Cinco meses atras, minha vida era totalmente normal. Eu morava em um apartamento na Zona Sul de São Paulo com minha mãe, Ilana. Ela era mãe solteira, nunca dependeu de ninguém, nem quando meu pai (que mal sei quem é) a largou quando falou que ele seria pai. Ela era uma guerreira e eu a amava por isso. Enfim. Eu estudava em uma escola boa, e passava o tempo livre com meu namorado César ou com minha amiga Bianca. Porém, como todos sabem, alegria dura pouco.
Acordei com a luz do sol entrando pela fresta da janela do meu quarto e batendo direto na minha cara. Odiava acordar assim. Quando olhei pro lado, percebi que César ainda estava dormindo agarrado a minha cintura. Sorri vendo ele assim. César era um cara muito lindo. Alto, pele clara, cabelos escuros e olhos verdes. Ele tinha 18 anos, mas eu nao me importava com isso. Ainda o amava.
Tentei levantar sem acordá-lo e fui fazer minha higiene matinal. Sai do quarto devagar e desci as escadas pra cozinha. Preparei um cafe da manhã pra mim e pro César quando escutei ele descendi as escadas. Olhei pra escada e vi que ele ja estava vestido.- bom dia Benji. - falou ainda na escada.
- bom dia amor. Vai tomar café? - perguntei na esperança dele ficar mais um pouco comigo. Eram raras as vezes que ele ficava depois de passar a noite aqui.- não posso, tenho aula de direção e não posso faltar. Beijos Benji. Depois te ligo. - e saiu. Dei um suspiro e continuei meu café da manhã. Eu amava César, mas as vezes parecia que apenas eu me dedicava, que apenas eu amava.
Terminei o café e lavei a louça. Troquei de roupa e voltei para sala. Como era sábado e nao tinha nada pra fazer, decidi ligar pra minha melhor amiga, Bainca, pra irmos até o Parque Ibirapuera dar umas voltar. Chamou 5 vezes, mas apenas na sexta ela atendeu já xingando até a sexta geração da família.
- por que caralhos voadores você esta me ligando a essa hora da manhã? - perguntou numa voz embargada de sono.
- bom dia pra você também Bia. Partiu Ibira? - fui direto. adorava Bia. Minha melhor amiga desde os 10 anos. Ouvi ela suspirando do outro lado e o som dela se levantando da cama.
- me da meia hora e ja apareço ai. - e desligou. Deixei o celular de lado e fui ate meu quarto me arrumar. Escolhi uma calça jeans escura rasgada nos joelhos, uma regata preta mais aberta e uma blusa xadrez azul que era do César e amarrei na cintura. Dez minutos depois, a campainha toca e corri pra abrir a porta e deixar Boa entrar. Como ela já era prativamente da familia, já chegou e sentou a mesa pata tomar café.
- então, como foi a noite com o boy? - perguntou comendo uma torrada.
- normal. - Falei. Bia me encarou de um jeito estranho e voltou a comer. Depois disso, saímos do apartamento e pegamos um ônibus qie passaria em frente ao Portão 9 do Parque Ibirapuera.
Passamos o dia lá dando umas voltas, tomando sorvete, falando e fazendo besteiras.Eram quase 14h quando voltamos para casa. Eu ainda pedi para Bia ficar un pouco comigo, mas ela tinha que visitar a avó mais tarde, então me despedi dela e fechei a porta. Me joguei no sofá e fiquei remoendo o dia de hoje.
- agora me fala e quero a verdade. Como foi a night com o César. - perguntou, mas dessa vez, mais seria.
- foi realmente normal. Nao fizemos nada demais.
- um orla pelo menos, eu espero. - perguntou toda maliciosa
- nem isso. - larguei no colo dela, já esperando a gritaria e me preparando pra passar vergonha.
- hmm - apenas isso. Conhecia Bia bem demais oara entenser que ela ja estava pensando em algo.
- ta. pode mandar, oque voce acha que e dessa vez? - perguntei já precendo a enchurrada de hipóteses que ela mabaria pra cima de mim.
- Benji, há quanto tempo vocês estão juntos? - peegu tou Bia olhando pro nada.
- vai fazer 5 meses. Por que?
- quando fou a ultima vez que ele tentou alguma coisa? Ou pediu pra voce fazer?
- ah, sei lá, duas ou três semanas, mas oque isso tem a ver?
