2-Primeiro Encontro?

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25 de Dezembro - Manhã de Natal
Allison
Acordei e percebi que estava na minha cama.

Hã?...

Ouvi a porta se abrir. Era a Lydia.

- Oi meu amor. Bom dia. É manhã de Natal!

- Bom dia mamãe... Hã... Como chegamos aqui?

Ela riu.

- Bom, você ficou acordada até umas 3 da manhã. Thomas te trouxe até aqui.

Thomas? Meu Deus...

Fiquei corada.

- Como?

Ela riu.

- Seu pai e o Scott depois da 00:00h pareciam dois loucos. Acho que beberam champagne demais. Sem minha autorização. Então os dois foram pra casa, quando eu vim, encontrei seu pai roncando na cama, mas antes disso, vi que você estava dormindo lá na varanda, então o Thomas se ofereceu pra te trazer pra casa, e como você já não tem mais oito anos... Eu não conseguia sozinha.

Ela sorriu. Aquele sorriso. Ela gostou de ver aquilo.

- Mãe... Você é impossível.

Ela riu enquanto se aproximava de mim e estendia as mãos.

- Vamos... Vem abrir seus presentes.

- Presentes? Mas você já me deu o skate.

- O que? Achou que era presente de aniversário e de Natal junto?

- Toda mãe faz isso quando o filho cresce...

- Lydia Martin não é qualquer mãe!!!

Sorri e segurei em suas mãos.

- Com certeza não!

Desci até a sala onde minha mãe tinha colocado uma árvore desnecessariamente grande cheia de enfeites criativos pois alguns eram lobinhos entre outras coisas.

Stiles já estava lá, olhando os presentes.

- Bom dia papai...

- Bom dia Lindinha. Esse aqui, é seu. - ele disse me dando um pacote - E esse pra você meu amor... - ele deu outro pra Lydia.

Tinha um bilhete do pacote.

De: Scott
Para: Minha sobrinha favorita
Espero que goste.
Obs: E não, não está escrito a mesma coisa no bilhete da Maddie...

Eu pensei, e ele escreveu. Involuntariamente eu dei risada.

Abri o presente. Era um globo de neve. Ele era lindo. Coloquei com cuidado em cima da lareira, era o lugar que os enfeites ficavam mais legais.

Me ajoelhei no chão e vi uma caixinha bem pequena, tinha meu nome e mais nada.

- Mãe... De quem é este aqui?

Ela me olhou e depois para a caixinha na minha mãe.

- Eu não sei... Não tem nome?

- Não...

- Hmmm. Quem sabe tenha sido do papai noel... - ela sorriu.

- Papai Noel não existe.

- Lobisomens também não...

Sorri e revirei os olhos. Abri a caixinha e achei um colar, com um cristal vermelho e algo escrito no fundo da caixa.

"Isso é só a metade, o complemento está com outro alguém. Pois é necessário ter duas almas para se formar uma cheia de amor..."

Tessa...

Olhei para minha mãe e sorri.

- Se o Papai Noel é a Tessa disfarçada, com certeza foi dele.

Ela riu e me ajudou a colocar o colar.

Depois de abrir o presente da Malia e dos meus pais, junto deles dois, fui até a casa do Scott.

Quando entrei, fui até o quarto de Thomas que estava procurando algo em um baú.

- Tommy?

Estava tudo quieto e quando ele me ouviu, se levantou rápido e bateu a cabeça na porta do baú.

- Você está bem? - eu disse me aproximando dele e examinando sua cabeça, não consegui segurar uma risada.

- Sim, eu estou. - ele sorriu - O que faz aqui?

- Hã... Meio que... Por isso. - mostrei para ele o colar.

Ele estava brilhando.

- É... Isso apareceu aqui também. - ele mostrou o dele também.

- Olha só, o seu também está brilhando. Começei a pensar que eu me tornei minha própria alma gêmea...

Ele riu.

- Não... Vai ser sempre eu.

- Hm. Convencido.

Nós rimos. Eu me aproximei mais dele e vi que o colar parou de brilhar.

- Hm. Curioso...

Ele olhou pro colar. Então recuou, e ele voltou a brilhar. Se aproximou de novo, e ele parou.

- É como se, ele brilhasse até a gente se encontrar... E apagasse quando estivéssemos perto o bastante.

Ele sorriu, corado.

Isso é novo.

- Olha só! Eu não sou a vergonhosa dessa vez...

Ele riu mas ficou sério logo depois.

- Hã... Alli você...

- Eu..?

- Quer sair comigo? Depois de amanhã talvez? Eu sei que amanhã você vai ficar na casa do seu vô então...

Eu sorri, mesmo fazendo o que faz, ele ainda tropeça nas palavras.

- Isso foi fofo. Claro que sim Tommy.

Um grande sorriso se formou no seu rosto.

Depois...
27 de Dezembro - Anoitecer
Depois de receber um olhar curioso do Stiles e ser mais do que aprovado pela Lydia, Thomas me levou na praça do centro da cidade.

Lá, nessa época do ano a praça ficava com alguns quiosques ambulantes, decorações enormes e tudo mais.

Passamos aquelas duas horas rindo, conversando e brincando demais. E aqueles olhos azuis prendendo os meus, era uma coisa que não faltava.

Tudo estava indo bem, até que Thomas ficou sério e quieto, apenas me olhando.

- Tommy?

Ele se aproximou de mim.

- Allison...

Não, não, não. Tommy não tenta de novo.

A noite fica mais fria, e uma brisa forte passa por nós.

- Tommy. Está ficando mais frio. Podemos ir pra casa?

Ele suspira e concorda com a cabeça.

O caminho todo foi em completo silêncio, e quando paramos na porta da minha casa, ele se despediu do mesmo jeitinho, mas sei que está chateado por não ter conseguido.

Me desculpa Tommy. Eu to com medo.

A Nova Geração: Mundo Místico (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora