuía uma fiel aliada, que moveria céus e terras para vingar seu companheiro atraiçoado.

O franco-atirador rejubilava de sua posição privilegiada se achando imbatível, contudo com uma postura felina semelhante à de seu confederado, a parceira de Matheus Nicolle preparava-se para dar xeque-mate no autoconfiante pistoleiro.

Ela inicia em sua mente a contagem regressiva para sua derradeira ação.

—Um, dois, três, agora!

A atiradora tinha a vitória certa em mãos quando sua presa aparentemente indefesa instintivamente se joga no chão evitando os tiros ao mesmo tempo em que contra-ataca fuzilando sua inimiga.

—Eu ganheeei! Eu ganheeei!!

Grita New se levantando e esguichando água para cima com a pistola de brinquedo.

—Para mim já basta cansei desse jogo!

Diz Nicolle.

—Claro que sim! Você só perdeu!

O cuidadorOnde histórias criam vida. Descubra agora