- se eu estiver certa, e espero que eu não esteja, ele não está te pedindo nada disso, porque arrumou outros que faça.
Aquelas palavras me atingiram com o peso de um soco. E um soco de um cara grande, forte e de quebra com um soco inglês. Ou seja, doeu pra caralho.
Mais tarde naquele dia, eu estava sentado no sofa da sala vendo TV quando ouvi um barulho na porta, seguido de uma batida. Nao demorou muito e minha mãe, Ilana, apareceu no corredor, com a roupa de enfermeira, uma mochila da Moana e seus fones de ouvido. Largou aa chaves no aparador da mesa e sentou do meu lado me abraçando e beijando minha testa. Outra pessoa que eu conhecia muito bem era minha mãe, e sabia que esse silencio todo normalmente era seguido de notícia ruim.
- mãe, oque aconteceu? - perguntei a encarando. Um silencio de um minuto depois e ela simplesmente me olhou com uma cara cansada.
- surgiu uma oportunidade pra trabalhar como enfermeira chefe...
- mas...? - eu disse que a conhecia bem demais, nao disse?
- mas vamos ter que nos mudar. - disse se recostando no sofá. Eu sabia o sua to minha mãe havia batalhado pra conseguir essa vaga de enfermeira. Várias noites em claro estudando, horas e horas com a cara nos livros e apostilas, havia ate duas em que eu jantava sozinho, pos ela estava na faculdade fazendo prova.
- quando? - perguntei ja criando um discurso de despedida pra Bia e outro pro César.
- ainda tenho tempo, o diretor do hospital que vou ser mandads precisa de um temlo de avaliação e treino.
- okay mãe. - eu realmente estava chateado de ter que me mudar, mas isso era por ela, que batalhou tanto pra me criar sozinha.
No dia seguinte, minha mãe teve denir pra um hospital na Zona Norte se São Paulo, pra fazer um treino e eu, coni senpre, fiquei sozinho com César. Ele estava deitado com a cabeca na minha coxa e assiatiamos Correr ou Morrer (super apoio #Newtmas), mas mesmo assim ele ainda insistia no seu "voto de castidade". Oque ne incomodava muito, ja que isso prativamente comprovava oque Bia disse sobre ele ter outro.
- oque houve Benji? Você está quieto.
- anh? ah. nao e nada. Só estava presgando atenção no filme, dizem rer uma referencia ao segundo na parte do laboratório. - (Nao sei se é verdade, o diretor deve ter cortado essa parte.). Ele pareceu ter engolido, ja que voltou a deitar a cabeça na minha perna. Minutos depois, o celular dele vibra na sua perna, ele levanta, tira o celular do bolso e faz uma careta quando olha pra tela.
- desculpa Benji, mas eu tenho que ir. Mais tarde eu te ligo.
- tudo bem amor. Te amo.
- também. Ate. - mal esperou eu responder e já saiu fechando a porta. Eu continuei "assistindo" o filme e pensando comigo mesmo quem teria ligsdo pra ele a ponto de deixá-lo tão nervoso?
Trinta minutos depois, a campainha toca, e sai da cozinha e fui atender a porta. Era Bia.- então migo, como foi com o boy?
- nada outra vez, ele ate parecia cansado. - falei lembrando da cara que César estava quando atendi a porta, olheiras, os olhos meio avermelhados, cada de quem passou a noite acordado.
- longe de mim estar colocando coisa na sua cabeça, e você sabe que não falo nada quando não tem, mas ele deve ter passado a noite com alguém.
Ela poderia ter razão? Poderia. Mesmo amando minha melhor amiga, eu nao estava disposto a aceitar o argumento dela sem provas o suficiente e sair perdendo meu namorado. Mas eu rinha que arriscar, raramente Bia dava um palpite que nao estivesse certo. Eu precisava checar isso. Não poderia perder César assim facilmente. Eu o amava demais.
- eu quero que o César tire minha virgindade.
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A cara de pau de aparecer aqui depois de nao sei quanto tempo e enorme, mas eu precisava postar esse capitulo, que sera seguido por outroS.
Bye ate o próximo capítulo
<3
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I Like Your Glasses (Romance gay)
RomanceLucas é um garoto comum que é apaixonado por livros, series e musica. Seu único diferencial eram seus olhos. Nsceu com heterocromia; seu olho esquerdo é azul e o direito e verde. Embora adore as cores dos seus olhos, tem a visão fraca e precisa usar...