A Nova Geração: Mundo Místico (Concluída)

3-Ataque de Pânico

Allison
Ser normal? Logo eu que nasci no Halloween... 😆

É isso mesmo. Eu nasci na madrugada do dia 30 para o dia 31 de outubro. Uma bela bruxinha, não?!

E agora, é meu 15° Halloween e meu 15° aniversário...

Olho mais uma vez para as duas árvores. Se em poucas horas no meu mundo, passaram dias no outro, era perigoso eu ficar aqui.

E se nesse minuto, já foi tempo demais e a Seline está atacando? E se eu já perdi horas de lá? E se aconteceu alguma coisa com a Tessa, ou a Lolo... E se... O que sempre me mata "e se... ".

O tempo lá nem sempre é o mesmo, as vezes é mais rápido, as vezes mais lento, não tem como saber e isso me deixa preocupada.

Thomas começa a andar e me puxa junto. Percebendo que eu queria voltar para o Crystal's Kingdom.

- Tommy...

- Nós vamos voltar, relaxa...

- Sim mas... Não sabemos como o tempo funciona quando estamos lá! E se alguma coisa aconteceu? E se a Lauren precisa de ajuda e se...

- Ei. Calma. Prometo que vai ser rápido. Só me certificar que nossos pais estão do mesmo jeito que estavam...

- Se passaram poucas horas. Nem três horas praticamente...

- Eu sei. Mas eles são nossos pais, alguns minutos depois e é meio perigoso já saberem que tem algo de errado. Pense na Lydia, mãe coruja...

- Ela sabe que eu sai...

- O que?

- Ela sabe que eu sai. Ela estava sentada na sala quando eu fui sair, falou comigo, sem perguntar o que eu estava fazendo. Me deixou ir se eu prometesse tomar cuidado.

Thomas faz uma cara que não consigo identificar.

- Tudo bem. Lydia sabe. Mais meus pais não, e nem a Caitlin. E bem... A Cat as vezes tem mania de ficar acordada de madrugada vendo filme ou alguma coisa do tipo. Ela pode perceber que eu não estou lá.

- Vamos lá ver então... Rápido.

Thomas concorda.

Enquanto saíamos da floresta, Thomas ficava brincando para disfarçar o silêncio desta fria e escura madrugada.

Como ele estava sempre parando, o caminho parecia mais comprido do que já era.

Tempos depois, estávamos na vizinhança onde morávamos.

- Uol. Mais já?! - eu digo incrédula.

- O que foi?

- Já são 04:58h. Ficamos brincando e demoramos mais do que devíamos...

- Passou tudo isso de tempo? Bem... Vamos logo desta vez então...

A porta da casa de Thomas só se abria com chave pelo lado de fora, como estava sem ela, ele subiu por uma escada - que estava ali do lado - até o telhado e entrou em seu quarto.

O segui em silêncio, tentando não fazer qualquer barulho.

No quarto, ele me ajudou a descer, pois quase cai no chão. Depois que desci e sai da cama, observei o lugar.

A casa estava em silêncio, Thomas não escutava nada além de respiração e roncos.

Quando chegamos perto da porta. Thomas escuta passos e percebe que é seu pai.

"Mantenha a respiração normal. E fiquei em silêncio." É o que Thomas diz "sem palavras". Concordo com a cabeça e me encosto na parede ao lado da porta.