- O que VOCÊ está fazendo aqui? E devolve meu celular.Estou furiosa, eu não entendo como fiquei com tanta raiva só de olhar para ele.
Morton desligou a chamada da polícia, me devolveu o celular e apontou com a cabeça para além dos portões do cemitério.- Acredite não há nada lá, são apenas as almas penadas que não conseguiram descansar em paz e estão presas ao momento de sua morte. Isso acontece todas as noites, quando o relógio bate a meia noite.
Nos se encaramos por alguns segundos. - Não acredito em você. Vou ligar para a polícia.
Quando ameaço discar ele puxa o celular da minha mão novamente me causando um surto de raiva maior ainda do que estou sentindo.
- Me devolve agora.
Tento pegar mas ele levanta o braço que segura o celular acima da sua cabeça, e por livre arbítrio pulo para tentar pegar, ele é muito alto o que me faz contar isso como mais um motivo do ódio que estou sentido. Paro de pular ao ver o quão ridículo essa situação está sendo, semicerro meus olhos para tentar enxerga algo na escuridão descomunal que vai além dos portões de ferro.
Morton toma a frente e os abre, arreganha cada lado para que fiquem totalmente abertos, o som dos gritos pararam e na minha cabeça seja lá quem que estivesse gritando acabou de ser morto estrangulada ou algo do tipo, com as mãos dentro dos bolsos da calça ele avança sumindo na escuridão.
Corro atrás dele. A noite não parece tão escura quando se está dentro dela, meus olhos se adaptaram rapidamente e logo consegui ver as lapídes com suas flores murchas.
Piso em falso e levada pelo medo sou obrigada a enganchar meu antebraço no de Luke.- Já ouvi muitas lendas sobre a morte. Dizem que quando as pessoas que fizeram algo muito errado, como por exemplo matar, não receberam o perdão de Deus. O Diabo tomou posse de sua alma, muitos deles perderão a chance de descansar em paz, estão vendo se repetir o momento em que cometerão seu pecado.
- Eu já vi isso em Lúcifer. É surreal, um suspeito morreu e foi para o inferno por ter escolhido pegar uma mala cheia de antídotos do que ajudar um cara a sair de dentro de um carro que estava prestes a explodir. Ele estava vendo se repetir essa cena a todo instante no inferno, sempre a mesma coisa. É um castigo horrível, ele foi obrigado a aguentar por não ter a alternativa de parar aquilo.
Balança a cabeça em modo afirmativo.
- Algo assim, - só é possível ouvir o som dos grilos cricrilando, a nossa presença dentro do cemitério fez com que os gritos cessassem - gosta de séries?
Foi uma pergunta casual e que não estou disposta a responder. Ele saber de coisas pequenas e ingênuas como essa significa me conhecer mais, eu não quero ter vínculo algum com ele, não quero que ele saiba nada sobre mim.
- Hum.
- Isso é um sim?
- Isso é um " não é da sua conta ".
- Por que você tá com tanta raiva? - Ele para de andar o que consequentemente me faz fazer o mesmo por está enganchada nele. - Você viu o post da página de fofoca. - conclui - E agora tá com ciúmes, tá se sentindo traída M&M?
Êxito por um momento, não por ser verdade, mas por ser idiotice ele acreditar que ele está certo.
- É óbvio que não, tá se galanteando por quê? Saiba que você não significa nada pra mim.
- Estou longe de pensar nisso, que isso. - Ele dá um tapa no ar com a mão desocupada, percebo que está sendo irônico pelo seu tom de voz.
Solto-me dele e cruzo os braços sob o peito.
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Incapaz
Paranormal" Consegui terminar o colegial e agora na faculdade quando eu pensava estar em paz, tudo voltou novamente. As coisas. Os pesadelos. As lembranças. Os boatos aumentarão. Graças a você Luke Morton, por que depois que eu botei meus olhos em você eu nun...