Antes do Rio de Janeiro. Antes da Universidade. Havia apenas uma menina, a Ilha da Magia e todos os mistérios que, em sua beleza, ela segreda. Lendas sobre índios e bruxas envolvem a realidade ao toque da imaginação. A adolescência é a eterna dança...
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"Da valsa entre o Sol e a Lua, só não vê a eterna dança quem está com os pés na Terra", Conceição refletia, certa de que ninguém, um dia, cogitaria aqueles encontros às escondidas. Eram de mundos diferentes. Enquanto Peri raiava com a alvorada, ela crescia no véu da noite. E ainda assim se encontravam naqueles instantes de eclipse. Ninguém diria, mas era mágico!
"Por que não nos vemos todos os dias?", o olhar dele sugeriu por telepatia, onde as barreiras da linguagem e da cultura jamais existiram. Era um terreno só deles, que não ousavam transitar além das fronteiras da abstração. Amar uma bruxa era proibido... Mas no universo da fantasia não havia regras, não havia leis.
Conceição bem sabia, tanto que respondeu:
"Não podemos ao dia. Porque ainda estou acordada".
E, no entanto, os dedos dele pela primeira vez enroscaram nos seus. Era o princípio do sonho, maculado pela razão e os limites da realidade. Mas era tudo que tinha, um estado de semi-vigília. Mas era tudo que amava e reacendia a esperança.
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Olá, môs kiridus! Essa foi a introdução ao Ato I. O primeiro capítulo já está na betagem, logo chega. Quando chegar, excluirei esse aviso para ficar bonitinho. Então, meus amores, Ultravioleta é dividido em 3 atos, como o prólogo já sugeria na parte em que a Naty apareceu. Cada um deles tem um título muito especial que será explicado dentro do livro. Até lá, acho que deu para perceber que a lenda de Peri e Conceição é tudo aqui, menos decorativa, né? Espero que estejam gostando desse ar folclórico.
A música da cena foi Moonlight, do divo do Yiruma. A trilha do prólogo, River Flows in You, também é dele, apesar de eu ter usado uma versão cover. Escutem esse homem, que alma sensível e que talento, meu Deus!
Beijo de cereja.
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