Um Desejo do Destino [Livro 1] COMPLETO

Capítulo 01 - Claire

O tempo passa rápido, e as coisas mudam muito, e a melhor mudança na minha vida foi ter entrado na faculdade, realizar um sonho não é todos que conseguem ou melhor que tem a oportunidade, sou feliz pelo que escolhi pra minha vida, e não vejo a hora de me tornar uma médica veterinária.

— Você poderia prestar atenção em mim? — Kate bufou brava. — Estou falando sozinha, Claire?

Minha amiga sempre ficava brava comigo quando eu ficava dispersa, mas esse era o meu jeito, as vezes eu me perco num mundo somente meu, criado apenas pra mim, é nele onde eu sou quem eu quiser.

— Eu estava ouvindo. — Tento convencê-la, mas é em vão.

— Será que é tão difícil assim conseguir ter os olhos de Liam só pra mim? — Ela suspira olhando pra frente por cima da imensidão de bancos da arquibancada. — Estudamos juntos os três anos do ensino médio, ele sempre foi popular entre as garotas e esse era um dos motivos dele nunca olhar para mim.

Liam Helsinki era o futuro médico gato que todas queriam, e entre elas estavam Kate, que sempre suspirava por ele.

Eu por sua vez, nunca senti isso por ninguém durante esses dezenove anos da minha vida, não que eu me envergonhe, pois acredito que ainda não tenha encontrado a pessoa certa que faça meu coração palpitar mais rápido, minhas têmporas suarem e minhas mãos tremerem.

— Você se lembra que ele tem namorada, não é? — indago o que ela já sabe, ela me olha e revira os olhos.

— Claire eu sei, mas olha pra ele. - me dá uma cotovelada e faz eu olhar para ele.

— O que tem ele ? — eu sinceramente não vejo nada nele que elas vêem, para mim é apenas um garoto como todos os outros.

— Me diz se ele não é lindo ?

— Não vejo nada demais nele. — ela me olha reprovando a minha resposta.

Assim que o sinal soou, voltei pra sala, e a Kate foi pra aula dela, pois havia perdido algumas aulas e teve que recuperar, estámos no final do semestre, ou seja, o professor estava a ponto de deixar cada um louco, não preciso dizer que todos estavam nervosos com as provas que estavam chegando.

— Senhorita, já chegamos! — Willian motorista avisou, me tirando de meus pensamentos.

— Obrigado Will. — Dou o meu melhor sorriso. — Tenha um bom dia.

Saio do carro ainda sorrindo, pois me alegrava ser terna com as pessoas independente da classe social que ela seja, fazia não só o meu dia se alegrar, e consequentemente a da pessoa também, se todos fossem assim amenizaria o rancor que muitos levam no coração.

Passo pelo jardim, dou uma leve olhada para a casa dos meus vizinhos, acho lindo o amor que um tem pelo outro, queria ser amada assim como ele a ama.

Paro de pensar nisso e entro em casa, logo vejo minha mãe sentada no sofá folheando uma revista.

— Olá mamãe! — Dou lhe um beijo na bochecha.

— Olá minha querida. — Vindo atrás de mim na cozinha. — Como foi a faculdade hoje ? — Ela diz vindo atrás de mim na cozinha.

— Normal mãe, como sempre. — Dou de ombros. — Como todos os dias.

— Que bom filha. — Ela acaricia meus cabelos e sorri. — Vamos nos sentar que o almoço já será servido.

Vamos para a mesa e pouco depois somos servidas, aqui em casa temos algumas pessoas que trabalham para meus pais, já que eles são absolutamente conhecidos em todos os lugares, mas não os culpo por serem famosos.

Peço licença e saio da mesa indo para o meu quarto. Subo as escadas de casa e entro em meu quarto, me jogo na cama. Penso um pouco e logo vou estudar para as minhas provas.

Olho pra janela e vejo um beija-flor azul, e sorrio já que quase nunca os via aqui, caminho lentamente até lá, e com cuidado abro a janela, mas mesmo assim ele voa pra longe.

— Droga! — Arfo sozinha, olho para baixo e vejo Anne, a vizinha, saindo com o carro, e de frente pra mim, na janela também estava seu marido, a observando sair.

Só então pude reparar o quanto ele era bonito, apesar da expressão séria e cansada, seu rosto era angelical e delicado, seus cabelos pareciam macios daqui, ele estava olhando pra ela, seus olhos eram todos dela, e por um momento senti inveja.

— Olhe pra mim! — Implorei baixinho, mas não pra ele ouvir e sim pra mim, e como um ímã, ele o fez, então vi sua íris verde, que me fez perder o ar, respirar fundo, meu coração gelou, e eu tremi. Desajeitada fechei a janela com força, e me joguei na cama, apertando duramente meus olhos, me recusando a aceitar o que eu acabará de sentir.